terça-feira, 15 de março de 2016

PRIMEIRA-DAMA ENTREGA CERCA DE 30 TONELADAS DE ALIMENTOS ÀS VÍTIMAS DAS CHEIAS



 
PRIMEIRA-DAMA ENTREGA CERCA DE 30 TONELADAS DE ALIMENTOS ÀS VÍTIMAS DAS CHEIAS


Boane – A primeira-dama da República de Moçambique, Isaura Nyusi, entregou hoje, em Boane, província de Maputo, um donativo de cerca de 30 toneladas de alimentos e outros produtos de primeira necessidade às famílias vulnerabilizadas pela seca e pelo vendaval que no passado dia 20 de Fevereiro destruiu varias casas de construção precária naquele ponto do país.

O rol de produtos inclui 12,5 toneladas de arroz, 12,3 toneladas de farinha de milho, 50 colchões, 50 caixas de bolachas, quantidades não especificadas de óleo alimentar, sabão, sal, açúcar e outros. 
   
A doação é resultado da parceria do gabinete da primeira-dama e várias empresas solidárias nacionais, nomeadamente, Companhia Industrial da Matola, Prosport, Africa Comunication, Espuma Moçambique, Grupo Maq, BCI e tantas outros, que se sentiram sensibilizadas com a situação da população de Boane. 

Falando durante um encontro mantido com a população local, Isaura Nyusi encorajou as famílias assoladas a arranjarem mecanismos para a restruturação das suas vidas e tentarem seguir em frente.

‘’Sabemos que se encontram numa situação vulnerável que torna ainda mais difícil a vossa vida, mas apelamos a vossa coragem, o vosso comprometimento neste processo de restauração das vossas vidas. O apoio que damos não é o bastante, mas acreditamos que poderá ajudar a minimizar as vossas necessidades’’, disse Nyusi.

A esposa do Estadista moçambicano enalteceu o esforço das entidades governamentais e privadas que se tem unido para a procura de soluções urgentes e emergentes para mitigar esta crise gerada pelo efeito catastrófico das calamidades naturais, mas apelou à gestão eficiente dos recursos ainda disponíveis. 

‘’Apelamos ao governo distrital, as lideranças comunitárias e a comunidade em geral, para a maior preservação da nossa tradição e espirito crescente de trabalho, conservação dos excedentes agrícolas, preservação e fertilização dos solos e outras formas de rentabilização e aumento de produção e produtividade’’, disse a primeira-dama, tendo acrescentado ainda que ‘’é tempo de agir com maior rapidez’’.

Nyusi terminou a sua intervenção reforçando a ideia de que o gesto de solidariedade demonstrado pelso parceiros é sinonimo da disposição que estes têm para ajudar, materialmente, moralmente e psicologicamente às vítimas.  

Por seu turno, o presidente do município de Boane, presente na ocasião, Jacinto Loureiro, agradeceu, em nome da população daquela parcela do país, o gesto da primeira-dama e parceiros, tendo dito que será de grande serventia para os visados.

‘’Este gesto é sinonimo de que no seu coração realmente cabemos todos. É a terceira vez que a senhora primeira-dama nos honra com a sua visita a Boane e isso nos encoraja de facto a seguirmos em frente, a não deixarmos que as intempéries nos tirem a esperança. Uma vez mais este gesto mostra o seu comprometimento com o povo’’, disse Loureiro.

Uma das beneficiárias do donativo é Amelia Novunga, uma idosa que viu a sua residência completamente destruída no forte vendável de Fevereiro último, que agradece e pede mais.

‘’Agradeço imenso o que me foi oferecido, perdi tudo na sequência do vendaval, espero que mais acções sejam levadas a cabo pelo governo e parceiros para me ajudar a ultrapassar esta minha difícil situação, como veem eu e a minha família estamos agora a morar nas tendas que nos foram oferecidas e não temos condições para a reposição da nossa humilde casa’’, explicou Novunga.    

