NYUSI REPUDIA USO E POSSE ILEGAL
DE ARMAS
Matalane, 14 de Dez (AIM) – O Presidente
da República (PR), Filipe Nyusi, reiterou hoje, na província de Maputo, que a
sociedade moçambicana deve condenar e repudiar a posse ilegal de armas no meio
social, como forma de garantir a manutenção da paz e enaltecer o bom convívio
entre os moçambicanos.
Na sua afirmação, o PR faz uma
menção generalizada, sem exceção de raça, sexo ou filiação partidária, ilustrando
que a posse de armas é exclusividade das autoridades policiais e das Forças de
Defesa e Segurança (FDS) nacionais.
"Nos dias que correm, a
nossa sociedade tem sido confrontada por fenómenos criminais atípicos, como
raptos e assassinatos de pessoas portadoras de albinismo, os sequestros, a
posse ilegal de armas e outras práticas ilícitas devem merecer a condenação e
repúdio da sociedade". Disse Nyusi, tendo acrescentado que não se deve deixar
a criminalidade ganhar espaço em Moçambique.
Para Nyusi, que falava hoje, em
Matalane, província de Maputo, durante a cerimónia de encerramento de mais um curso
de formação de agentes da Policia da República de Moçambique (PRM), estes
crimes constituem um grande desafio para a corporação e desafiam-na para cada
vez mais melhorar e aperfeiçoar os seus métodos de combate.
"O crime organizado também
tem vindo a sofisticar-se, perturbando a paz social e exigindo da polícia uma
acção mais eficaz e consertada. Queremos desafiar a PRM a aperfeiçoar os seus
métodos, de modo a encontrar os mandantes desses crimes", afirmou o PR.
Nyusi concorda que a luta contra
a criminalidade não deve ser apenas uma tarefa restrita à polícia, deve ser uma
acção conjunta envolvendo também o povo.
"a luta contra o crime não é, nem pode ser, uma
acção exclusiva da policia, portanto,
cabe a policia trabalhar junto ao povo, celebrando um contrato de colaboração
com o povo. É necessário que todos os cidadãos compreendam essa realidade e de
forma voluntaria e conscientes envolvam-se no reforço da manutenção da paz como
elemento de combate a criminalidade. Se cada um dos moçambicanos apoiar, a
harmonia, estabilidade e união prevalecerão em Moçambique.
E quanto aos formandos, Nyusi
apela a observância da ética e deontologia profissional, tendo em conta que no
exercício das suas actividades estarão a agir em nome do povo e do Estado
moçambicano.
"Quando um agente da polícia
manda parar um cidadão e educadamente exige os seus documentos ou da sua
viatura é o Estado que o faz, quando a polícia usa da força indevida e
desproporcional na sua actuação também é o Estado a actuar. Estes
comportamentos refletem o grau de rigor do Estado, por isso a vossa atitude afecta
sempre, positiva ou negativamente a nossa imagem como nação, lembrem-se que
agem em nome do Estado, por isso, devem respeitar e honrar". Sublinhou.
Por seu turno, os formandos juram
servir fielmente a nação moçambicana, empenhando todos os seus esforços e competências,
adquiridas em vários meses de treinamento, no combate ao crime como forma de
assegurar as principais premissas para o desenvolvimento do país, a paz,
estabilidade e tranquilidade pública.
Esta cerimónia graduou os mais
recentes membros da PRM em três cursos diferentes, nomeadamente, Curso Básico
da PRM, Policia de Fronteira e curso de Instrutores de Instrução de Cursos da
Polícia.
De acordo com os dados
apresentados pela direcção desta escola de formação policial de Matalane, cerca
de 99 por centos dos formandos concluiu com sucesso a formação, reunindo, desta
feita, os requisitos necessários para integrar a corporação.
Este é o 35º curso de formação
básica de agentes da PRM, o 12º da Policia de Fronteira e o 4º de formação de
instrutores de instrução da polícia.
Jeremias Chemane (JC)
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