segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

CADUP POTENCIA MAIS DE 180 PMES




 
CADUP POTENCIA MAIS DE 180 PMES 


01 de Fev– IPEME, através do seu projecto CADUP (Cada Distrito Um Produto), potenciou mais de 180 pequenas e medias empresas moçambicanas (PMEs) no período 2013-2015 com o apoio do governo japonês, que, com base nos cursos de capacitação e melhoramento das técnicas de produção internacionais (a maioria japonesas) estas já exportam alguns dos seus produtos para países vizinhos.

A iniciativa tem como principal objectivo incentivar as medias e micro-empresas a investirem qualitativamente na sua produção, através do know how conferido pelos profissionais japoneses distribuídos pelas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica e Nampula para o efeito.      

De acordo com o coordenador de desenvolvimento técnico e produtividade do IPEME, Ramatane Ernesto, a ideia é tornar possível que as micro-empresas tenham capacidade material e ideológica para produzirem com qualidade produtos locais, que tornem o seu trabalho ainda mais demandado tanto ao nível nacional como estrangeiro.

"O nosso objectivo é tornar possível que as ideias de produção local sejam ainda mais eminentes, encorajar os produtores com o nosso apoio, a fortalecerem a sua base produtiva e aumentarem a sua produção", explicou o coordenador.

Para a selecção das empresas houve candidaturas e foram elaboradas pesquisas de campo envolvendo mais de 250 empresas, das quais 180 foram eleitas como sendo as mais promissoras e por isso merecedoras do apoio da CADUP.

"Das 180 empresas, um total de 30 continuam ainda a ser monitoradas directamente, sendo que o remanescente adquiriu, durante a formação, bases suficientes para caminhar por si só. Foram criados entre as empresas elos de ligação que permitem um intercâmbio permanente e troca de produtos entre as mesmas". Acrescentou.

Neste presente ano a iniciativa devera continuar a usar os mesmos critérios de selecção, apostando na pesquisa e incentivando a candidatura das empresas para o curso de capacitação da CADUP.

Ernesto aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio da imprensa comunitária na difusão do trabalho da CADUP, lembrando que graças a ela, o número de empresas conseguidas dobrou, o que tornou mais eficaz e mais inclusiva a iniciativa.      

O grupo alvo do CADUP são os empresários, empreendedores, associações, estudantes e comunidade em geral, que tenham uma ideia ou uma empresa que precise de um apoio para o seu desenvolvimento.

Para as empresas interessadas em candidatar-se a formação do CADUP, devem preencher um formulário facultado na direcção do CADUP local, informando sobre a matéria-prima que usam na sua empresa, as actividades que desenvolve e indicar os seus métodos de disponibilização dos mesmos no mercado.

O CADUP é um mecanismo de assistência empresarial para a melhoria e maior eficiência da exploração dos recursos locais. Um dos seus objectivos principais é garantir o crescimento industrial dos distritos, como forma de gerar mais emprego e empreendedorismo no país.

Jeremias Chemane (JC)          


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

ADVOGADOS MOÇAMBICANOS RECEBEM COMISSÃO DO CCI



ADVOGADOS MOÇAMBICANOS RECEBEM COMISSÃO DO CCI 

A Ordem dos Advogados de Moçambique (O.A.M) recebeu hoje, na sua sede em Maputo, uma delegação internacional da Camara de Comercio Internacional (CCI), que visita o país com o intuito de estabelecer relações profissionais em matérias de arbitragem e incentivar a implementação das políticas arbitrárias do CCI para a resolução de litígios de caracter comercial e especializado.

A delegação, que é dirigida pelo secretário-geral adjunto do CCI, José Reis, é composta por seis elementos, a maioria portugueses, que estabeleceram um intercâmbio em matérias de direito fiscal com os seus homólogos moçambicanos, aproveitando para sanar algumas dúvidas em relação ao método de arbitragem internacional do CCI e formas de implementação em Moçambique.

Segundo o secretário, Moçambique tem uma política legislativa bastante modernizada e favorável a implementação do modelo CCI de arbitragem comercial, dai a necessidade de discutir com os principais intervenientes do processo, que são os advogados.

"A arbitragem permite que as pessoas celebrem um acordo para a solução de eventuais conflitos entre elas, sem precisar recorrer à decisão judicial. Porém, para tanto, o litígio deve recair apenas sobre direitos patrimoniais disponíveis. O nosso interesse é apoiar a continuidade da implementação destas medidas de resolução de litígios em Moçambique, tendo em conta que é um país com leis que permitem a aplicabilidade desses métodos que ajudam muito a dinamizar o processo do direito", explicou Reis.

