quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

SOCIEDADADE CIVIL MARCHA EM PROL DA PAZ



SOCIEDADADE CIVIL MARCHA EM PROL DA PAZ
Maputo, 24 de Fev – A Sociedade Civil, ao nível da cidade de Maputo, organizou, hoje, uma marcha em repúdio à instabilidade político-militar, observada no país, com maior acentuação nas regiões centro e norte, onde os supostos homens armados da Renamo tem protagonizado ataques contra pessoas e bens.

A Marcha, que teve como ponto de partida a estátua Eduardo Mondlane, com destino à praça da paz, foi liderada por confissões religiosas, católica e protestantes, cujo principal apelo pendia para a tolerância paz e convivência mútua.

"Somos uma confissão religiosa e estamos aqui a pedir que todos convivamos em paz, precisamos desenvolver com a tranquilidade, paremos de ceifar vidas humanas, queremos que aquele homem que vive no mato saia e venha conviver pacificamente com os seus irmãos", explicou Edgar Muxlhanga, religioso e presidente Assembleia Municipal de Maputo. 

Francisco Matsinhe, um dos participantes da Marcha, disse estar agastado com os ataques a veículos e bens que estão sendo perpetrados ao longo da Estrada Nacional Numero 01, afirmando que para nada servem para além de gerar luto e retrocessos ao desenvolvimento.

‘’quando dois elefantes se batem o capim é que sofre, quando dois braços armados se batem o povo é que morre, são as pessoas sem nenhum recurso que perdem os seus bens, os seus familiares e se afogam no luto, é para mim repudiável o que vemos a acontecer neste país, um país que já experimentou a dura realidade da guerra, mas que parece não ter aprendido a lição’’, lamentou Matsinhe.

Disse ainda que a solução para este conflito passa pelo diálogo entre as duas partes envolvidas, nomeadamente o governo e o antigo movimento rebelde Renamo, pois, só desta forma é que se poderá evitar o número de mortes que só cresce a cada ataque perpetrado.

Os religiosos e sociedade civil no geral aproveitaram o encontro para, em uníssono, orarem pela concórdia e entendimento em Moçambique e para que seja restituída a harmonia e a tolerância, principais característica da maioria populacional.

Esta marcha reuniu diversas alas da sociedade civil, nomeadamente, organizações juvenis, da mulher, da Assembleia da Republica, confissões religiosas e cidadãos no geral.         

Jeremias Chemane (JC)               

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