sábado, 27 de junho de 2015

MOÇAMBIQUE PERDE O MAIS POPULAR MESTRE DA TIMBILA



MOÇAMBIQUE PERDE O MAIS POPULAR MESTRE DA TIMBILA


Maputo, 27 Jun  – A morte sempre esteve presente entre os homens de todas as gerações, mas mesmo assim, continua sendo extremamente difícil para o ser humano se relacionar com a realidade da perda de um semelhante. Com o Presidente da Republica, Filipe Nyusi, não foi diferente. Com muita dor e consternação, o mais alto magistrado da nação recebeu a informação do desaparecimento físico do conceituado artista Venâncio Mbande, vitimado a 25 do corrente mês por uma doença letal, uma perda considerada irreparável.

‘’Foi com profunda dor e consternação que tomamos conhecimento do falecimento do Mestre Venâncio Mbande ocorrido na noite do dia 25 de Junho de 2015, vítima de doença. Este infortúnio que ocorre justamente no dia em que celebrávamos o 40° aniversário da Independência Nacional constitui uma perda irreparável para o País e de forma particular para as artes e cultura Moçambicanas.

O PR divulgou, recentemente, à imprensa um comunicado expressando sentimentos de exaltação aos feitos do mestre da Timbila, Venâncio Mbande, afirmando que o póstumo foi e sempre será um pilar da cultura moçambicana.

‘’Reputado pela sua capacidade de recriação de técnicas de construção da Timbila e de inovação melódica, o Mestre Venâncio Mbande foi também conhecido pela abertura para a transmissão do seu saber, tendo por isso estando na origem do surgimento e fortalecimento de vários grupos deste género musical’’, afirma Nyusi.

Por consequência da sua abnegação para com a cultura foi reconhecidamente congratulado, no ano passado, pelo ex-presidente da república, Armando Guebuza, com a Medalha de Mérito Artes e Letras, um destaque que levou à sua terra, local de inspiração para as suas composições artísticas.


Em nome de todo o governo moçambicano, o actual PR endereçou condolências aos amigos, familiares e a cultura, que são os que mais sofrem pela perda.

‘’Neste momento de dor e luto o Governo de Moçambique apresenta à família enlutada e a todos os amantes e fazedores das artes e cultura, o mais profundo sentido de pesar e condolências.

Foi no Hospital Central de Maputo, o local onde Mbande deitou-se pela ultima vez,embaldo num sono profundo de nunca mais acordar. O instrumento de união entre os Chopis, povo do sul de Moçambique, não mais poderá sentir as caricias e as pancadas do musico, que perece aos 82 anos de idade.
Desde 1949 que Mbande se interessara pelo instrumento, de lá para cá, nunca mais conseguiu se distanciar do mesmo, tendo aprendido diferente maneiras de executa-lo com perfeição. O instrumento permitiu que o malogrado conhecesse o mundo, tendo viajado para países como Alemanha, Inglaterra, Holanda e tantos outros, para poder difundir às nações a cultura moçambicana.
O seu talento inspirou diversos músicos de diferentes épocas, a destacar o grupo Timbila Muzimba que se compôs em 1997.
Moçambique perdeu uma figura de incontornável reconhecimento, Paz a Sua Alma.

Jeremias Chemane (JC)

sexta-feira, 19 de junho de 2015

BMM RENOVA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DOS SILOS NO CENTRO E NORTE

BMM RENOVA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DOS SILOS NO CENTRO E NORTE
Maputo, 19 Jun  – A Bolsa de Mercados de Moçambique (BMM) assinou hoje, em Maputo, uma série de contractos com vários operadores da cadeia de comercialização agrícola nacional, para renovar a capacidade de reserva dos silos nas províncias de Sofala, Zambézia e Cabo Delgado, no centro e norte do país.

O prazo mínimo para o armazenamento nos silos controlados pela BMM é de oito meses, com possibilidade de renovação contractual. 

Na cerimónia, que contou com a presença do ministro da indústria e comércio, Max Tonela, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da BMM, António Grispos, disse que este acto constitui um dos grandes passos para a garantia da disponibilidade de cereais para satisfazer os operadores agrícolas.     

‘’Demos um dos importantes passos para a utilização dos silos, com a assinatura destes contractos, nós procuramos que os intervenientes na cadeia de comercialização agrícola, este ano, possam utilizar os silos à disposição da bolsa. Com estes contractos teremos uma capacidade de utilização dos mesmos, por operadores da bolsa. Esta parceria vem desde o ano passado, estando apenas a tratar-se da renovação do contrato’’, disse Grispos.

