MOÇAMBIQUE E RSA REUNIDOS EM
DEBATE CONTRA CAÇA FURTIVA
A Administração Nacional das Áreas
de Conservação de Moçambique (ANAC) esteve hoje, reunida com uma delegação Sul-Africana
(RSA) para debater a problemática da caça furtiva em Moçambique e avaliar o
grau de cumprimento das parcerias de combate estabelecidas em 2014 através de
um memorando de entendimento.
O encontro serviu igualmente para
observar não só a questão da caca furtiva, mas também a conservação da biodiversidade
dos dois países.
De acordo com o coordenador das áreas
de conservação transfronteira, Afonso Madope, graças aos acordos firmados entre
ambos os países a luta contra a caca furtiva tem vindo a registar
significativos avanços e tudo indica que os objectivos do memorando continuam a
ser satisfeitos positivamente.
‘’esta reunião pretende também avaliar
o grau da implementação do memorando assinado em 2014 para a protecção da
biodiversidade nos dois países. Notamos que a caca furtiva tem estado a ceder
aos poucos à pressão das autoridades de fiscalização que desenfreadamente tem
estado a trabalhar para o combate deste mal’’, disse Madope.
A fonte acrescentou ainda que o
memorando observou satisfatoriamente que as comunidades que circunvizinham os
parques e reservas nacionais tem sido envolvidas nas campanhas de sensibilização
para o combate a este mal.
‘’temos visto que algumas
comunidades tem sido envolvidas neste processo de combate à caca furtiva,
sensibilizamos a participação dos jovens e das crianças para que, através deste
envolvimento, não se deixem enganar pelos mandantes’’, acrescentou Madope.
Por seu turno, a sua homóloga
sul-africana, Rose Masela, é da opinião que há necessidade de continuar a
monitorar a implementação do acordo nos dois países, principalmente nas
reservas transfronteiriças, tal como é o caso do parque nacional do Limpopo.
‘’Eu acho que esta parceria é
muito boa para as duas partes, pois, permite avaliar o grau de implementação
dos nossos objectivos de preservação da fauna e perceber de que forma as
comunidades circunvizinhas estão a ser beneficiadas com o recurso faunístico a
sua volta e de que forma estas mesmas comunidades estão a ser envolvidas na preservação
do mesmo’’, disse Masela.
A mesma concluiu afirmando que a conservação
da biodiversidade é um grande desafio conjunto e deve ser parte dos esforços entre
os dois países para acabar de vez com a caca furtiva não só em Moçambique e
Africa do Sul, como também em toda a região austral.
No território sul-africano o
combate a caca furtiva ainda esta longe do satisfatório, o número de casos
agravou de uma forma assustadora nos últimos anos.
Por exemplo, em 2007 foram
registados apenas 13 casos de caca aos rinocerontes este número foi aumentando
gradativamente até que em 2014 foram contabilizados um total de em 1.215 rinocerontes
sacrificados pelos furtivos, um número considerado alarmante por este ser o
país detentor de 80 por cento de toda a população mundial destes paquidermes.
De 2014 até esta parte as
autoridades sul-africanas quadruplicaram os seus esforços para combater este
mal e como resultado, deste ano até esta parte há uma redução anual de 40 rinocerontes.
Jeremias Chemane (JC)/
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