sábado, 31 de outubro de 2015

NACALA RESSENTE-SE DO MAU FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

NACALA RESSENTE-SE DO MAU FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

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Por Jeremias Chemane, da AIM, em Nacala

A cidade portuária de Nacala-Porto ressente-se da falta de água potável há precisamente seis dias, um fenómeno que tem criado consideráveis entraves à vida das populações residentes na urbe que tem de recorrer aos poços e outros meios que não oferecem segurança sanitária para o consumo.

Muitas famílias são obrigadas a comprar inúmeras garrafas de água para satisfazer a sua sede, e outras necessidades adicionais, e, os que infelizmente não dispõem de meios financeiros para tal, viram-se como podem, com base nas medidas supracitadas.

A entidade fornecedora, que é o Fundo de Investimento do Património e Abastecimento de Água (FIPAG), até agora, ainda não prestou nenhuma declaração pública para explicar a falta do precioso líquido nas torneiras, mas, os populares já nem se preocupam em reclamar justificações pois, a explicação tem sido repetitiva e não satisfatória.

No início do presente mês, os cidadãos afirmaram que o cenário de restrições teria sido mais prolongado, chegando a atingir três semanas sem nenhuma gota de água a jorrar nas distintas torneiras espalhadas pela cidade.

‘’Chegamos atingir três semanas sem água nas torneiras, nos viramos como podemos, recorremos às nossas reservas de água, mas quando acabam entramos em apuros e a vida torna-se mais difícil do já é, isso é triste’’, explicou Juma João.

Daniel Dário é mais detalhista, afirmando que a crise de Agua fê-lo tomar medidas muito onerosas para o seu bolso, chegando a recorrer à água mineral para satisfazer as suas principais necessidades, que se agregam às de sua família.       
  
‘’Usamos até a água mineral para nos safarmos da crise, mas a água mineral é cara, e as vezes não conseguimos adquirir o suficiente para satisfazer todas as necessidades, nomeadamente, o banho, a cozinha, a limpeza, e tantos outros processos difíceis de mencionar’’, disse.

No início do presente semestre, o FIPAG investiu nesta cidade pouco mais de um milhão de dólares norte-americanos, com vista a activar dois projectos de emergência para operacionalizar a captação de água potável às populações, mas parece que a eficácia do investimento nao se tem mostrado, dada a pouca satisfação popular.

A falta de agua permitiu, drante o primeiro semestre do presente ano, que muitos Investidores abandonassem  os seus projectos ao nível dos distritos de Nacala-Porto e Nacala-a-Velha, devido à fraca qualidade de energia eléctrica, escassez de água e precariedade das estradas locais.

De acordo com o ultimo censo populacional, (2007), a cidade portuária de Nacala, tem um total de 206.449 habitantes, onde, boa parte desse número ainda se ressente com a grande escassez de água potável, essencial para a sobrevivência humana.     


IDOSOS SATISFEITOS COM INSS EM NACALA

IDOSOS SATISFEITOS COM INSS EM NACALA

Por Jeremias Chemane, da AIM, em Nacala.

Os idosos do Município de Nacala-Porto, província nortenha de Nampula, manifestaram hoje, a sua plena satisfação com os serviços prestados pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), no que tange ao entendimento e pronta resposta às suas necessidades.

Segundo estes, nos últimos anos, com a entrada de novos quadros, o dinamismo passou a referenciar o serviço do INSS, o trouxe maior pontualidade no desembolso dos principais subsídios aos idosos, nomeadamente, subsídio por invalidez e subsídio por velhice.

Marta Mualapo, uma das visadas, é de acordo com esta afirmação, referindo que, no seu caso, já não precisa se deslocar todos os dias ao INSS para reclamar a sua bonificação, pois quando chega a altura de receber o seu subsídio a garantia é certa.

‘’Ultimamente não sofremos com esperas que nunca mais terminam, o serviço é pronto e a garantia do subsídio é igualmente certa, basta que a pessoa responda a todos os requisitos para o benefício do subsídio oferecido pelo INSS’’, disse.

