IPEME CAPACITA FINALISTAS UNIVERSITÁRIOS EM GESTÃO EMPRESARIAL

IPEME CAPACITA FINALISTAS UNIVERSITÁRIOS EM GESTÃO EMPRESARIAL 

O instituto para a promoção de pequenas e médias empresas (IPEME) concluiu hoje, em Maputo, a capacitação de 25 jovens recém-formados e finalistas universitários em gestão empresarial, empreendedorismo e técnicas de educação para elaboração de planos de negócios, com vista a dota-los de experiência prática para singrarem no mercado de trabalho.

A seleção dos jovens esteve ao critério da Associação dos Estudantes Finalistas Universitários de Moçambique (AEFUM), que tem estado a trabalhar em parceria com o IPEME. 

De acordo com um dos técnicos de formação do IPEME, Siro Álvaro, a capacitação ocorreu num período de três dias e tem como principais premissas, tornar possível que os jovens consigam reunir condições para a criação do autoemprego e tenha uma eficiente capacidade de gestão de negócios.

‘’Esta capacitação tem em vista ajudar os formandos a entrarem com capacidade e habilidades no mercado de trabalho, o IPEME, através das ferramentas de que dispõe, tem essa abertura para ajudar nesta componente de empreendedorismo’’, disse Álvaro.

Acrescentou ainda que alguns dos formandos já tem ideias e projectos prontos para implementar então o IPEME, com estas capacitações, ajuda na estruturação dos mesmo, tanto para pedidos de financiamento, como para a elaboração do plano estratégico empresarial. 

Belarmino Langa, um dos beneficiários da capacitação, disse que com esta abertura, o IPEME traz uma mais-valia no seu perfil profissional e clarifica a visão dos beneficiários, principalmente no que toca a componente do autoemprego.

‘’Acredito que através desta capacitação teremos melhores ferramentas para a elaboração dos nossos planos de negócios, teremos algumas dicas importantes para o empreendedorismo e melhoraremos consideravelmente os nossos planos estratégicos’’, afirmou Langa.

Esta accão enquadra-se nos esforços do IPEME para contribuir no fortalecimento do sector empresarial moçambicano, e é parte de um processo continua que o IPEME tem levado a cabo junto dos seus parceiros, com destaque para a AEFUM.           

Jeremias Chemane (JC)             

KA TEMBE JÁ BENEFICIA DE FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL

KA TEMBE JÁ BENEFICIA DE FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL

O distrito municipal da Ka Tembe conta a partir de hoje com uma unidade móvel do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP) para o ensino técnico profissional na área de hotelaria e turismo, que irá formar um total de 90 jovens anualmente.

A unidade, que foi oficialmente inaugurada pelo vice-ministro do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Oswaldo Pitersburgo, conta com um total de oito profissionais das áreas de restaurante, culinária e bar, que deverão monitorar e classificar os formandos.

De acordo com a monitora-chefe de culinária da unidade móvel, Ofélia Langa, será possível que de dois em dois meses sejam formados grupos de 15 jovens e disponibilizados no mercado de trabalho da Ka Tembe e do centro da cidade de Maputo.

‘’De dois em dois meses teremos grupos de 15 jovens formados e prontos para o emprego, os melhores terão bolsas de estágio nalguns restaurantes da cidade de Maputo. Registamos um nível de procura bem elevado, embora já era de se esperar tendo em conta que esta é a primeira unidade móvel neste distrito municipal’’, afirmou Langa, acrescentando que ‘’os estudantes desembolsam 3.750 meticais para a matrícula’’.        

Na cerimónia inaugurativa, que contou com a presença de diversas entidades daquele distrito municipal, incluindo o vereador António Tovela, Piterburgo garantiu aos populares que até finais do presente ano Ka Tembe contará com um centro de formação profissional com diversos cursos para os jovens.

