O sector da saúde
moçambicano tem vindo a conhecer um progresso na solvência das principais enfermidades
que afligem o povo, mas, de acordo com o vice-ministro da saúde, Mouzinho
Saide, continua sendo um desafio no país a garantia e a correcta distribuição de
medicamentos para todos os hospitais nacionais.
Saide que falava
hoje, em Maputo, durante uma visita de trabalho feita ao Hospital Geral José
Macamo (HGJM), disse ainda que o nível de queixas relacionados aos medicamentos
tem vindo a diminuir, mas, ainda são necessários esforços no sector da saúde para
a erradicação do problema.
‘’Estamos a avançar
no que tange aos indicadores do Programa Económico Social (PES) do governo,
notamos que os hospitais tem tido mais recursos humanos e materiais para a
correcta execução das suas tarefas, mas, continuamos a lutar para cobrir toda a
gente com a nossa rede de medicamentos, continua sendo um desafio abranger
todos os cidadãos, mais é um desafio que o sector de saúde está a envidar esforços
para garantir a sua solução’’, sublinhou o vice.
Como tal, Saide anunciou
que no ano passado foram intrgrados, só na província de Maputo, um total de 205
profissionais de saúde, dentre eles 40 médicos, oito dos quais são especialistas.
‘’Foram alocados
um total de 205 profissionais de saúde, que deverão ajudar a responder a
demanda dos serviços hospitalares aqui na capital moçambicana, estes médicos foram
distribuídos correctamente nos demais hospitais. Este número de contratações está
acima do que prevíamos contratar, o que claramente mostra o nosso interesse em
resolver os problemas, a capital é o espelho do país’’, disse.
Para além da integração
desses profissionais de saúde, o sector conta com mais 10 ambulâncias,
incluindo um barco para casos transporte de doentes vindos da Ilha de Inhaca, para
o Hospital Central de Maputo (HCM), o maior do país.
Falando
especialmente do HGJM, Saide disse estar satisfeito com o atendimento público
verificado, sem contar que, segundo as suas constatações, existem medicamento
suficientes para suprir maioria das necessidades.
‘’Estamos
satisfeitos com o que constatamos, não observamos queixas. Queremos apelar as
pessoas para evitarem casos de violência, os médicos desta unidade sanitária tem
recebido pessoas vítimas de baleamentos ou golpes desferidos por armas brancas,
e este é o apelo que o sector de saúde no geral faz, como forma de evitar situações
de género’’, acresncentou Saide.
Em último caso o
vice-ministro disse que o ministério esta actualmente a estudar mecanismos para
a regulação dos horários das consultas nos hospitais, visto que, todas as consultas
estão concentradas no período da manhã, deixando praticamente vazias as
unidades sanitárias no período da tarde, o que torna um período mais exaustivo
que o outro.
O dilema dos medicamentos é um caso crónico já
constatado pelo ministério da saúde. A prova disso são as declarações prestadas
pela actual ministra de pelouro, Nazira Abdula, um mês depois da sua tomada de
posse, apontando para diversas falhas no Sistema Nacional de Saúde (SNS), com
destaque para a gestão por parte dos que coordenam o sector.
‘’Vezes
sem conta as farmácias dos postos, centros de saúde e até de hospitais ficam
sem medicamos básicos simplesmente porque o técnico que devia requisitar as
drogas junto dos armazéns não o fez por razões desconhecidas’’. Declarações feitas
pela Ministra.
Por isso, estão a se envidar esforços por
parte do ministério para disciplinar os agentes da saúde que não se comprometem
com a causa e por causa da sua neglicência milhares de pessoas ficam a mercê da
própria sorte, sem poder contar com a devida colaboração do SNS.
Jeremias Chemane
(JC)
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