NACALA RESSENTE-SE DO MAU
FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
Por Jeremias Chemane, da AIM, em Nacala
A cidade portuária
de Nacala-Porto ressente-se da falta de água potável há precisamente seis dias,
um fenómeno que tem criado consideráveis entraves à vida das populações
residentes na urbe que tem de recorrer aos poços e outros meios que não
oferecem segurança sanitária para o consumo.
Muitas famílias são obrigadas a comprar inúmeras
garrafas de água para satisfazer a sua sede, e outras necessidades adicionais, e,
os que infelizmente não dispõem de meios financeiros para tal, viram-se como
podem, com base nas medidas supracitadas.
A entidade fornecedora, que é o Fundo de
Investimento do Património e Abastecimento de Água (FIPAG), até agora, ainda
não prestou nenhuma declaração pública para explicar a falta do precioso
líquido nas torneiras, mas, os populares já nem se preocupam em reclamar
justificações pois, a explicação tem sido repetitiva e não satisfatória.
No início do presente mês, os cidadãos afirmaram
que o cenário de restrições teria sido mais prolongado, chegando a atingir três
semanas sem nenhuma gota de água a jorrar nas distintas torneiras espalhadas
pela cidade.
‘’Chegamos atingir três semanas sem água nas
torneiras, nos viramos como podemos, recorremos às nossas reservas de água, mas
quando acabam entramos em apuros e a vida torna-se mais difícil do já é, isso é
triste’’, explicou Juma João.
Daniel Dário é mais detalhista, afirmando que
a crise de Agua fê-lo tomar medidas muito onerosas para o seu bolso, chegando a
recorrer à água mineral para satisfazer as suas principais necessidades, que se
agregam às de sua família.
‘’Usamos até a água mineral para nos safarmos
da crise, mas a água mineral é cara, e as vezes não conseguimos adquirir o
suficiente para satisfazer todas as necessidades, nomeadamente, o banho, a
cozinha, a limpeza, e tantos outros processos difíceis de mencionar’’, disse.
No início do presente semestre, o FIPAG investiu nesta
cidade pouco mais de um milhão de dólares norte-americanos, com vista a activar
dois projectos de emergência para operacionalizar a captação de água potável às
populações, mas parece que a eficácia do investimento nao se tem mostrado, dada
a pouca satisfação popular.
A falta de agua permitiu, drante o primeiro
semestre do presente ano, que muitos Investidores abandonassem os seus projectos ao nível dos distritos de
Nacala-Porto e Nacala-a-Velha, devido à fraca qualidade de energia eléctrica,
escassez de água e precariedade das estradas locais.
De acordo com o ultimo censo populacional,
(2007), a cidade portuária de Nacala, tem um total de 206.449
habitantes, onde, boa parte desse número ainda se ressente com a grande
escassez de água potável, essencial para a sobrevivência humana.
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