Aliás, a construção do centro já está na sua fase conclusiva, contando com um total de seis salas de aulas, blocos administrativos e áreas para aplicação do conhecimento, especialmente para os cursos de carpintaria e serralharia.    

‘’Esta unidade enquadra-se nos objectivos do plano quinquenal do governo (PQG) no que concerne ao aumento do conhecimento dos jovens para ocuparem diversos postos de trabalho para garantir a empregabilidade. O centro entra em funcionamento no início do próximo ano, este centro terá capacidade para lecionar diversos cursos, vamos adoptar a formação baseada na procura’’, explicou o vice-ministro.

Pitersburgo acrescentou ainda que o INEFP espera formar entre 500 a mil jovens, anualmente, neste centro.

‘’Isso também concorre para o combate aos desvios de rotina dos jovens que acabam se envolvendo no mundo dos vícios, uma vez que jovens ocupados são jovens saudáveis’’.

Contudo, Pitersburgo acredita que poderia estar ainda mais satisfeito se a obra tivesse terminado no prazo previsto, que era de 2014, um prazo que não foi cumprido porque a obra foi embargada para a renovação da delimitação.

Por seu turno, o vereador da Ka Tembe, António Tovela, presente na ocasião, disse, em nome da população, estar muito satisfeito e esperar que a partir das ações dos IINEFP os jovens da Ka Tembe ganhem mais proactividade.

‘’Desejamos que tanto o centro de formação, como a unidade móvel sejam galvanizadores do emprego no nosso distrito municipal, queremos saudar o governo pelo seu envolvimento continuo no processo da geração de emprego e capacitação do capital humano nacional para o mercado de trabalho’’, realçou o vereador.

O MITESS prevê ainda estender, este ano, as unidades móveis pelas províncias de Niassa, Zambézia, Manica, Tete, Sofala e Cabo Delgado.   


Jeremias Chemane (JC)
 

CNJ APELA JUVENTUDE PARA NÃO ADERIR À CAUSA DA RENAMO

CNJ APELA JUVENTUDE PARA NÃO ADERIR À CAUSA DA RENAMO

Jornal Domingo

O presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Deusdésio Macule, apelou hoje, em Maputo, à juventude para não abraçar a causa da Renamo, que consiste em tomar o poder por via da força, acreditando que este ideal concorre para o derrame de sangue e promoção da discórdia entre os moçambicanos.

Macule, que falava durante uma visita do Vice-Ministro do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), Oswaldo Pitersburgo, ao distrito municipal da Katembe, para a entrega de uma unidade móvel com vista a  formação de jovens nas áreas de hotelaria e turismo, acrescentou ainda que a Renamo tem estado a usar inocentemente os jovens para a materialização dos seus planos desestabilizadores.

‘’Nós jovens condenamos veementemente os ataques perpetrados pelos homens armados da Renamo que atentam contra à paz, ordem e tranquilidade pública. Este partido instrumentaliza jovens inocentes, para engrossar as suas fileiras, gostaria de reiterar aqui e agora que os jovens devem estar engajados nos desafios que se colocam para a materialização da paz duradoira, pois, tem consciência que só através da paz podemos contribuir para o desenvolvimento do nosso país’’, explicou Macule.

No entanto, a fonte acredita que Moçambique está em paz, mas há necessidade de se estabelecer uma paz efectiva.

‘’Estamos em paz, mas queremos uma paz efectiva, estamos preocupados com os nossos irmãos que estão do outro lado do país, onde tem havido alguma vandalização perpetrada pelos homens armados da Renamo. É preciso que os jovens acreditem no crescimento do país, alguns não acreditam no crescimento do país, por isso tem empreendido sabotagens, actos que nos fazem voltar atrás.

Macule é da opinião que a imprensa moçambicana tem um papel preponderante para o solucionar da tensão político-militar, muito por causa do seu alcance e poder persuasivo.

