1215PEX-MOROSIDADE PROCESSUAL DIFICULTA ACTIVIDADE DO TURISMO EM
MOÇAMBIQUE
Por Jeremias Chemane, da AIM, em Marracuene
Maputo, 06 de Dez (AIM) – em Agosto passado, o primeiro ministro moçambicano,
Carlos Agostinho do Rosário falou, durante a IV Reunião Nacional do Turismo,
que havia necessidade de realizar investimentos a nível nacional e maximizar os
ganhos nas plataformas existentes, promovendo os produtos turísticos e
estimulando o turismo domestico como forma de estabilizar o País, gerar emprego
e garantir o crescimento económico através do sector.
Disse ainda que "a reflexão sobre os desafios do turismo deve ser
extensiva para a promoção do desenvolvimento integrado das áreas com potencial
turístico para atrair investimento nacional e estrangeiro, alargando a rede de
alojamento e aumento da sua qualidade".
É com base nestas afirmações que os empresários actuantes neste ramo
clamam maior dinamismo e menos burocracia na tramitação de alguns processos que
tem como vista a promoção do sector turístico em Moçambique.
A Associação
dos Agentes de Viagens e Operadores Turísticos de Moçambique (AVITUM) reuniu
esta sexta-feira, e expôs diante do ministro de pelouro, Silva Dunduro, os
principais entraves enfrentados na realização das actividades turísticas em Moçambique.
Resumidamente,
o secretario geral da AVITUM, João Das neves, disse hoje, em entrevista a AIM, que
no rol de questões colocados ao governo, sexta-feira ultima, está a morosidade
na implementação dalgumas ideias de melhoria propostas pelo sector privado.
"Em
termos legislativos o grande desafio é a morosidade do governo na implementação
de ideias com vista a garantir maior dinamismo dos nossos processos e na implementação
dalgumas ideias que propusemos para a melhorar do sector".
Das Neves disse
acreditar que se a máquina legal do governo copiasse o modelo dinâmico de tramitação
processual usado no sector privado o ramo do turismo poderia observar uma considerável
melhoria do actual ambiente negócios.
Contudo, o mesmo
acredita que, comparativamente há alguns anos, o ambiente de negócios observou
uma significativa mudança, pois, os mesmos investidores que há cinco anos não queriam
investir em Moçambique, hoje querem.
"Isto está
relacionado a vários factores, o ambiente de negócios melhorou muito, hoje
abrem-se portas para novos investimentos e no sector do turismo o grande
desafio recai na rentabilização dos investimentos ja efectuados, dada a demanda
dos serviços turísticos, que ainda precisa de um realce através da potencialização
do 0turismo domestico"
Aliado aos
entraves processuais e legais, estão as calamidades naturais, as cheias e a
erosão na faixa costeira nacional, que têm estado a complicar consideravelmente
a exploração turística, criando deste modo, um défice na economia turística
nacional e diminuindo a afluência de turistas.
No rol, assenta também instabilidade e o mau ordenamento territorial que faz
com que determinadas actividades turísticas não corram nas melhores condições,
principalmente quando no caso de Moçambique predomina o turismo do tipo
praia-sol.
JC
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