SECTOR EMPRESARIAL INSTADO A CONTRIBUIR COM RESPONSABILIDADE SOCIAL
A pesquisa, que envolveu mais de 200 empresas, foi desenvolvida em três pontos do país, nomeadamente, Nampula, Nacala e Beira, pela universidade católica de Moçambique (UDM) e a sua homóloga da Itália (Altis), com o apoio da União Europeia (UE), que, para o efeito, desembolsou 550 mil euros (cerca de 600 mil dólares norte americanos).
Do total das empresas envolvidas no estudo, 50 foram mobilizadas e desse número, apenas 16 aderiram aos projectos-pilotos de responsabilidade social.
De acordo com um dos responsáveis do projecto, Mussagy Hassane, apenas 13 empresas desenvolveram o interesse em participar logo a prior, mas, as empresas que efectivamente foram envolvidas ficaram maravilhadas com os resultados e comprometeram-se a continuar a dar o seu contributo para o desenvolvimento comunitário da região em que se circunvizinha a sua instituição.
"É necessário impulsionar as boas práticas e lições aprendidas no âmbito da responsabilidade social, o interesse do projecto é incutir nas empresas, sejam de que porte for, a cultura da responsabilidade social", disse Hassane.
Disse ainda que a essência do projecto era de sensibilizar, formar e promover o empoderamento dos grupos alvos "representados pelos trabalhadores das empresas privadas, das instituições públicas e da sociedade civil, bem como as comunidades locais".
Por seu turno, o representante do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, Henrique Cossa, presente na ocasião, disse que, apesar de tudo, no sector em que actua, as empresas cumprem com os seus deveres de impostos e de responsabilidade social.
"Felizmente, no nosso sector as empresas são socialmente responsáveis e cumprem com o pagamento de impostos, mas mesmo assim instamos a continuidade desses feitos como forma de desenvolver o capital humano e investir nos benefícios sociais para as comunidades", disse.
Acrescentou que as acções de responsabilidade social, levadas a cabo pelas empresas, devem ir ao encontro daquilo que são os objectivos do governo para o desenvolvimento do país, tendo em conta as principais necessidades das populações que circunvizinham a instituições que pretendem se tornar socialmente responsáveis.
O chefe da Cooperação Europeia em Moçambique, Enrico Strampelli, disse que a UE financia o projecto como forma de aludir as empresas sobre a necessidade de se envolver em acções de responsabilidade social.
"O estudo concluiu que cada vez mais empresas estão a aderir a responsabilidade social em Moçambique, mas que há necessidade de envolver mais empresas e mostrar que essa pratica é muito benéfica para criar um bom relacionamento não só com a comunidade, mas também com o governo local".
Na cerimónia de apresentação do estudo, estiveram presentes representantes do governo, da UNICEF, e alguns membros da Sociedade Civil moçambicana.
Jeremias Chemane (JC)
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