Realçou ainda que no presente ano a BMM prevê reservar um terço do armazenamento cereal para a garantia da segurança alimentar, uma medida inovadora que não se verificou nos anos anteriores.                   
Chamado a intervir, Max Tonela reiterou que esta renovação da capacidade de armazenamento dos silos, e a construção de outros novos, poderá estimular maior produtividade no seio dos operadores de comercialização agrícola em Moçambique, o que vai, de algum modo, catapultar o crescimento económico dos produtores.

‘’Estes silos, o Estado vem construindo para aumentar a capacidade de armazenamento de cereais. Com este acto teremos melhores condições de, na campanha agrícola em decurso, poder assegurar o aumento do volume de cereais e outros grãos produzidos e melhorar o rendimento dos camponeses’’, afirmou.

Disse ainda que este acto se enquadra no Plano Quinquenal do Governo (PQG, 2015-2019) para incrementar a capacidade de armazenamento com espaço para mais 40 mil toneladas, como forma de conservar os cereais e outros grãos alimentares.

Como termo, Tonela sublinhou que o outro objectivo, não menos importante, do governo é: ‘’ estimular o estabelecimento de mais indústrias de agro processamento nas zonas rurais e urbanas’’.

Jeremias Chemane (JC)


EUA ABREM SERVIÇOS COMERCIAIS EM MOÇAMBIQUE



 EUA ABREM SERVIÇOS COMERCIAIS EM MOÇAMBIQUE 

Maputo, 19 Jun  – O Estado norte-americano, enviou à capital moçambicana de Maputo uma delegação governamental  para a oficializar a abertura de uma agência de prestação de serviços comerciais no país, como forma de facilitar o investimento nos diferentes sectores de actividade.

O interesse norte-americano é de incentivar os seus investidores a aplicarem maior capital para três áreas definidas, nomeadamente, infra-estruturas, energia e agricultura, como forma de garantir ganhos também para Moçambique.

Falando hoje, durante a inauguração oficial dos escritórios comerciais americanos, o secretário adjunto para os mercados globais dos Estados Unidos da América (EUA), Arun Kumar, afirma que os investidores do seu país estão interessados em responder aos crescentes anseios mercadológicos nacionais. 

‘’Nós pretendemos, através destas instalações e em parceria com a nossa equipa de profissionais, responder aos ansiosos de cooperação comercial com Moçambique e aumentar o nosso volume de investimentos para satisfazer o mercado’’, disse Kumar.

Os EUA adoptaram políticas de expansão mercadológica com maior tangência  para a região africana, como forma de fazer negócios e aumentar parcerias bilaterais.

Em Moçambique, de acordo com Kumar, os norte-americanos desembolsaram, só no ano passado, cerca de 400 milhões de dólares para investir nos diferentes sectores de produção.

‘’Só no ano passado os Estados unidos investiram perto de 400 milhões de dólares para o investimento em diversas áreas, isso é também uma forma de cimentar cada vez mais a boa relação bilateral de negócios entre os dois países’’, disse. 

Na última quinta-feira, esta delegação do governo americano inaugurou um escritório que possibilitou o emprego de pelo menos três moçambicanos que, aos olhos dos empresários norte-americanos, são capacitados para entrar no ‘’doing business’’. 

Esta é a primeira missão comercial do governo norte-americano à Moçambique, por isso Kumar defende que o seu país está a dar um importante passo para cimentar a parcerias com Moçambique.

Jeremias Chemane (JC)

sábado, 13 de junho de 2015

BANCO MUNDIAL FINANCIA ACCAO SOCIAL EM MOÇAMBIQUE



BANCO MUNDIAL FINANCIA ACCAO SOCIAL EM MOÇAMBIQUE

Maputo, – O Banco Mundial, através do grupo Global de Parceria para a Responsabilização Social (GPSA), garantiu sexta-feira, em Maputo, a sua disponibilidade plena para apoiar as organizações da sociedade civil ligadas à acçao social e apoio aos desfavorecidos, facultando uma verba não reembolsável para financiar seus projectos de solidariedade.

Para receber o financiamento, a organização deve reunir, até dois de Agosto do corrente ano, alguns requisitos que respondem a devida identificação e registro oficial do grupo para que, posteriormente,  o banco avalie a viabilidade do projecto. 

