UN LANÇA RELATÓRIO DA
AGENDA DE DESENVOLVIMENTO
Garantir
acessibilidade da energia, mais indústrias, inovação infraestrutural, redução das
desigualdades, educação e muitas mais, são as premissas que compõem a nova agenda
de desenvolvimento proposta pelas nações unidas para os 193 países membros,
incluindo Moçambique, para nortear os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) até 2030.
Os ODS 2015 – 2030, apresentados esta
quinta-feira em Maputo, agregam um total de 17 objectivos de desenvolvimento, substituindo
as anteriores oito previstas nos ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio
2000 – 2015), como forma de incluir mais premissas com vista a melhoria das condições
sociais, ambientais e económicas das populações.
Diferentemente do ODM, o ODS é
considerado, unanimemente, como sendo a primeira a abranger a agenda para
acabar com a pobreza, combater a desigualdade e proteger o ambiente, tendo por
isso ideias claras e ambiciosas para estabelecer um mundo melhor.
Moçambique foi um dos países que
deu o seu voto positivo para a aprovação do novo relatório da agenda de
desenvolvimento e já incluiu as premissas do documento no Plano Quinquenal do
Governo, enfatizando aspectos como: consolidação da unidade nacional, desenvolvimento
do capital humano, promoção do emprego, incremento da produtividade e competitividade.
Todos os países reconheceram,
durante a Cimeira das Nações Unidas, realizada a 25 de Setembro, na cidade americana
de Nova Iorque, que os ODM tiveram sucesso na sua implementação, mas de alguma
forma já não espelham alguns aspectos inerentes à realidade actual.
Como forma de controlar a implementação
dos ODS, director moçambicano de Planificação e Desenvolvimento, Momade Piardy,
disse que no país o Estado está comprometido em apresentar anualmente os progressos
alcançados e em Maio próximo o comité de estatísticas deverá apresentar os
primeiros resultados.
"Nós já estabelecemos os
objecivos e agora o nosso maior desafio é mesmo a implementação. O desafio é
enorme e principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento inclusivo,
queremos um desenvolvimento equilibrado que consiga agregar também a qualidade
de vida da população", afirma Piardy.
No que diz respeito ao continente
africano, em especial, foi estabelecido uma serie de sugestões para a melhoria das
condições politicas e socioeconómicas, dentre as quais, a transformação
estrutural da economia para agregar os aspectos de inclusão e sustentabilidade,
promoção dos recursos locais para o autofinanciamento e independência económica,
investimento no capital humano e incentivo à prestação de contas, principalmente
na gestão da coisa pública.
A concepção dos Objectivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) tive como base o êxito alcançado na Conferencia Sobre o
Financiamento do Desenvolvimento, realizada em Adis Abeba, Etiópia em Julho do
presente ano.
Jeremias Chemane (JC)
Sem comentários:
Enviar um comentário