Tendo em conta o nível de investimentos de grande vulto que se materializam no país há necessidade de se garantir uma base legal solida para a confiança do investidor, por isso, Reis acredita que a demanda pelos profissionais com capacidades para o processo de arbitragem em Moçambique é cada vez mais crescente.

"Não só em Moçambique, como também em toda a região da africa subsaariana, observa-se uma crescente demanda aos profissionais de arbitragem, só ao nível regional já contabilizamos 70 casos envolvendo processos litigiosos com intervenção da arbitragem, em Moçambique já foram contabilizados 15, dai que podem perceber  a pertinência do modelo CCI", disse.

É com base nesta convicção que o secretário acrescentou ainda que para o ano o CCI cogita instalar uma delegação do CCI em Moçambique, como forma de garantir uma melhorada vistoria na aplicação do método.

A CCI é uma organização internacional que trabalha para promover e assessorar o comércio internacional e globalização.

As suas actividades abrangem desde a arbitragem até resoluções ligadas ao mercado e sistema financeiro, regulação de negócios, luta contra corrupção e combate ao crime comercial. A entidade tem acesso aos governos de países através de seus comitês nacionais. A organização é baseada em Paris e oferece uma visão internacional do panorama de negócios mundiais afetando diretamente suas operações.    

Jeremias Chemane (JC)         

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

GUEBUZA APELA CONTRIBUTO DAS NOVAS GERAÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DO PAÍS



GUEBUZA APELA CONTRIBUTO DAS NOVAS GERAÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DO PAÍS  
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O ex-presidente da república, Armando Emílio Guebuza, apelou esta quarta-feira, em Maputo,  aos mais jovens a contribuírem para o desenvolvimento do país espelhando-se na  ousadia tida pela sua geração para lutar contra a opressão colonial portuguesa.

Guebuza que falava, na presença de quadros do governo, incluindo o actual presidente da república, Filipe Nyusi, durante a cerimonia de lançamento oficial da sua pagina da internet, que contem informações sobre os seus dez anos como chefe de estado, bem como cinco décadas do seu percurso político na Frelimo e no governo, disse acreditar que a juventude moçambicana tem a capacidade de erguer o país e enfrentar todas as vicissitudes que se colocam no caminho para o desenvolvimento.

" Esta é uma oportunidade para as novas gerações, os jovens, se inspirarem nos feitos do passado, na medida em que uma nação que conhece a sua história domina o seu futuro. Esta iniciativa pretende estimular uma reflexão sobre um percurso que, como outros, é coletivo e pertence a todo povo moçambicano", disse Armando Guebuza, na cerimónia que coincidia com a celebração do seu 73.ª aniversário. 

Tendo em conta que Guebuza conhece e participou activamente na edificação da história de Moçambique, o antigo dirigente acredita que através deste veículo mediático, que é o website, poderá sublinhar o percurso do país na luta pelo desenvolvimento, através dos momentos mais marcantes da história da nação.

"Existem varias opções para divulgar informação básica para reflexão e apreensão de experiencias fundamentais. Nos dias de hoje, as redes sociais, nas suas diversificadas formas, vem ganhando uma inegável proeminência. A página que hoje lançamos se enquadra dentro deste amplo contexto", esclareceu.

O website do ex-presidente, cujo o domínio é www.armandoemilioguebuza.mz, tem a particularidade de conter directivas para as redes sociais como o Facebook  e o Twitter, com vista a criação de um espaço aberto para interação com o público, embora, tal como é citado pelo jornal eletrónico Mediafax, não se identifique com estes veículos de comunicação.

“O Facebook e o Twitter têm o potencial de se transformar em espaços geradores de representações, fábricas de sonhos inalcançáveis e de infinitas miragens e expectativas que podem levar à secundarização da cultura de trabalho, promovendo o espírito de mão estendida”, palavras de Guebuza, Mediafax 19 de Janeiro de 2016.

Por seu turno, Filipe Nyusi, disse, na mesma cerimónia, que a iniciativa encoraja todos os moçambicanos na luta pelo desenvolvimento do país, indicando que a página vai colocar, à disposição de todos, importantes informações sobre uma parte da história de Moçambique. 

