sábado, 13 de junho de 2015

BANCO MUNDIAL FINANCIA ACCAO SOCIAL EM MOÇAMBIQUE



BANCO MUNDIAL FINANCIA ACCAO SOCIAL EM MOÇAMBIQUE

Maputo, – O Banco Mundial, através do grupo Global de Parceria para a Responsabilização Social (GPSA), garantiu sexta-feira, em Maputo, a sua disponibilidade plena para apoiar as organizações da sociedade civil ligadas à acçao social e apoio aos desfavorecidos, facultando uma verba não reembolsável para financiar seus projectos de solidariedade.

Para receber o financiamento, a organização deve reunir, até dois de Agosto do corrente ano, alguns requisitos que respondem a devida identificação e registro oficial do grupo para que, posteriormente,  o banco avalie a viabilidade do projecto. 

Segundo a representante do GPSA, Seema Thomas, a apreciação positiva do governo é fundamental para que o banco aprove um determinado projecto de accao social, por isso, numa primeira fase, são as entidades governamentais do país que fazem a devida seleção. 

‘’O Feedbacck do governo abre as portas para que o banco desembolse o financiamento a um determinado projecto, por isso, é melhor que as organizações sociais conheçam muito bem os requisitos e arranjem argumentos suficientes para convencer o governo e o GPSA’’.

A mesma sublinhou que não há um valor mínimo, nem máximo, para apoiar um determinado projecto, cada proposta deve ser submetida avançando quanto precisa como financiamento.

Thomas aproveitou para alertar aos concorrentes a não dependerem apenas do dinheiro do banco, estas devem ter uma forma de auto sustentabilidade.

‘’O Banco Mundial vai querer saber se esta organização tem ou não capacidade para se manter depois que cessar o apoio monetário’’, disse.

Não é a primeira vez que o Banco Mundial financia projectos de accao social em Moçambique. Nas províncias de Niassa e Zambézia, na primeira fase de financiamento, o GPSA desembolsou mais de 700 milhões de dólares norte-americanos em accao social.

A titulo de exemplo, foi chamada a intervir Esvenia Viola, representante da Concern Universal,  uma organização que está a receber o apoio monetário do GPSA. Ela afirma que o seu grupo está a melhorar, na medida do possível, a saúde da mulher e da criança no país.

‘’A Concern Universal está a implementar um projecto no sector de saúde.Todos nós sentimos que há fraca qualidade de prestação de serviços de saúde, para nós é importante garantir a qualidade de vida das pessoas em tratamento, principalmente da mulher e da criança que são o nosso grupo alvo’’, disse.

Viola aproveitou para apelar o governo para melhorar as politicas de acesso ao tratamento hospitalar da da mulher e criança em Moçambique.   

Jeremias Chemane (JC)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

BID GARANTE CONSTRUÇÃO DE ESTRADA PARA LIGAR MOÇAMBIQUE – TANZÂNIA



BID GARANTE CONSTRUÇÃO DE ESTRADA PARA LIGAR MOÇAMBIQUE – TANZÂNIA   


Maputo, 11 Jun – O Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) respondeu positivamente ao pedido do governo moçambicano para financiar a construção de uma estrada de 176 quilómetros que deverá ligar o norte de moçambique à Tanzânia, como forma de facilitar a transição de pessoas e bens através da via.

A estrada deverá partir no troço entre Moeda e Negomano, na província de Cabo Delgado, para a vizinha Tanzânia, provavelmente na região mais próxima da fronteira daquele país com Moçambique.    

O pedido de financiamento foi endereçado ao presidente do BID, Ahmad Ali, pelo ministro moçambicano da economia e finanças, Adriano Maleiane, durante a cerimónia de encerramento da 40ª reunião anual dos países membros do BID, que foi realizada em Maputo. 

Maleine começou por agradecer a eleição de Moçambique como país anfitrião deste 40º seminário anual do BID, tendo posteriormente afirmado que aquela instituição asiática tem apoiado consideravelmente o desenvolvimento infra-estrutural e social do país, e de acordo com os vários acordos assinados hoje, o apoio será renovado. 

"Agradecemos o apoio do BID, mesmo ao nível da organização do evento, sozinhos não teríamos capacidade. O encontro entre os vários países ajudou a troca de experiências e nos ajudou a perceber como funciona o BID, o BID financia tudo aquilo que faz o desenvolvimento humano", disse Maleiane.

O mesmo lembrou que até então, não foi acordado o montante que será concedido a Moçambique para a construção da estrada, pois, ainda se deve efectuar um exaustivo trabalho de campo para a determinação do financiamento a requerer.   

