segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Literatura - Egocentrismo



“Sou meu própio Deus

Nessas minhas incursões ligadas ao intelectualismo, descobri que sou excepcional. A minha forma de pensar e expressar não é comum, juro que venho duma espécie de difícil compreensão. No entanto, desde já, desafio ao caro leitor a descobrir a minha complexa proveniência. As pessoas, as arvores e os animais  dizem que a minha mente brilhante é realmente incrível, pelo facto de ela ser epistemologicamente rica. Eu sou maravilhoso, gosto extremamente de mim porque sou meu próprio Deus, até Jesus sabe disso.

Juro que sou doutra espécie, se não acreditas pergunte a mim mesmo, que logo te responderei. Em Novembro do ano passado, sai da minha humilde zona habitacional, desta feita, percorrendo longas distancias a procura de um tipo inteligentíssimo como eu mas, infelizmente, não encontrei nenhum, porque eu sou o único neste mundo. Juro que sou o único.

As vezes fico impressionado comigo, pois tenho ideias que nenhum outro ser tem, em fim, me adoro mil vezes mais que tudo. Desde o dia em que me descobri neste vasto mundo, composto por mares, rios, montanhas e desertos,  passei a prestar cultos a minha própria pessoa, até que me transformei em meu próprio Deus.

Os meus colegas e professores nunca entenderam o motivo do meu sonecar no decurso das aulas. Portanto, afirmo agora que prefiro  mil vezes dormir e sonhar comigo mesmo do que escutar as palhaçadas que eles propagam. Por favor, não me conotem como um maluco arrogante, apenas amo o meu ego. 

Nunca me imaginei distante de mim por isso carrego-me sempre comigo, por saber que sou literalmente importante para mim.

Somente um homem como eu, consegue se entusiasmar, pois ele não depende de ninguém para sorrir pelo facto de ser auto-suficiente.

Agora, me resta agradecer algumas pessoas que, de algum modo, me foram importantes na descoberta da minha personalidade. A primeira é o bom amigo Hamurabi que vive cantando que eu sou inteligente, concordo plenamente.

A outra, é o psicólogo John Watson que incutiu nem mim a sua concepção Behaviorista, até que eu descobrisse a magnificência do meu comportamento.

Gosto de mim, Sobretudo, pela criatividade que tenho, com isso, não deixo de fora a minha  a humildade, pois ela é que torna mais inteligente ainda. 

Autor: Alberto Massango 
(J.Int)



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