Numa visita ao INSS, os funcionários deixaram ao critério dos benfeitorizados a palavra, não prestando qualquer tipo de declaração em relação aos métodos de atendimento, por falta de autorização, mas garantindo que tudo fazem para satisfazer a demanda dos serviços solicitados pelos cidadãos da urbe.            

Numa outra abordagem, Júlio Rafael, um dos idosos beneficiários da pensão concedida pelo INSS, disse que algumas pessoas não veem satisfeitos os seus anseios por não reunirem todas as condições necessárias para o efeito, o que lhes leva a pautarem pela difamação, espalhando que o instituto não é imparcial no exercício da sua actividade.

‘’Os nossos irmãos não se registam a tempo para terem o subsídio, por isso espalham que o INSS não presta boas ações, mas, no meu ponto de vista, eles deviam tentar reunir tudo e se registarem a tempo e ainda cumprirem com os seus deveres de cidadania’’, disse Rafael.

O abono de velhice é concedido, na forma de subsídio único, ao beneficiário que tenha completado 60 anos de idade, sendo homem, ou 55 anos, no caso das mulheres.

É concedida ao beneficiário que reúna alguns requisitos para o efeito, nomeadamente, ter sido inscrito no sistema há pelo menos 20 anos antes de requerer a pensão, ter completado 10 anos (120 meses) com entrada de contribuições,tem ainda direito à pensão por velhice, o beneficiário que, independentemente da sua idade, satisfizer as seguintes condições à data do requerimento, ter sido inscrito no sistema há pelo menos 30 anos antes de requerer a pensão ter completado 25 anos (300 meses) com entrada de contribuições.

Até abril de 2013, o INSS, ao nível de toda a província de Nampula, contava com 76.663 beneficiários registados, sendo que, desse número 33.678 estão no activo, ou seja a receberem as suas devidas bonificações.


Em todo o país, até 2013 o INSS contabilizava 354.746 beneficiários activos.  

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Entrevista - REAL ESTÁGIO DAS CONTAS DA MCEL




Entrevista

REAL ESTÁGIO DAS CONTAS DA MCEL


Por Jeremias Chemane (JC)

Desde o passado mês de Agosto que algumas matérias ligadas a gestão e condição económica da Mcel, empresa moçambicana de telefonia móvel, tem vindo a ser veiculadas por diferentes órgãos de informação operantes no país, algumas dessas informações, Segundo o Director Executivo da Mcel, António Saize, são um tanto quanto "sensacionalistas" nas matérias que divulgam no tocante à empresa.

Esta tendência verificou-se com mais destaque depois da visita, há 17 de Agosto, do actual ministro dos transportes e comunicações, Carlos Mesquita, que teria, na altura, afirmado que a empresa precisava melhorar a sua condição económica e de imposição no mercado. Contudo, um facto se sobrepõem sem abertura para objecções, A Mcel está de facto a observar um período de crise e sobre isso, Saize decidiu quebrar o sigilo e conceder a AIM uma exclusiva entrevista versando sobre a real situação da empresa.

 O director aproveita, igualmente, para falar da "greve" que teria ocorrido no passado mês de Setembro movida pelos operadores da linha do cliente, alegadamente por questões de desconto exacerbado dos seus salários. Segue a entrevista.

AIM: Como está a saúde do capital interno da Mcel?
António Saize (A.S): Existem na empresa desafios enormes, que requerem um ritmo de investimentos capazes de ombrear com o desenvolvimento tecnológico. Há uma tendência, ao nível das telecomunicações, de crescimento na utilização de serviços de dados, quer ao nível das empresas, quer das pessoas individualmente. E é preciso que, nesta perspectiva, a empresa esteja tecnologicamente equipada e preparada para prestar este tipo de serviços, com qualidade e com toda a celeridade possível.

Os desafios que a Mcel enfrenta, nas actuais circunstâncias, ultrapassam, assim, a simples gestão da empresa. Já nos referimos à escassez de recursos, para investimentos e os accionistas da Mcel ainda estão a trabalhar para a obtenção de recursos, para financiar o investimento requerido. O recurso à Banca comercial, na situação actual da mcel, conhece limitações objectivas.

