sábado, 6 de fevereiro de 2016

MAIS DE QUATRO MIL MOÇAMBICANOS REFUGIADOS NO MALAWI INSTADOS A REGRESSAR


 



MAIS DE QUATRO MIL MOÇAMBICANOS REFUGIADOS NO MALAWI INSTADOS A REGRESSAR
Maputo, 06 de Fev– O governo moçambicano, através da sua embaixada no Malawi, instou os cidadãos deslocados de guerra, maioritariamente pertencentes a província central de Tete, a regressarem ao país, garantido que todas as condições estão devidamente reunidas param o efeito. 

A garantia foi dada pelo alto-comissário de Moçambique no Malawi, Jorge Gune, em entrevista a Radio Moçambique (RM), tendo acrescentado que todos os indícios de instabilidade naquele ponto do país, com destaque para o distrito de Moatize, foram positivamente ultrapassados e a província no geral reúne segurança suficiente para o seu regresso.

De acordo com Gune, o governo quer garantir a reintegração socioeconómica dos deslocados, sendo que estes irão, numa primeira fase, ser acompanhados para um centro de acomodação que deverá ser implantado no posto administrativo de zóbwè, província de Tete.

"As áreas estão seguras, como exemplo pode se observar a livre circulação de pessoas e bens no Corredor de Tete", esclareceu Gune.

Uma delegação moçambicana está a trabalhar com a sua contra-parte malawiana desde quarta-feira para se informar sobre os últimos desenvolvimentos em torno da movimentação dos moçambicanos para o Malawi e continuar a propor o seu regresso ao país.

Refira-se que asta população começou a efectuar as deslocações no primeiro semestre do ano passado, altura em que os confrontos entre as Forcas de Defesa e Segurança (FDS) e o braço armado do antigo movimento rebelde moçambicano, a Renamo, travavam confrontos nestas regiões, enchendo as pessoas de pânico, tendo estas se visto obrigadas a abandonar as áreas.

Jeremias Chemane/   

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

U.E PROMETE ATÉ JUNHO DESEMBOLSAR METADE DO SEU APOIO AO O.G.E



 
U.E PROMETE ATÉ JUNHO DESEMBOLSAR METADE DO SEU APOIO AO O.G.E
Maputo, 05 de Fev  – A União Europeia (U.E), através da sua delegação em Moçambique, anunciou quinta-feira, em Maputo, que metade dos 200 milhões de dólares que pretende desembolsar para financiar o Orçamento Geral do Estado (O.G.E) serão entregues ainda no final do presente semestre. 

De acordo com o alto representante da U.E em Moçambique, Seen Kuhn Von Burgsdorff, a celeridade do desembolso tem como principal objetivo garantir a sustentabilidade do O.G.E pelos próximos quatro anos, bem como ver implementado o Plano Quinquenal do Governo (PQG 2015-2019).

"A primeira metade deste valor de 200 milhões de dólares em apoio ao orçamento de Estado será entregue em meados de Junho próximo, e dentre vários objectivos deverá ajudar na sustentabilidade do país, tendo em conta que atravessa um momento em que as calamidades naturais não ajudam no seu desenvolvimento linear", explicou Burgsdorff.

O representante falou também de questões ligadas a gestão do O.G.E, citando que o país tem conhecido melhorias nesse aspecto, mas, muito deve ainda ser feito, como forma de incentivar a U.E a continuar a apoiar na totalidade o país, pois, com a falta de transparência e com a gestão danosa, o patrocínio pode, num futuro próximo, ficar comprometido. 

"Como forma de ajudar no controlo e monitoramento dos recursos públicos, a U.E aconselha o país a criar mecanismos que permitam que o cidadão tenha acesso as informações ligadas ao orçamento, isso promove não só a transparência, como também a democracia e o fortalecimento do sistema de governação no seu todo, a vigilância do cidadão é preponderante para a prestação de contas", acrescentou Burgsdorff.

Ainda de acordo com o alto representante, existem indicadores que a U.E indispensavelmente pretende ver alcançados ou melhorados, sendo que são alguns dos factores determinantes para a delimitação das metodologias de reembolso.

"Existem indicadores que se não forem alcançados baixamos também o nível de financiamento, por exemplo, se determinamos que queremos que um numero tal de crianças estejam nas escola, deve se criar mecanismo para tornar possível. Alguns desembolsos são devolvidos em função dos objectivos atingidos", esclareceu.

"Nós temos também uma razão particular para dar atempadamente este instrumento, primeiro porque vimos um progresso no ultimo financiamento desembolsado, vimos que o apoio responde e deve continuar a responder de forma flexível as prioridades que o governo estabelece. Segundo, vimos que este apoio melhorou as instituições públicas e as suas politicas, tendo melhorado áreas como educação e saúde, o que para nós é muito importante, e terceiro, por ter ajudado na introdução de valores fundamentais como a consolidação do Estado de direito, democracia e direitos humanos", arrolou Burgsdorff.

Como termo, Burgsdorff apelou ao governo, em particular ao sector da economia e finanças, a ser mais atento aos indicadores macroeconómicos, com vista a garantir uma maior estabilidade económica e controlar a divida pública e a inflação para não sufocar o próprio país.    