Segundo a representante do GPSA, Seema Thomas, a apreciação positiva do governo é fundamental para que o banco aprove um determinado projecto de accao social, por isso, numa primeira fase, são as entidades governamentais do país que fazem a devida seleção. 

‘’O Feedbacck do governo abre as portas para que o banco desembolse o financiamento a um determinado projecto, por isso, é melhor que as organizações sociais conheçam muito bem os requisitos e arranjem argumentos suficientes para convencer o governo e o GPSA’’.

A mesma sublinhou que não há um valor mínimo, nem máximo, para apoiar um determinado projecto, cada proposta deve ser submetida avançando quanto precisa como financiamento.

Thomas aproveitou para alertar aos concorrentes a não dependerem apenas do dinheiro do banco, estas devem ter uma forma de auto sustentabilidade.

‘’O Banco Mundial vai querer saber se esta organização tem ou não capacidade para se manter depois que cessar o apoio monetário’’, disse.

Não é a primeira vez que o Banco Mundial financia projectos de accao social em Moçambique. Nas províncias de Niassa e Zambézia, na primeira fase de financiamento, o GPSA desembolsou mais de 700 milhões de dólares norte-americanos em accao social.

A titulo de exemplo, foi chamada a intervir Esvenia Viola, representante da Concern Universal,  uma organização que está a receber o apoio monetário do GPSA. Ela afirma que o seu grupo está a melhorar, na medida do possível, a saúde da mulher e da criança no país.

‘’A Concern Universal está a implementar um projecto no sector de saúde.Todos nós sentimos que há fraca qualidade de prestação de serviços de saúde, para nós é importante garantir a qualidade de vida das pessoas em tratamento, principalmente da mulher e da criança que são o nosso grupo alvo’’, disse.

Viola aproveitou para apelar o governo para melhorar as politicas de acesso ao tratamento hospitalar da da mulher e criança em Moçambique.   

Jeremias Chemane (JC)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

BID GARANTE CONSTRUÇÃO DE ESTRADA PARA LIGAR MOÇAMBIQUE – TANZÂNIA



BID GARANTE CONSTRUÇÃO DE ESTRADA PARA LIGAR MOÇAMBIQUE – TANZÂNIA   


Maputo, 11 Jun – O Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) respondeu positivamente ao pedido do governo moçambicano para financiar a construção de uma estrada de 176 quilómetros que deverá ligar o norte de moçambique à Tanzânia, como forma de facilitar a transição de pessoas e bens através da via.

A estrada deverá partir no troço entre Moeda e Negomano, na província de Cabo Delgado, para a vizinha Tanzânia, provavelmente na região mais próxima da fronteira daquele país com Moçambique.    

O pedido de financiamento foi endereçado ao presidente do BID, Ahmad Ali, pelo ministro moçambicano da economia e finanças, Adriano Maleiane, durante a cerimónia de encerramento da 40ª reunião anual dos países membros do BID, que foi realizada em Maputo. 

Maleine começou por agradecer a eleição de Moçambique como país anfitrião deste 40º seminário anual do BID, tendo posteriormente afirmado que aquela instituição asiática tem apoiado consideravelmente o desenvolvimento infra-estrutural e social do país, e de acordo com os vários acordos assinados hoje, o apoio será renovado. 

"Agradecemos o apoio do BID, mesmo ao nível da organização do evento, sozinhos não teríamos capacidade. O encontro entre os vários países ajudou a troca de experiências e nos ajudou a perceber como funciona o BID, o BID financia tudo aquilo que faz o desenvolvimento humano", disse Maleiane.

O mesmo lembrou que até então, não foi acordado o montante que será concedido a Moçambique para a construção da estrada, pois, ainda se deve efectuar um exaustivo trabalho de campo para a determinação do financiamento a requerer.   

Ahmad ali afirmou, por seu turno, que para o BID constitui prioridade financiar os projectos do governo moçambicano e de todos os países membros, pelo que, com este plano não será diferente.

"Para nós, a construção desta estrada constitui prioridade, porque, vai ligar o norte de Moçambique e a Tanzânia, o que poderá contribuir para a massificação das trocas comerciais entre os dois países", disse o presidente do BID. 

Tendo em conta a requisição orçamental das empresas nacionais e internacionais do ramo da construção civil, a edificação da estrada, que deverá ligar Moçambique e Tanzânia poderá, em média, custar cerca de 160 milhões de meticais.          

Jeremias Chemane (JC)