Continuamos a ver com rigor aquilo que são os custos operacionais da empresa, aquilo que são estruturas e elementos de custo em toda a sua cadeia, por forma a garantir a operação normal. Estamos a apostar mais na inovação, na adaptação às novas tecnologias e criar ainda mais condições de motivação aos nossos recursos humanos, dando continuidade à formação de quadros.

AIM:Qual é o investimento necessário para a reversão do actual cenário?
A.S:O investimento necessário em termos quantitativos varia. Porém, o objectivo é permitir que a empresa acompanhe o desenvolvimento tecnológico que se impõe nesta indústria.

AIM:Como observa a questão da concorrência, na perspectiva de lealdade?
A.S:A concorrência é sempre de salutar e trás dinâmica em qualquer indústria, e esta nossa não é nenhuma excepção. Porém, as regras devem ser aplicadas de uma forma igual e uniforme para salvaguardar o sector. Desde há aproximadamente dois anos, os operadores de telefonia móvel no País estão numa guerra de preços, tornando as tarifas predatórias, de acordo com um estudo independente feito pelo regulador, o que não é de salutar para toda a nossa indústria.

O impacto das tarifas predatórias acima referidas, é diferente nas empresas concorrentes da Mcel por se trataremde multinacionais que se beneficiam de economia de escala dos grupos a que pertencem.

AIM: Acha que, de algum modo, a concorrência está por detrás do enfraquecimento ao nível de lucros na empresa?
 A.S: Houve todo um conjunto de factores conjunturais que levaram a Mcel à situação em que está hoje. Não restam dúvidas que a guerra de preços, que tornou as tarifas predatórias, a que nos referimos anteriormente, tem estado a ter um impacto nocivo. Mas é função, quer da gestão quer dos accionistas, assim como a regulação do sector, estarem atentos a estes elementos e poderem agir, em devido tempo.

AIM: Como está a ser gerida a comunicação interna neste período de enfraquecimento económico na Mcel?
A.S: A comunicação interna é um dos elementos basilares que nunca descurámos. Temos vindo, sempre, a veicular informação ao nível dos trabalhadores, em todo o País, de modo a que todos acompanhem, a par e passo, os desenvolvimentos e constrangimentos da empresa para dar o seu contributo.

AIM: O que motivou a greve ocorrida recentemente, e quais são os sectores envolvidos (sabe-se que o sector de atendimento ao cliente é um deles)?.
A.S: Na verdade, não houve greve na Mcel.  As empresas KPMG e APTUS prestam serviços à Mcel e são responsáveis pela contratação do pessoal que trabalha na Linha do Cliente da nossa empresa. Os colaboradores em questão protestaram contra a situação salarial junto das suas entidades patronais.  Trata-se de um assunto que já foi solucionado, com apoio da Comissão de Mediação e Arbitragem Laboral (COMAL), segundo informação que foi facultada pelas empresas visadas. Apesar de tudo, não se registou nenhuma paralisação dos trabalhos na Linha do Cliente.

AIM: Alguns órgãos de informação difundiram a informação que dá conta de que os funcionários da Mcel, subcontratados pela KPMG, têm estado agastados com a sua percentagem salarial, ou seja, do total que deveriam auferir, apenas 25 por cento lhes é direccionado, sendo que o remanescente quem recebe é a KPMG, confirma esta informação? Se sim, qual é a justificativa para tal procedimento?
A.S: A Mcel não é responsável por situações contratuais entre o patronato das empresas que prestam serviços à operadora e seus respectivos trabalhadores. Nós, como Mcel, temos contratos com as empresas, a quem terceirizámos determinados serviços, e as empresas estabelecem, por sua vez, contratos com os seus trabalhadores. Mas é evidente que são assuntos que nos preocupam, na medida que tem impacto na qualidade de serviço prestado e nós temos acompanhado as negociações.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

NYUSI DEFENDE EXPANSÃO DE QUADROS SUPERIORES


 

NYUSI DEFENDE EXPANSÃO DE QUADROS SUPERIORES
  


O Estadista moçambicano, Filipe Nyusi, exortou hoje, em Maputo, aos estudantes do nível superior a optarem pelo empreendedorismo e pela descentralização das suas actividades, apostando em novos horizontes de oportunidades que se vislumbram pelo país adentro.

