domingo, 6 de dezembro de 2015

1215PEX-MOROSIDADE PROCESSUAL DIFICULTA ACTIVIDADE DO TURISMO EM MOÇAMBIQUE


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1215PEX-MOROSIDADE PROCESSUAL DIFICULTA ACTIVIDADE DO TURISMO EM MOÇAMBIQUE

Por Jeremias Chemane, da AIM, em Marracuene

Maputo, 06 de Dez (AIM) – em Agosto passado, o primeiro ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário falou, durante a IV Reunião Nacional do Turismo, que havia necessidade de realizar investimentos a nível nacional e maximizar os ganhos nas plataformas existentes, promovendo os produtos turísticos e estimulando o turismo domestico como forma de estabilizar o País, gerar emprego e garantir o crescimento económico através do sector.

Disse ainda que "a reflexão sobre os desafios do turismo deve ser extensiva para a promoção do desenvolvimento integrado das áreas com potencial turístico para atrair investimento nacional e estrangeiro, alargando a rede de alojamento e aumento da sua qualidade".

É com base nestas afirmações que os empresários actuantes neste ramo clamam maior dinamismo e menos burocracia na tramitação de alguns processos que tem como vista a promoção do sector turístico em Moçambique.

A Associação dos Agentes de Viagens e Operadores Turísticos de Moçambique (AVITUM) reuniu esta sexta-feira, e expôs diante do ministro de pelouro, Silva Dunduro, os principais entraves enfrentados na realização das actividades turísticas em Moçambique.

Resumidamente, o secretario geral da AVITUM, João Das neves, disse hoje, em entrevista a AIM, que no rol de questões colocados ao governo, sexta-feira ultima, está a morosidade na implementação dalgumas ideias de melhoria propostas pelo sector privado.

"Em termos legislativos o grande desafio é a morosidade do governo na implementação de ideias com vista a garantir maior dinamismo dos nossos processos e na implementação dalgumas ideias que propusemos para a melhorar do sector".

Das Neves disse acreditar que se a máquina legal do governo copiasse o modelo dinâmico de tramitação processual usado no sector privado o ramo do turismo poderia observar uma considerável melhoria do actual ambiente negócios.

Contudo, o mesmo acredita que, comparativamente há alguns anos, o ambiente de negócios observou uma significativa mudança, pois, os mesmos investidores que há cinco anos não queriam investir em Moçambique, hoje querem.

"Isto está relacionado a vários factores, o ambiente de negócios melhorou muito, hoje abrem-se portas para novos investimentos e no sector do turismo o grande desafio recai na rentabilização dos investimentos ja efectuados, dada a demanda dos serviços turísticos, que ainda precisa de um realce através da potencialização do 0turismo domestico"

Aliado aos entraves processuais e legais, estão as calamidades naturais, as cheias e a erosão na faixa costeira nacional, que têm estado a complicar consideravelmente a exploração turística, criando deste modo, um défice na economia turística nacional e diminuindo a afluência de turistas.


No rol, assenta também instabilidade e o mau ordenamento territorial que faz com que determinadas actividades turísticas não corram nas melhores condições, principalmente quando no caso de Moçambique predomina o turismo do tipo praia-sol.     

JC

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