Boane é um dos pontos do país que mais sofre pela situação da seca e estiagem, estima-se que um total de 47 comunidades foram directamente afectadas com a seca e toda a primeira época agrícola foi perdida. Neste momento o governo está a envidar esforços para pelo menos garantir sucesso na segunda.

Jeremias Chemane (JC)    
     

sexta-feira, 11 de março de 2016

NYUSI GARANTE TER TUDO FEITO PARA GARANTIR PAZ EM MOÇAMBIQUE



NYUSI GARANTE TER TUDO FEITO PARA GARANTIR PAZ EM MOÇAMBIQUE

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O presidente da república, Filipe Nyusi, disse hoje, em Maputo, que apesar das investidas do antigo movimento rebelde moçambicano, a Renamo, tem tudo feito para  garantir a paz e estabilidade, premissas indispensáveis para o desenvolvimento do país.

Nyusi, que falava durante um jantar havido em Maputo, com vista a dar as boas vindas ao seu homólogo vietnamita, Truong Tung Sang, que efectua uma visita de dois dias ao país, acrescentou que Moçambique é um pais que sempre amou a paz e sempre lutou pela estabilidade, e assim continuará a ser.

‘’Moçambique sempre amou a paz e sempre lutou pela estabilidade. É um país que se rege pelas regras de democracia, com rigor, no espírito e na letra. É um país com tradições de tolerância e reconciliação. Apesar de actos localizados e identificados, protagonizados pela Renamo, o governo tem tudo fito para garantir a estabilidade e assegurar o desenvolvimento do país’’, disse o Estadista.

Sobre a cooperação com o Vietname, Nyusi ressalvou que o mais importante é incentivar o investimento e intercâmbio nas áreas prioritárias para o crescimento do país, tais como, agricultura e segurança alimentar, industria e comercio, pesca, educação e tantos outros sectores que podem trazer benefícios directos para ambas as partes.

‘’a vossa experiencia é ainda mais relevante nas áreas de agricultura e segurança alimentar, na industria e comercio, nas pescas, com destaque para a aquacultura, educação e saúde, transporte marítimo e na tecnóloga apropriada para a promoção do bem estar dos moçambicanos.

Nyusi terminou a sua intervenção apelando a abertura do governo vietnamita para a viabilização do desenvolvimento económico e social de Moçambique.

Por seu turno Sang garantiu a Nyusi que continuará a apoiar o pais no que for necessário, tanto a nível de segurança, como ao nível económico empresarial para o desenvolvimento de Moçambique, aliás, o Estadista vietnamita acredita que, se as relações entre os dois países forem cada vez mais fortificadas até 2020 as trocas comerciais poderão atingir os 500 milhões de dólares por ano. 

‘’Queremos definir medidas necessárias para melhorar de forma pratica a nossa cooperação bilateral, se continuarmos a ter uma crescente e saudável relação comercial, acreditamos que até 2020 estas relações possam movimentar no mínimo 500 milhões de dólares por ano’’, disse Sang.

 Acresacentou ainda que há alguns anos as trocas comerciais entre Moçambique e Vietname eram de 100 milhões de dólares, mas o quadro tem sido satisfatoriamente crescente, o que atribui mais esperança a esta nova perpectiva.

O presidente vietnamita disse estar convicto de que Mocambique e Vietname estão agora ainda mais preparados para caminharem lado a lado rumo à prosperidade.

‘’Estamos convictos de que agora os nossos dois povos devem prosperar em conjunto e em beneficio mútuo’’, disse.

Sang concluiu afirmando que ‘’ temos consciência de que o presidente Nyusi poderá direccionar positivamente o povo moçambicano, pois, está engajado no seu trabalho e tem estado a criar parcerias que só trazem uma mais-valia para Moçambique’’.

Esta delegação vietnamita em Moçambique deverá manter amanha, um encontro de negócios com o empresariado nacional, com vista a identificação de áreas de investimento e troca de experiencia.