 ‘’A Renamo tem estado a namorar jovens para enveredarem pelo mau caminho, a Renamo tem estado a envolver jovens em actos que só lhe estão a prejudicar. A imprensa tem o poder e o alcance que tem e ela também é chamada neste processo, por isso usamos e acreditamos que este canal poderá nos ajudar a repudiar estas acções ‘’, explicou o presidente.

Os Homens Armados da Renamo tem estado a protagonizar diversos ataques pelo país adentro, com destaque para a região central do país, entre o troço rio Sava – Muxungue, província de Sofala, zona em que as forcas de defesa e segurança pro várias vezes trocaram tiros com o braço armado da Renamo.   

Estes ataques da Renamo enquadram-se no âmbito do cumprimento da promessa feita pelo seu líder, Afonso Dhlakama, que em Dezembro ultimo afirmou que em neste mês de Março governaria as seis províncias das regiões centro e norte, nas quais alega ter ganho nas últimas eleições gerais.


Jeremias Chemane (JC)

NECESSÁRIOS 480 MILHÕES DE DÓLARES PARAM FORTALECIMENTO DO ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL

NECESSÁRIOS 480 MILHÕES DE DÓLARES PARAM FORTALECIMENTO DO ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL

O ministro da ciência, tecnologia, ensino superior e técnico professional, Jorge Nhambiu, declarou hoje, em Maputo, que são necessários mais de 480 milhões de dólares norte-americanos para o fortalecimento do ensino técnico profissional em Moçambique.

Este valor deverá servir para a implementação de diversas medidas com vista a melhorar e reformar a educação profissional no país, dentre elas, a formação de formadores, construção de escolas, reabilitação e apetrechamento, introdução do ensino técnico à distância e reforço do elo de ligação entre os sectores pública e privado.

Nhambiu apresentou a preocupação durante um seminário mantido com empresários que contou com a presença de diversos quadros do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), onde acrescentou a necessidade de introduzir de uma metodologia modular para o ensino técnico, que consiste em estabelecer uma base de dados virtual que garanta que os estudantes possam iniciar um determinado curso num local e concluir noutro.

‘’Há necessidade de melhorar a gestão do ensino, deve se estabelecer uma base de dados que condicione que um estudante formado, por exemplo, em Maputo possa, terminar a sua formação em Cabo delgado e a partir de lá receber o seu certificado de habilitações’’, disse o ministro.

Contudo, o governante afirma que o ensino técnico-profissional tem vindo a melhorar significativamente em Moçambique, pois, ‘’em 2007, por exemplo, tínhamos mais de 200 dias após a formação para que um determinado formando conseguisse emprego e a taxa de satisfação do empregador era apenas de 25 por cento, em 2015 num período inferior a seis meses os estudantes conseguem emprego e a taxa de satisfação é de 80 por cento’’.

Ainda de acordo com o ministro, a cidade de Maputo é a que mais tem instituições de ensino técnico, com um total de 32, seguida por Nampula com 23, enquanto que Cabo delgado e Niassa são as piores com seis e cinco, respectivamente.

‘’em Maputo temos 12 instituições publicas, cinco semi-públicas e 15 privadas, Nampula com seis publicas, 9 semi-publicas e oito privadas. As que ocupam os últimos lugares na lista são cabo delgado, com seis públicas e Niassa com apenas cinco públicas’’, explicou Nhambiu.

Por seu turno, o vice-ministro do MITESS Oswaldo Pitersburgo, lembrou que a situação actual mostra que, em Moçambique, procuram-se mais cursos ligados ao sector terciário, principalmente na cidade de Maputo, onde se concentram mais de 45 por cento do total de instituições do ensino técnico no país.

‘’Há necessidade de equilibrar o ensino tendo em conta a demanda do mercado, entre  2014 a 2015 foram formadas 633,971 pessoas no país, sendo mais de 76 por cento pelas instituições privadas. O Plano Quinquenal do Governo prevê formar ainda neste quinquénio  694.085 pessoas no ensino técnico profissional no país’’, acrescentou Pitersburgo.