Nyusi, que falava, durante uma Cerimónia organizada pelo Instituto Superior de Transportes e Comunicação (ISUTC), disse acreditar que a expansão dos serviços de nível superior pode responder adequadamente aos anseios da população moçambicana em relação a inclusão financeira, um desafio que actualmente se coloca à ribalta no actual plano de governação.

"A expansão dos serviços para maior número de moçambicanos é uma das formas de responder aos anseios da inclusão financeira, por isso, apelamos que continuem a incutir nos seus graduados a preocupação com o saber fazer, para continuar a propagar o desenvolvimento no país, através do incremento da produtividade e no incremento da mão-de-obra qualificada", disse o Presidente.

Nyusi aproveitou a ocasião para saudar a instituição, "pela sua contínua dedicação na formação e capacitação do Homem", tendo acrescentado que o ISUTC é fruto de uma louvável iniciativa que, nos últimos quinze anos, tem vindo a disponibilizar quadros qualitativos procurando responder positivamente aos desafios que se colocam sobre o país, no que tange ao crescimento.

"O ISUTC colocou, durante os quinze anos da sua existência, 600 quadros no mercado, que, pela sua qualidade, foram absorvidos, quase que na totalidade, pelo mercado moçambicano sedento de mão-de-obra qualificada", acrescentou.     

Por seu turno, o Reitor do ISUTC, Fernando Leite, disse que o crescimento da instituição é fruto do empenho, ao longo dos anos, "de todos os envolvidos com vista a superar grandes adversidades. A exiguidade das instalações iniciais e de meios foi uma dificuldade que ao fim dos primeiros cinco anos foi solucionada com o suporte dos acionistas da entidade instituidora, melhorando cada vez mais as condições de ensino e trabalho".

O reitor afirmou ainda que os graduados que se dispõem ao mercado assumem os valores da instituição e se predispõem com todo o esforço necessário para desempenhar o seu papel na busca das soluções que o país precisa para continuar o seu processo dinâmico de crescimento económico e infraestrutural.

O ISUTC opera no país através da aprovação do exercício das suas actividades em Novembro de 1999, altura em que se organizou para que, no ano seguinte, dê-se o primeiro pontapé de saída no apoio ao ensino superior, tendo apostado, inicialmente, nas áreas de engenharia informática e de telecomunicações.

Do ano 2000 a essa parte, o instituto só continuou a crescer e hoje garante a formação em mais de 6 licenciaturas diferentes, dentre as quais, gestão e finanças, Mecânica e de transportes, engenharia ferroviária e outras mais.

A instituição é ministrada por oito empresas públicas e privadas, dentre elas, as Telecomunicações de Moçambique (TDM) com 19,1 por cento, a Mcel 12,2 por cento Visabeira 19,1 por cento e Linhas aéreas de Moçambique (LAM) 7 por cento.

Jeremias Chemane (JC)    

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

UN LANÇA RELATÓRIO DA AGENDA DE DESENVOLVIMENTO





UN LANÇA RELATÓRIO DA AGENDA DE DESENVOLVIMENTO 


Garantir acessibilidade da energia, mais indústrias, inovação infraestrutural, redução das desigualdades, educação e muitas mais, são as premissas que compõem a nova agenda de desenvolvimento proposta pelas nações unidas para os 193 países membros, incluindo Moçambique, para nortear os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.   
   
 Os ODS 2015 – 2030, apresentados esta quinta-feira em Maputo, agregam um total de 17 objectivos de desenvolvimento, substituindo as anteriores oito previstas nos ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2000 – 2015), como forma de incluir mais premissas com vista a melhoria das condições sociais, ambientais e económicas das populações.

Diferentemente do ODM, o ODS é considerado, unanimemente, como sendo a primeira a abranger a agenda para acabar com a pobreza, combater a desigualdade e proteger o ambiente, tendo por isso ideias claras e ambiciosas para estabelecer um mundo melhor. 