Jeremias Chemane (JC)
 

segunda-feira, 7 de março de 2016

AIRES ALI ASSUME PRESIDÊNCIA DA ENTREPOSTO



AIRES ALI ASSUME PRESIDÊNCIA DA ENTREPOSTO

O antigo ministro moçambicano, Aires Ali, acaba de assumir a presidência do conselho de administração do grupo Entreposto Moçambique, empresa de origem portuguesa de comércio e distribuição de viaturas automóveis e máquinas industriais.
 
Juntam-se a Ali, na direcção administrativa, Nuno Sousa, como Vice-Presidente, José Cardoso, Pedro Palhinha (seu antecessor) e Luís Pedro Reis, compondo o conselho de administração.

Esta nomeação surge como resultado da última assembleia geral havida recentemente na  companhia Holding que congrega participações em todas as empresas da Entreposto em Moçambique.

Uma nota comunicativa, enviada à redacção da AIM, sublinha que o novo PCA assume a direcção numa altura em que a empresa tem vindo a diversificar os produtos que oferece ao mercado, tendo entrado não só no ramo automóvel, mas também imobiliário e maquinaria industrial.

‘’A empresa conta hoje com empresas em sectores como o de tecnologias de informação, automóvel, máquinas pesadas, sector florestal e serviços. Prestigiado com o Selo Made in Moçambique, o Grupo é hoje constituído por mais de 1.400 colaboradores, distribuídos por quase todas as Províncias nacionais’’, acrescenta o documento. 

Ali deverá dar continuidade aos passos dados por Palhinha na ‘’orientação estratégica de crescimento sustentado do Grupo, com um claro enfoque na sua preparação para os desafios futuros nas diversas áreas de negócio onde está presente e para o acompanhamento e contribuição para o crescimento e desenvolvimento de Moçambique’’.

Aires Ali, licenciado em Psicologia, iniciou a sua carreira política como Governador da Província do Niassa, tendo posteriormente sido nomeado governador da província de Inhambane. Foi ainda Ministro da Educação e Cultura e desempenhou as funções de Primeiro-ministro da República de Moçambique de 2010 a 2012.

O antigo ministro e professor de profissão vai agora dirigir uma empresa com mais de 80 anos em Moçambique, enraizada na cidade da Beira em 1943 com sucursal em quase todos os pontos do país.

Jeremias Chemane (JC)

MOÇAMBIQUE E RSA REUNIDOS EM DEBATE CONTRA CAÇA FURTIVA



MOÇAMBIQUE E RSA REUNIDOS EM DEBATE CONTRA CAÇA FURTIVA
A Administração Nacional das Áreas de Conservação de Moçambique (ANAC) esteve hoje, reunida com uma delegação Sul-Africana (RSA) para debater a problemática da caça furtiva em Moçambique e avaliar o grau de cumprimento das parcerias de combate estabelecidas em 2014 através de um memorando de entendimento.

O encontro serviu igualmente para observar não só a questão da caca furtiva, mas também a conservação da biodiversidade dos dois países.

De acordo com o coordenador das áreas de conservação transfronteira, Afonso Madope, graças aos acordos firmados entre ambos os países a luta contra a caca furtiva tem vindo a registar significativos avanços e tudo indica que os objectivos do memorando continuam a ser satisfeitos positivamente.

‘’esta reunião pretende também avaliar o grau da implementação do memorando assinado em 2014 para a protecção da biodiversidade nos dois países. Notamos que a caca furtiva tem estado a ceder aos poucos à pressão das autoridades de fiscalização que desenfreadamente tem estado a trabalhar para o combate deste mal’’, disse Madope.

A fonte acrescentou ainda que o memorando observou satisfatoriamente que as comunidades que circunvizinham os parques e reservas nacionais tem sido envolvidas nas campanhas de sensibilização para o combate a este mal.

‘’temos visto que algumas comunidades tem sido envolvidas neste processo de combate à caca furtiva, sensibilizamos a participação dos jovens e das crianças para que, através deste envolvimento, não se deixem enganar pelos mandantes’’, acrescentou Madope.