Ahmad ali afirmou, por seu turno, que para o BID constitui prioridade financiar os projectos do governo moçambicano e de todos os países membros, pelo que, com este plano não será diferente.

"Para nós, a construção desta estrada constitui prioridade, porque, vai ligar o norte de Moçambique e a Tanzânia, o que poderá contribuir para a massificação das trocas comerciais entre os dois países", disse o presidente do BID. 

Tendo em conta a requisição orçamental das empresas nacionais e internacionais do ramo da construção civil, a edificação da estrada, que deverá ligar Moçambique e Tanzânia poderá, em média, custar cerca de 160 milhões de meticais.          

Jeremias Chemane (JC)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

MOÇAMBIQUE É O SEGUNDO PAÍS COM MAIOR IGUALDADE DE GÉNERO NA SADC



MOÇAMBIQUE É O SEGUNDO PAÍS COM MAIOR IGUALDADE DE GÉNERO NA SADC 

Maputo, 10 Jun  – Moçambique é o segundo país da Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) com maior número de mulheres no parlamento, com aproximadamente cem deputadas, perdendo apenas para a Africa do Sul, segundo as estatísticas do Protocolo Regional Sobre o Género em Acção.

Este número representa cerca de 38,2 por cento de mulheres no parlamento moçambicano. A África do Sul prevê estabelecer até o fim do presente ano uma paridade plena de género no maior órgão legislativo daquele país na ordem de 50 por cento de deputados para ambos os sexos. 

A informação foi tornada pública hoje, pela presidente dos assuntos sociais de género e tecnologias da Assembleia da República (AR), Conceita Surtino, durante a III cimeira nacional sobre o género, que decorre em Maputo. 

Surtino, que participava em representação ao governo moçambicano, afirmou que desde o período pós-independência até esta parte, os órgãos legislativos do país tem impulsionado consideravelmente a igualdade de género no país, através da criação de leis que colocam o homem e a mulher em pé de igualdade.

‘’Desde o pós-independência a presença da mulher foi tomada como sendo de extrema importância no sector legislativo nacional, em particular para a AR que, como sabemos, é o maior órgão legislativo do país’’, disse.    

Disse ainda que a AR assegura a maior participação das mulheres no parlamento através do sistema de quotas, ou seja, por via de lugares reservados exclusivamente para as mulheres, o que tem assegurado notavelmente a participação política das mesmas.

Na ocasião, foi chamada a intervir a primeira vice-presidente do Fórum Mulher em Moçambique, Teresinha da Silva, que disse na ocasião que a forma de pensar das mulheres difere da dos homens e por esse motivo os órgãos de decisão deveriam estabelecer uma paridade entre os dois géneros para garantir a dualidade de ideias.

‘’As mulheres pensam diferente dos homens, por isso trazem ideias diferentes, daí a necessidade de igualar o poder de decisão em 50 por cento para ambos os sexos’’, afirmou Teresinha.      
   
A mesma lamentou ainda o facto de as mulheres serem pouco mencionadas nos manifestos dos partidos políticos nacionais tendo afirmado que ‘’mesmo quando os manifestos afectam directamente e maioritariamente as mulheres, como é o caso da saúde, são pouco ou nunca citadas’’.   

Em África, a Namíbia é o único país em que as mulheres assumem a maioria dos lugares nos órgãos legislativos e executivos, com cerca de 60 por cento.

Jeremias Chemane (JC)

terça-feira, 9 de junho de 2015

0515PEX – MOÇAMBIQUE RECEBE CERCA DE 13 MILHÕES DE DÓLARES PARA PROJECTOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA



0515PEX – MOÇAMBIQUE RECEBE CERCA DE 13 MILHÕES DE DÓLARES PARA PROJECTOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 

Maputo, 09 Jun - O governo moçambicano, através do Ministério da Economia e Finanças, assinou hoje, com o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA),um memorando de entendimento para o financiamento em cerca de 13 milhões de dólares norte-americanos destinados aos projectos de abastecimento de água nas zonas mais carenciados deste liquido no país.   

O acordo  foi rubricado pelo ministro das finanças, Adriano Maleane, e o director geral do BADEA,   Addelaziz Khalef, à margem do seminário internacional do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID), que decorre em Maputo até o dia 10 do presente Mês.

Maleane disse na ocasião, que o BADEA é um grupo económico que tem módulos de financiamento que interessam o país, com destaque para a área social, como sendo o sector de maior relevo em Moçambique. 

