terça-feira, 24 de março de 2015

MÁ COMUNICAÇÃO MINA DESENVOLVIMENTO DE MARRACUENE



MÁ COMUNICAÇÃO MINA DESENVOLVIMENTO DE MARRACUENE

A ausência de um diálogo permanente entre os Agentes Económicos de Marracuene-AGEM e o governo Distrital coloca em perigo o desenvolvimento socioeconómico daquele Distrito provincial de Maputo. 

A informação foi tornada pública por João Das Neves, Presidente da Associação dos Agentes Económicos de Marracuene-AGEM, num encontro com o Governador da Província de Maputo, Raimundo Diomba.

Para além da falta de diálogo, Das Neves, assevera que as actividades desenvolvidas naquele Distrito, devem ser realizadas de forma harmoniosa e coordenadas, colocando de  lado as diferenças individuais e apostando no bem colectivo. 

Aliás, segundo das Neves, quanto mais próspero for o empresariado em Marracuene mais forte será o governo local. Por isso, a sua associação elaborou uma matriz contendo as principis preocupações do sector económico local.

“Desenvolvemos uma matriz com as principais preocupações do sector privado em Marracuene e que aborda questões que vão desde a mitigação dos impactos negativos das actividades económicas até ao aprimoramento dos sistemas de trabalho para remover a burocracia institucional e regularização das deficiências organizativas do sector privado”, disse João Das Neves.

Das Neves preocupa-se igualmente com a criminalidade que tem vindo a crescer em Marracuene, aliada a má gestão dos conflitos de terra.

“Temos casos em que titulares de DUAT, mas que por diversas adversidades os mesmo tem sido revogados em condições pouco claras para os agentes económicos ou mesmo projectos submetidos para a requalificação das terras não são aprovados em tempo razoável”, disse Das Neves para de seguida concluir que “ os agentes económicos vem acompanhando, com bastante preocupação a redistribuição de espaços de terra concessionados por DUAT, sem consulta ou acordo prévio aos titulares e que apesar de suas reclamações pouco ou nada podem fazer”, explicou Neves.
Por sua vez os empresários de Marracuene foram unânimes em afirmar que a situação empresarial naquele Distrito anda a mercê da própria sorte.
Por sua vez os agentes económicos presentes na ocasião, manifestaram as suas preocupações perante Diomba.
“Do momento a minha maior preocupação seria com a avaria constante do batelão, as vias de acesso não estão nada bem. Precisamos de uma clinica na ilha não só para nós mas também para os turistas que escalam Macaneta. Estou ainda preocupada com a fraca qualidade de electricidade”, desabafou Ângela, agente económica.

 “Eu, particularmente tenho um projecto de construção de um parque empresarial e o que eu peço é uma ajuda para que se aprovem os projectos o mais rápido possível. O pedido já está lá a mais de um ano. Há muita burocracia nas instituições públicas em despachar os expedientes. É preciso que as coisas andem mais rápido. Nós trabalhamos com bancos e quando os projectos não são implementados no período planificado gera-nos transtornos. Deve haver uma comunicação aberta entre o governo e os agentes económicos”, disse Horácio de Carmo, Agente económico.

“ Um dos grandes desafios que enfrentamos é a recolocação do pessoal afectado pelas obras da circular, sabemos que o Governo está a fazer um esforço tremendo para sanar este problema. Há quem não foi recolocado no devido lugar, a quem não recebeu os devidos pagamentos e isso acaba de certa forma criar constrangimentos aos agentes económicos de Marracuene. A ponte que liga Marracuene e Macaneta também nos preocupa”, asseverou José António, agente económico.

Por seu turno, Raimundo Diomba prontificou-se a averiguar todas as queixas e preocupações dos agentes económicos.

“Posso assegurar que todas as preocupações foram anotadas e cabe ao Governo trazer soluções para estes e outros problemas que temos. Se realmente queremos um Distrito desenvolvido, realmente que temos de trabalhar em harmonia, em coordenação mútua”, disse Diomba.

Refira-se que Marracuene na província de Maputo, tem sido um dos maiores pontos de investimento empresarial do sector privado a nível da região sul de Moçambique.

Redação / JC.

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