Por seu turno, a sua homóloga sul-africana, Rose Masela, é da opinião que há necessidade de continuar a monitorar a implementação do acordo nos dois países, principalmente nas reservas transfronteiriças, tal como é o caso do parque nacional do Limpopo.

‘’Eu acho que esta parceria é muito boa para as duas partes, pois, permite avaliar o grau de implementação dos nossos objectivos de preservação da fauna e perceber de que forma as comunidades circunvizinhas estão a ser beneficiadas com o recurso faunístico a sua volta e de que forma estas mesmas comunidades estão a ser envolvidas na preservação do mesmo’’, disse Masela.

A mesma concluiu afirmando que a conservação da biodiversidade é um grande desafio conjunto e deve ser parte dos esforços entre os dois países para acabar de vez com a caca furtiva não só em Moçambique e Africa do Sul, como também em toda a região austral.

No território sul-africano o combate a caca furtiva ainda esta longe do satisfatório, o número de casos agravou de uma forma assustadora nos últimos anos. 

Por exemplo, em 2007 foram registados apenas 13 casos de caca aos rinocerontes este número foi aumentando gradativamente até que em 2014 foram contabilizados um total de em 1.215 rinocerontes sacrificados pelos furtivos, um número considerado alarmante por este ser o país detentor de 80 por cento de toda a população mundial destes paquidermes.

De 2014 até esta parte as autoridades sul-africanas quadruplicaram os seus esforços para combater este mal e como resultado, deste ano até esta parte há uma redução anual de 40 rinocerontes.

Jeremias Chemane (JC)/

FRELIMO DOA MAIS DE 90 MIL METICAIS ÀS VÍTIMAS DAS CALAMIDADES



 
FRELIMO DOA MAIS DE 90 MIL METICAIS ÀS VÍTIMAS DAS CALAMIDADES
Maputo, 07 de Mar (AIM) – O actual partido no poder em Moçambique, a Frelimo, ofereceu hoje, através do  Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), um donativo em alimentos diversos e mais de 90 mil meticais às vitimas das calamidades naturais que assolam o país.

São no total sete produtos entregues ao INGC para a devida canalizacao, nomeadamente, Arroz, farinha de milho, feijão, amendoim, açúcar, bolachas e sardinhas, em quantidades ainda não especificadas, mas consideráveis.

‘’Recebemos em donativo um total de 91.860 meticais, esse valor deverá servir para ajudar no processo de apoio às vitimas das calamidades, que, no sul são vitimadas pela seca e na região norte são as chuvas intensas’’, disse o  director geral adjunto do INGC, Casimiro Abreu, falando a jornalistas. 

Abreu aproveitou ainda para avançar que ao todo são 350 mil pessoas a beneficiarem de ajuda da INGC actualmente.

‘’Nós estamos a assistir todas as vítimas, como exemplo podemos citar a província de Maputo, onde a té o momento assistimos 120 mil famílias desde setembro último, e desta data até agora estendemos o nosso campo de actuação pelo país todo’’, explicou o director.

Alias, ainda nesta província o INGC já registou a entrega de tendas para alojamento, principalmente no distrito de Boane, e 438 toneladas de alimentos, das quais 338 em milho e o resto feijão.  

Na verdade este número de vítimas que beneficiam de ajuda do INGC pode não corresponder ao total de necessitados, pois, ainda de acordo com Abreu, existem muitos desalojados e um numero ainda não especificado de mortos.

  ‘’Os dados mostram que há muitos desalojados. Contabilizamos cerca de 15 mortes, mais este número ainda não é definitivo, ainda devemos apurar os dados das mortes que estão realmente ligadas aos fenómenos das calamidades naturais’’, disse Abreu.

 Estima-se que, com a continuidade dos efeitos calamitosos, que assolam diferenciadamente o país, mais de um milhão e meio de pessoas correm sérios riscos de insegurança alimentar.  

Jeremias Chemane (JC)