‘’Este é um grupo que tem todas as formas de financiamento para nós, sobretudo para as áreas sociais, estou a falar da saúde, abastecimento de água, educação’’. Disse.

O valor vai servir igualmente para a capacitação e desenvolvimento dos recursos humanos, principalmente nas zonas contempladas, ou seja, nas regiões abrangidas pelos projectos de abastecimento.

Maleane afirmou ainda que, ‘’acrescido a este valor, o BADEA doou cerca de 500 mil dólares norte-americanos para a capacitação técnica do grupo que irá trabalhar directamente com a implementação do projecto a nível da província de Inhambane’’.

Por seu turno, o director geral do BADEA agradeceu a materialização do acordo entre os dois países tendo afirmado que a cooperação já se prolonga a mais de 30 anos.

‘’O BADEA já vem trabalhando com Moçambique há bastante tempo. Estamos a trabalhar já há 30 anos com o país e durante esse período financiamos vários projectos como, electrificação em Cabo Delgado, projectos de protecção costeira em Maputo e hospital na Matola’’, salientou Khalef.

Desde o período pós-independência, Moçambique já recebeu do BADEA, perto de 800 milhões de dólares norte-americanos para investir no sector social e no desenvolvimento do recurso humano nacional.

Jeremias Chemane (JC)

segunda-feira, 1 de junho de 2015

ACORDO ENTRE UNILÚRIO E GE REFORCA CAPACIDADE ACADÉMICA

ACORDO ENTRE UNILÚRIO E GE REFORCA CAPACIDADE ACADÉMICA


Maputo, 29 Mai– - A Universidade Lúrio (Unilúrio), instituição de ensino superior sedeada na região norte do país, vai aumentar a capacidade técnico-científica dos seus estudantes, em particular nas áreas de geologia e exploração de hidrocarbonetos.

Para o efeito, a Unilúrio e a “General Electric” (GE), uma multinacional americana dos sectores energético e tecnológico, assinaram hoje em Maputo um memorando de entendimento que vai dar corpo ao preconizado nesse capítulo técnico-científico.

O memorando, cujo período de vigência é calculado em cinco anos, foi rubricado pelo reitor da Unilúrio, Francisco Noa, e o administrador delegado daquela empresa Marco Caccavale.

Ao abrigo do acordo, a GE vai garantir o financiamento destinado a construção de um amplo laboratório experimental, onde os estudantes poderão aplicar os conhecimentos adquiridos, em particular nas áreas de geologia e exploração de hidrocarbonetos.

Aliás, o motivo que leva a GE a cooperar com a Unilúrio reside no facto de estar interessada no recrutamento de estudantes mais notáveis nas áreas de engenharia de petróleo, exploração de hidrocarbonetos e geologia, para se tornarem quadros daquela e mais empresas do sector.

O administrador delegado da GE, Marco Caccavale, disse que a empresa tem estado a apostar na formação de quadros moçambicanos, visando potenciar o desenvolvimento dos recursos humanos locais, com realce na área de exploração dos recursos minerais e hidrocarbonetos, cujo país se está a tornar uma grande potência.

‘’Sempre estivemos interessados em potenciar os moçambicanos para as áreas de exploração dos recursos aqui existentes, por isso, apoiamos e recrutamos quadros capacitados nas universidades”, explicou o administrador.

Depois da Eduardo Mondlane (UEM), a Unilúrio é, de acordo com a fonte, a segunda instituição moçambicana de ensino onde apoia a formação de estudantes. Na UEM já recrutou perto de 30 engenheiros recém-formados para trabalhar no sector de hidrocarbonetos.

Caccavale disse, por outro lado, que numa primeira fase, a GE vai financiar, em cerca de 150 milhões de dólares americanos, os projectos de desenvolvimento institucional da Unilúrio, incluindo a construção do laboratório de pesquisa e experimentos.

Por seu turno o reitor da Unilúrio, Francisco Noa, disse que o acordo com a GE vai beneficiar a instituição e em particular aos estudantes que para além de contar com um novo laboratório de experimentos, poderão ter um enquadramento profissional, caso se destacarem.

‘’Esta cooperação congrega um conjunto de valores que inspiram e motivam os nossos formandos, em particular aos que se estão a formar na área de engenharia’’, disse Noa.

O reitor Sublinhou ainda que o acordo prevê que a GE capacite alguns membros do corpo docente da Unilúrio em diferentes regiões do mundo, nomeadamente, África do Sul, Brasil, Itália entre outros.

Jeremias Chemane (JC)

http://noticias.sapo.mz/aim/artigo/10667329052015193428.html