domingo, 17 de maio de 2015

MALEIANE APELA A MEDIDAS DE SEGURANÇA NO PROCESSO DE INCLUSÃO FINANCEIRA



MALEIANE APELA A MEDIDAS DE SEGURANÇA NO PROCESSO DE INCLUSÃO FINANCEIRA


Adriano Maleiane em discurso
Maputo, 17 Mai – O ministro da economia e finanças, Adriano Maleiane, defende a criação de leis para a protecção e educação do cidadão no processo efectivo da inclusão financeira em Moçambique como forma de aliar o desenvolvimento económico aos direitos e deveres do consumidor. 

Maleiane, que falava hoje em Maputo, durante um simpósio organizado pelo Banco de Moçambique (BM), versando sobre a inclusão financeira e crescimento económico do país, asseverou que o governo tem vindo a tomar medidas e estratégias  para acelerar o acesso seguro aos produtos financeiros à população, com maior destaque para a comunidade rural que se tem mostrado mais fragilizada.

‘’A análise da temática sobre inclusão financeira remete-nos também para a reflexão da protecção do consumidor financeiro e educação financeira. O governo e o próprio Banco Central têm vindo a tomar medidas adicionais e estratégicas para acelerar ainda mais o processo de expansão dos operadores financeiros pelo país e deste modo, promover o rápido e maior acesso aos serviços e produtos para a população, que maioritariamente reside nas zonas rurais’’. Explicou Maleiane.

Disse ainda que a realização de encontros com os diferentes representantes de países regionais e com os  que fazem parte da rede global da Aliança para a Inclusão Financeira (AFI), que Moçambique faz também parte, visa colher as mais diversas contribuições e experiências para a elaboração de melhores estratégias  de inclusão financeira no país.

O governador do BM, Ernesto Gove, disse durante o encontro que a sua instituição está a alargar a base de acesso dos serviços financeiros no  país, tendo em conta que o processo é prioritário para a dinamização da capacidade produtiva e elevação da economia, numa perspectiva sustentável e inclusiva.

‘’O presente simpósio está no contexto  estratégico do alargamento da base de acesso dos serviços financeiros, sobretudo da  nossa população adulta desprovida destes serviços. A inclusão financeira constitui um desiderato fundamental e prioritário que dinamiza a intermediação financeira e por conseguinte a capacidade produtiva da economia, numa perspectiva sustentável e inclusiva’’.

Alfred Hanning proferindo o seu discurso, da esquerda a direita: Ernesto Gove e Adriano Maleiane
 Na sua intervenção, o director executivo da AFI, Alfred Hanning, agradeceu a iniciativa do Banco de Moçambique e afirmou que é a primeira vez que um país membro da AFI realiza um simpósio sobre a inclusão financeira com participantes de diferentes quadrantes para um debate mais abrangente. 

‘’Agradecemos a iniciativa do Banco de Moçambique, achamos que está é uma grande oportunidade que temos, como direcção da AFI, para partilharmos  as nossas ideias com os demais países sobre matérias ligadas a inclusão financeira’’. Disse.

Hanning defendeu o apoio às pequenas e médias empresas (PME’s) para a criação de mais emprego e consequente crescimento económico, como forma de melhorar a qualidade de vida da população.
‘’O financiamento às PME’s tem um grande impacto no crescimento da taxa de emprego e melhoria de vida  das populações.’’

Disse ainda que as pessoas mais pobres são as que mais conseguem gerir melhor as suas economias, Investindo na alimentação e educação apesar dos poucos recursos financeiros que dispõem, pelo que, essa consciência de poupança deveria também se reflectir em todas as classes sociais.   
            

Composicao do Plenario
Refira-se que a realização deste encontro, que contou com a presença de vários governadores e administradores de diferentes bancos africanos, enquadra-se no ritmo das festividades dos 40 anos do Banco de Moçambique iniciadas a cerca de um mês.  


Jeremias Chemane (JC)

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