NYUSI NÃO QUER
FUNCIONÁRIOS CORRUPTOS NO ESTADO
O
presidente da Republica, Filipe Nyusi, manifestou hoje, em Maputo, o interesse
de ver culpabilizados todos os funcionários do Estado envolvidos em acções corruptas,
como forma de desencorajar a corrupção nas instituições estatais.
Nyusi, que falava hoje, em
Maputo, durante a abertura do ano judicial, uma cerimonia que contou com a presença
de diversas individualidades ligadas à justiça em Moçambique, com destaque para
o Bastonário da Ordem dos Advogados (OAM), Tomás Timbane e da Procuradora Geral
(PGR), Beatriz Bucilli, disse que este é um mal que deve ser combatido por
todos, através de accões conjuntas.
‘’Temos que combater o crime
organizado, e não permitir que os funcionários do Estado, através da corrupção estejam
envolvidos no crime organizado em Moçambique. O combate ao crime organizado
deve ser levado a cabo de forma conjunta, com a participação de todos os moçambicanos,
não se pode admitir que os funcionários públicos sejam os mais corruptos’’,
disse o Estadista.
Disse ainda que (tal como a OAM)
pretende ver a Policia de Investigação Criminal (PIC) reformada e restruturada,
como forma de melhorar as suas formas de actuação no combate ao crime.
‘’Queremos uma restruturação
urgente na PIC, com vista a melhorar as suas formas de combate ao crime
organizado no país’’, disse.
Por seu Turno, Beatriz Bucilli também
defende que a PGR é pela prevenção e combate ao crime organizado e
transnacional, que cada vez mais tem-se estabelecido em Moçambique de forma sistemática.
‘’Devemos adoptar uma postura
mais estruturada perante o crime e os agentes do crime organizado devem ser
combatidos’’, disse a Procuradora.
Bucilli incentivou também a participação
dos moçambicanos na luta contra o crime através de acções concretas, não permitindo
que indivíduos enriqueçam repentinamente fora do quadro legal.
‘’Devemos desconfiar daquele
nosso vizinho que de repente enriquece numa semana, sem fundamentações claras
da proveniência da sua riqueza’’, explicou Bucilli.
Na sua opinião para enfrentar o
crime organizado ‘’como raptos, homicídios, corrupção e outros, não podemos
tratar os assuntos de forma comum, como se fossem crimes quaisquer. Há que
fortalecer as instituições do Estado vocacionadas nesta matéria’’.
Por ultimo, Bucilli reiterou a
necessidade de dotar-se capacidade humana técnico-profissional, pois, sem ela não
se podem obter resultados satisfatórios nesta desenfreada luta contra o crime
organizado.
Jeremias Chemane (JC)
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