Esta necessidade monetária apresentada pelo MCTESTP surge no quadro da implementação de profundas reformas no ensino técnico profissional em Moçambique, aprovado no passado dia 10 do mês em curso pela Assembleia da República (AR) o parlamento moçambicano.

Jeremias Chemane (JC)             

ENSINO TÉCNICO PROFESSIONAL SUBMETIDO À REFORMA RADICAL

MCTESTP CRIA ANEP PARA REFORMAR ENSINO TÉCNICO PROFESSIONAL NO PAÍS

  

Maputo, 16 Mar (AIM) – O Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Professional (MCTESTP), anunciou hoje, em Maputo, a criação de uma entidade, denominada Autoridade Nacional de Educação Professional (ANEP) com vista a implementar profundas mudanças no ensino técnico-profissional e regular a sua gestão em Moçambique.

A informação foi tornada pública durante um seminário que contou com a presença de diversos empresários, potenciais empregadores, que tomaram conhecimento que o grande objectivo da ANEP é zelar por todas as instituições públicas e privadas que ministram o ensino técnico profissional.

A reforma prevê muitas diretrizes, entre as quais, a introdução de novos módulos de certificação dos formandos, a eliminação dos cursos em detrimento de qualificações, a eliminação das disciplinas para a entrada Unidades de Competência Padrão (UCP).

O MCTESTP prevê ainda a criação de um Sistema Nacional de Educação Professional (SNEP) que vai possibilitar que apenas a ANEP emita os certificados de habilitações para todas as instituições de formação profissional do país, ou seja, as escolas e centros de formação não terão mais autoridade para certificar os formandos. Para a obtenção do certificado de habilitações literárias os estudantes deverão passar por um teste ao nível da ANEP. 

A direcção do ANEP será composta por membros do governo, através dos Ministérios do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) e MCTESTP, sindicatos de empresários e sociedade civil.

Falando durante o seminário o mais alto quadro do MCTESTP, Jorge Nhambiu, sublinhou que o governo tem vindo a efectuar uma profunda restruturação do ensino técnico-profissional, com vista a integração de componentes indispensáveis como integração, coerência e flexibilidade.

‘’O nosso objectivo é direcionar o nosso ensino profissional com vista a responder a demanda do mercado, ou seja, queremos ter um currículo de formação técnica que garanta a empregabilidade dos formandos, garanta que os jovens não se formem em cursos que não tenham nenhuma mais valia’’, explicou o ministro.

‘’a ligacao entre a educação profissional e a industria é vista como principal garantia de uma fomacao de qualidade e relevância. Não se circunscreve apenas ao desenho curricular, mas, também, ao processo de definição de prioridades e estratégias para assegurar o alinhamento das ofertas formativas com a realidade do mundo laboral, em particular, e da economia nacional, como um todo’’, acrescentou Nhambiu.

O dirigente sublinhou ainda que varias plataformas, de ordem legal, já foram estabelecidas para a implementação das reformas do ensino técnico profissional no país.

Por seu turno, o vice presidente das Confederações Económicas de Moçambique (CTA), Rui Monteiro, manifestou a sua satisfação com o novo modelo, afirmando que poderá responder equilibradamente a demanda de recursos humanos por parte das entidades empregadoras.

‘’Temos uma demanda crescente de recursos humanos no país, os actuais perfis curriculares não respodem a esta crescente necessidade do mercado. Esta nova ferramenta poderá trazer esta resposta  que o sector empresarial tanto anseia. Por isso, estamos envolvidos no processo, em coordenação com o governo’’, asseverou Monteiro.  

Moçambique conta actualmente com mais de 160 escolas de formação técnico profissional distribuídos por todo o país, embora, 45 por cento estejam concentradas na cidade de Maputo.

Jeremias Chemane (JC)