CERCA DE 380.000
FAMILIAS CARENTES DE ASSISTÊNCIA ALIMENTAR ATÉ JUNHO
Maputo, 26 de Fev (AIM) – O Instituto Nacional de Gestão de
Calamidades (INGC), perpectiva, pelo ciclo contínuo de calamidades naturais, que
até Junho próximo perto de 380.000 famílias necessitarão de assistência alimentar.
A informação foi tornada pública
pelo porta-voz do INGC, Paulo Tomás, à margem de um encontro havido hoje, em
Maputo, entre o INGC, Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) e a Direcção Nacional
de Gestão dos Recursos Hídricos (DNGRH).
Trata-se de um número que pode
aumentar, pois, segundo o porta-voz, que cita as análises do INAM, o nível de precipitação
continua não satisfazendo os anseios da terra, principalmente nas regiões sul e
centro.
‘’A seca prevalece um pouco por
todo o país, há ainda necessidade crescente de assistir as famílias vulneráveis,
nós prevemos, até o mês de Março, assistir 155 mil famílias. Temos tido a sorte
de receber apoio de instituições e organizações que voluntariamente ajudam a
mitigar o efeito do défice hídrico que actualmente se faz sentir’’, explicou o
porta-voz.
Tomás indica ainda que este fenómeno
tem maior acentuação, em toda as províncias da região sul, e ao nível central,
as províncias mais afectadas são Manica, Sofala e Tete.
Contudo, esforços estão a ser
envidados pelo INGC, e numa primeira fase, ao nível da região sul, um total de
15 furos de água foram abertos em Inhambane e na mesma província, outros 105
foram reabilitados.
‘’Para além dos furos
reabilitados e enraizados em Inhambane, na província de Gaza abrimos cinco
furos e prevemos estender os nossos esforços, posteriormente, para as províncias
de Manica e Sofala, através de um programa de assistência que neste momento
vigora’’, acrescentou o porta-voz.
Por seu turno, o representante do
INAM, presente no encontro, Acácio Tembe, há necessidade de continuar a se
delimitar os passos subsequentes, tendo em conta que nos próximos dias cuvas
intensas poderão assolar as regiões centro
e norte, e no sul há continuidade da estiagem.
‘’aumenta cada vez mais o numero
de distritos vulneráveis, é necessário a gestão das calamidades atempada, tendo
em conta que o processo continua e os fenómenos calamitosos verificados um
pouco por todo o país, ainda continuam.
Disse por ultimo que nas regiões centro
e norte, mesmo com as chuvas verificadas, ainda se observa o fenómeno de falta
de precipitação, pois, são regiões que há mais de dois meses que não chovia.
(AIM)
Jeremias Chemane (JC)