Moçambique foi um dos países que deu o seu voto positivo para a aprovação do novo relatório da agenda de desenvolvimento e já incluiu as premissas do documento no Plano Quinquenal do Governo, enfatizando aspectos como: consolidação da unidade nacional, desenvolvimento do capital humano, promoção do emprego, incremento da produtividade e competitividade.   

Todos os países reconheceram, durante a Cimeira das Nações Unidas, realizada a 25 de Setembro, na cidade americana de Nova Iorque, que os ODM tiveram sucesso na sua implementação, mas de alguma forma já não espelham alguns aspectos inerentes à realidade actual. 

Como forma de controlar a implementação dos ODS, director moçambicano de Planificação e Desenvolvimento, Momade Piardy, disse que no país o Estado está comprometido em apresentar anualmente os progressos alcançados e em Maio próximo o comité de estatísticas deverá apresentar os primeiros resultados.

"Nós já estabelecemos os objecivos e agora o nosso maior desafio é mesmo a implementação. O desafio é enorme e principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento inclusivo, queremos um desenvolvimento equilibrado que consiga agregar também a qualidade de vida da população", afirma Piardy.

No que diz respeito ao continente africano, em especial, foi estabelecido uma serie de sugestões para a melhoria das condições politicas e socioeconómicas, dentre as quais, a transformação estrutural da economia para agregar os aspectos de inclusão e sustentabilidade, promoção dos recursos locais para o autofinanciamento e independência económica, investimento no capital humano e incentivo à prestação de contas, principalmente na gestão da coisa pública.

A concepção dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) tive como base o êxito alcançado na Conferencia Sobre o Financiamento do Desenvolvimento, realizada em Adis Abeba, Etiópia em Julho do presente ano.    


Jeremias Chemane (JC)

MINEDH PRETENDE MATRICULAR CERCA DE 1,3MILHÃO DE ESTUDANTES



MINEDH PRETENDE MATRICULAR CERCA DE 1,3MILHÃO DE ESTUDANTES

O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) prevê matricular, para o ano lectivo de 2016, perto de 1,3 Milhão de alunos do ensino primário.

Numa cerimónia oficial de assinatura de um memorando de entendimento entre o MINEDH e o Governo de Portugal, com vista o fortalecimento e melhoria da qualidade do ensino em Moçambique, o tutelar da pasta de educação, Jorge Ferrão, teria afirmado que o número de Pessoas que não tem ainda acesso ao ensino no país é "assustador".

Segundo o Ministro, anualmente o MINEDH tem contratado cerca de 8.500 professores para garantir que a população tenha uma educação de excelente qualidade, acrescentando ainda que “já temos mais de 24 institutos de formação de professores no país ”.

“O país continua deficitário de professores com formação psicopedagógico, por isso, o MINEDH começou uma cooperação com o Brasil para capacitar os formadores que, por seu turno, irão formar os professores moçambicanos", disse Ferrão, sublinhando que através deste memorando “teremos mais pessoas formadas em Portugal”.

"A qualidade do ensino deve se reflectir no amor que cada um de nós deposita quando transmite conhecimento a uma criança", concluiu o Ministro. 

O Embaixador de Português, José Duarte, afirmou, na ocasião, que o seu país pretende continuar a construir uma relação saudável com Moçambique e, desse modo, contribuir para melhorar a atual qualidade de ensino.

 “Nós fazemos um esforço para angariar fundos com vista a apoiar a educação nas suas diversas componentes em Moçambique”, assevera Duarte.
 
Duarte referiu que para a Embaixada Portuguesa é um privilégio continuar a prover bolsas de estudo para o MINEDH, tendo acrescentando que “Portugal ofereceu, neste ano, 45 bolsas de estudo para o ensino superior em diversos cursos, uma prova da boa vontade do Estado português para com os moçambicanos”.

“Esperamos que com este apoio, Moçambique possa ter profissionais capazes de alavancar uma empresa sem que esteja um estrangeiro por frente”, concluiu o embaixador.

Fáusia Ricardo / JC