NECESSÁRIOS 480 MILHÕES DE
DÓLARES PARAM FORTALECIMENTO DO ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL
O ministro da ciência,
tecnologia, ensino superior e técnico professional, Jorge Nhambiu, declarou
hoje, em Maputo, que são necessários mais de 480 milhões de dólares
norte-americanos para o fortalecimento do ensino técnico profissional em Moçambique.
Este valor deverá servir para a implementação
de diversas medidas com vista a melhorar e reformar a educação profissional no
país, dentre elas, a formação de formadores, construção de escolas, reabilitação
e apetrechamento, introdução do ensino técnico à distância e reforço do elo de ligação
entre os sectores pública e privado.
Nhambiu apresentou a preocupação durante
um seminário mantido com empresários que contou com a presença de diversos
quadros do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), onde acrescentou
a necessidade de introduzir de uma metodologia modular para o ensino técnico,
que consiste em estabelecer uma base de dados virtual que garanta que os
estudantes possam iniciar um determinado curso num local e concluir noutro.
‘’Há necessidade de melhorar a gestão
do ensino, deve se estabelecer uma base de dados que condicione que um
estudante formado, por exemplo, em Maputo possa, terminar a sua formação em
Cabo delgado e a partir de lá receber o seu certificado de habilitações’’,
disse o ministro.
Contudo, o governante afirma que
o ensino técnico-profissional tem vindo a melhorar significativamente em Moçambique,
pois, ‘’em 2007, por exemplo, tínhamos mais de 200 dias após a formação para
que um determinado formando conseguisse emprego e a taxa de satisfação do
empregador era apenas de 25 por cento, em 2015 num período inferior a seis
meses os estudantes conseguem emprego e a taxa de satisfação é de 80 por cento’’.
Ainda de acordo com o ministro, a
cidade de Maputo é a que mais tem instituições de ensino técnico, com um total
de 32, seguida por Nampula com 23, enquanto que Cabo delgado e Niassa são as
piores com seis e cinco, respectivamente.
‘’em Maputo temos 12 instituições
publicas, cinco semi-públicas e 15 privadas, Nampula com seis publicas, 9
semi-publicas e oito privadas. As que ocupam os últimos lugares na lista são cabo
delgado, com seis públicas e Niassa com apenas cinco públicas’’, explicou
Nhambiu.
Por seu turno, o vice-ministro do
MITESS Oswaldo Pitersburgo, lembrou que a situação actual mostra que, em Moçambique,
procuram-se mais cursos ligados ao sector terciário, principalmente na cidade
de Maputo, onde se concentram mais de 45 por cento do total de instituições do
ensino técnico no país.
‘’Há necessidade de equilibrar o
ensino tendo em conta a demanda do mercado, entre 2014 a 2015 foram formadas 633,971 pessoas no
país, sendo mais de 76 por cento pelas instituições privadas. O Plano
Quinquenal do Governo prevê formar ainda neste quinquénio 694.085 pessoas no ensino técnico profissional
no país’’, acrescentou Pitersburgo.
Esta necessidade monetária apresentada
pelo MCTESTP surge no quadro da implementação de profundas reformas no ensino técnico
profissional em Moçambique, aprovado no passado dia 10 do mês em curso pela Assembleia
da República (AR) o parlamento moçambicano.
Jeremias Chemane (JC)
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