SOCIEDADADE CIVIL MARCHA EM PROL DA
PAZ
Maputo, 24 de Fev – A Sociedade
Civil, ao nível da cidade de Maputo, organizou, hoje, uma marcha em repúdio à
instabilidade político-militar, observada no país, com maior acentuação nas
regiões centro e norte, onde os supostos homens armados da Renamo tem
protagonizado ataques contra pessoas e bens.
A Marcha, que teve como ponto de
partida a estátua Eduardo Mondlane, com destino à praça da paz, foi liderada
por confissões religiosas, católica e protestantes, cujo principal apelo pendia
para a tolerância paz e convivência mútua.
"Somos uma confissão
religiosa e estamos aqui a pedir que todos convivamos em paz, precisamos
desenvolver com a tranquilidade, paremos de ceifar vidas humanas, queremos que
aquele homem que vive no mato saia e venha conviver pacificamente com os seus
irmãos", explicou Edgar Muxlhanga, religioso e presidente Assembleia
Municipal de Maputo.
Francisco Matsinhe, um dos
participantes da Marcha, disse estar agastado com os ataques a veículos e bens
que estão sendo perpetrados ao longo da Estrada Nacional Numero 01, afirmando
que para nada servem para além de gerar luto e retrocessos ao desenvolvimento.
‘’quando dois elefantes se batem
o capim é que sofre, quando dois braços armados se batem o povo é que morre,
são as pessoas sem nenhum recurso que perdem os seus bens, os seus familiares e
se afogam no luto, é para mim repudiável o que vemos a acontecer neste país, um
país que já experimentou a dura realidade da guerra, mas que parece não ter
aprendido a lição’’, lamentou Matsinhe.
Disse ainda que a solução para
este conflito passa pelo diálogo entre as duas partes envolvidas, nomeadamente
o governo e o antigo movimento rebelde Renamo, pois, só desta forma é que se
poderá evitar o número de mortes que só cresce a cada ataque perpetrado.
Os religiosos e sociedade civil
no geral aproveitaram o encontro para, em uníssono, orarem pela concórdia e
entendimento em Moçambique e para que seja restituída a harmonia e a
tolerância, principais característica da maioria populacional.
Esta marcha reuniu diversas alas
da sociedade civil, nomeadamente, organizações juvenis, da mulher, da
Assembleia da Republica, confissões religiosas e cidadãos no geral.
Jeremias Chemane (JC)
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