"Armando Guebuza coloca, desta feita, os seus feitos numa autêntica biblioteca para todo o seu povo e para as próximas gerações, ele mostra através desta iniciativa que continua disposto a dar o seu contributo para a edificação da nação. Saudo a disponibilidade do antigo presidente para o desenvolvimento e consolidação da paz em moçambique", disse Nyusi.

Na cerimonia, varias individualidade do panorama politico e económico nacional estiveram presentes, uma das quais é o antigo presidente Joaquim Chissano que, tal como os outros, felicita a iniciativa e incentiva o publico em geral a visitar a pagina. 

Jeremias Chemane (JC)

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

MEDICAMENTOS CONTINUAM UM DESAFIO PARA SAÚDE EM MOÇAMBIQUE

MEDICAMENTOS CONTINUAM UM DESAFIO PARA SAÚDE EM MOÇAMBIQUE


 
O sector da saúde moçambicano tem vindo a conhecer um progresso na solvência das principais enfermidades que afligem o povo, mas, de acordo com o vice-ministro da saúde, Mouzinho Saide, continua sendo um desafio no país a garantia e a correcta distribuição de medicamentos para todos os hospitais nacionais. 

Saide que falava hoje, em Maputo, durante uma visita de trabalho feita ao Hospital Geral José Macamo (HGJM), disse ainda que o nível de queixas relacionados aos medicamentos tem vindo a diminuir, mas, ainda são necessários esforços no sector da saúde para a erradicação do problema.

‘’Estamos a avançar no que tange aos indicadores do Programa Económico Social (PES) do governo, notamos que os hospitais tem tido mais recursos humanos e materiais para a correcta execução das suas tarefas, mas, continuamos a lutar para cobrir toda a gente com a nossa rede de medicamentos, continua sendo um desafio abranger todos os cidadãos, mais é um desafio que o sector de saúde está a envidar esforços para garantir a sua solução’’, sublinhou o vice. 

Como tal, Saide anunciou que no ano passado foram intrgrados, só na província de Maputo, um total de 205 profissionais de saúde, dentre eles 40 médicos, oito dos quais são especialistas.

‘’Foram alocados um total de 205 profissionais de saúde, que deverão ajudar a responder a demanda dos serviços hospitalares aqui na capital moçambicana, estes médicos foram distribuídos correctamente nos demais hospitais. Este número de contratações está acima do que prevíamos contratar, o que claramente mostra o nosso interesse em resolver os problemas, a capital é o espelho do país’’, disse.

Para além da integração desses profissionais de saúde, o sector conta com mais 10 ambulâncias, incluindo um barco para casos transporte de doentes vindos da Ilha de Inhaca, para o Hospital Central de Maputo (HCM), o maior do país.

Falando especialmente do HGJM, Saide disse estar satisfeito com o atendimento público verificado, sem contar que, segundo as suas constatações, existem medicamento suficientes para suprir maioria das necessidades.

‘’Estamos satisfeitos com o que constatamos, não observamos queixas. Queremos apelar as pessoas para evitarem casos de violência, os médicos desta unidade sanitária tem recebido pessoas vítimas de baleamentos ou golpes desferidos por armas brancas, e este é o apelo que o sector de saúde no geral faz, como forma de evitar situações de género’’, acresncentou Saide.

Em último caso o vice-ministro disse que o ministério esta actualmente a estudar mecanismos para a regulação dos horários das consultas nos hospitais, visto que, todas as consultas estão concentradas no período da manhã, deixando praticamente vazias as unidades sanitárias no período da tarde, o que torna um período mais exaustivo que o outro. 

O dilema dos medicamentos é um caso crónico já constatado pelo ministério da saúde. A prova disso são as declarações prestadas pela actual ministra de pelouro, Nazira Abdula, um mês depois da sua tomada de posse, apontando para diversas falhas no Sistema Nacional de Saúde (SNS), com destaque para a gestão por parte dos que coordenam o sector.

 ‘’Vezes sem conta as farmácias dos postos, centros de saúde e até de hospitais ficam sem medicamos básicos simplesmente porque o técnico que devia requisitar as drogas junto dos armazéns não o fez por razões desconhecidas’’. Declarações feitas pela Ministra.

Por isso, estão a se envidar esforços por parte do ministério para disciplinar os agentes da saúde que não se comprometem com a causa e por causa da sua neglicência milhares de pessoas ficam a mercê da própria sorte, sem poder contar com a devida colaboração do SNS.  

Jeremias Chemane (JC)