Nos últimos anos a U.E financiava té 16,5 por cento do total de impostos do Estado, tendo atingido cerca de 400 milhões de euros em seis anos. É actualmente o maior doador do país, desembolsando não só donativos em forma de liquidez, como também em produtos diversos.

Jeremias Chemane (JC)                 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

CMCM CONSIDERA UM SUCESSO TESTE DE FAIXA ÚNICA PARA TRANSPORTE PÚBLICO


 

CMCM CONSIDERA UM SUCESSO TESTE DE FAIXA ÚNICA PARA TRANSPORTE PÚBLICO 


O Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) manifestou esta tarde a sua plena satisfação com a primeira fase de testes rodoviários levados a cabo na matina desta terça-feira que estabelecem, das cinco às oito horas da manhã, uma faixa exclusiva para os transportes públicos de passageiros.

Num encontro com a imprensa, o vereador municipal para a área de transportes e trânsito, João Matlombe, asseverou que o sucesso da operação resulta  da cooperação da Policia de Transito (PT), de todo o elenco do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER) e do envolvimento positivo dos condutores.

"O balanço que fazemos da implementação da faixa de rodagem é plenamente positivo, o que significa que estamos satisfeitos com os resultados do teste e principalmente com a gestão do tráfego nas estradas EN1 e EN4, como sendo as principais vias de acesso ao centro da cidade", disse Matlombe.

Contudo, alguns aspetos deverão ser melhorados, pois, de acordo com o vereado, estão a criar algum constrangimento na gestão do tráfego.

"Sentimos que existem aspectos que devemos melhorar. Do ponto de vista da comunicação também precisamos reforçar e concluir toda a sinalização, quer horizontal quer vertical, por forma a permitir que mais automobilistas possam ter informação e possam tomar decisões em relação as vias a seguir", acrescentou.

Tendo em conta que, com esta faixa prioritária, os veículos particulares ficam mais sufocados, Matlombe afirma que o CMCM, em conjunto com a PT, está a envergar esforços para que nos próximos dias o trânsito seja mais fluente, embora acredite que com o culminar das sinalizações o trânsito registará consideráveis melhorias. 

"Com estas medidas vamos criar algum conflito, algum desconforto para as pessoas que querem andar das viaturas particulares, mas acreditamos que com a consolidação da medida esta situação pode ser minimizada. Tivemos que optar entre a viatura particular e o transporte público e o nosso enfoque é o transporte público, contudo, vamos melhorar cada vez mais para minimizar o impacto negativo que possa causar aos particulares", explicou o vereador.

No total foram incrementados 50 autocarros públicos nas rotas Zimpeto-Museu/Baixa, um número que devera manter nos próximos dias, embora ate o final do semestre a previsão e de introduzir 120 novos autocarros na urbe.

‘’Estamos empenhados em tornar possível que ainda neste semestre sejam introduzidos um total de  120 autocarros nestas faixas. O nosso principal objectivo é erradicar por completo a circulação, ou seja, a necessidade de circulação das viaturas de caixa aberta (os `My Love`), esperamos que com estas medidas isso seja possível", explicou Matlombe.

Com uma faixa exclusiva, os autocarros diminuem, desta feita, o tempo levado para o transporte de passageiros, pois, não tem de enfrentar o largo congestionamento gerado pelas viaturas particulares, dai que, de acordo com Matlombe, até os que tem automóveis estão convidados a usar do transporte público para chegar rapidamente aos seus locais de trabalho.         
 Durante o teste, acrescentou o vereador, houve um pequeno incidente na estrada nacional número (EN1), concretamente na retunda de Missão Roque, na faixa disponível para os automóveis particulares. 

"Um acidente de pequeno porte ocorreu, mas, não esteve de nenhuma forma ligado ao ajuste feito, foi um acidente de caracter normal", explicou, tendo acrescentado que o mesmo serviu para despertar a atenção das autoridades no que diz respeito as retundas e espaços circulares abrangidos pela faixa única.

Como termo, Matlombe sensibiliza a sociedade no geral para que entenda que estas medidas tem o único e exclusivo objectivo de facilitar a vida dos milhares de munícipes que se fazem ao centro da cidade diariamente, em direcção aos seus postos de trabalho.

"É importante que a sociedade veja que estas medidas irão directamente beneficiar a maioria dos passageiros que precisam do transporte público diariamente, por isso, apelamos ao entendimento", conclui Matlombe.

Refira-se que para a factualização deste projecto, o CMCM investiu um total de oito milhões de dólares norte-americanos na compra dos primeiros 50 autocarros de transporte público de passageiros e poderá, num futuro próximo, dobrar o investimento na aquisição de mais autocarros conforme a demanda.    

Jeremias Chemane (JC)   

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

CADUP POTENCIA MAIS DE 180 PMES




 
CADUP POTENCIA MAIS DE 180 PMES 


01 de Fev– IPEME, através do seu projecto CADUP (Cada Distrito Um Produto), potenciou mais de 180 pequenas e medias empresas moçambicanas (PMEs) no período 2013-2015 com o apoio do governo japonês, que, com base nos cursos de capacitação e melhoramento das técnicas de produção internacionais (a maioria japonesas) estas já exportam alguns dos seus produtos para países vizinhos.

A iniciativa tem como principal objectivo incentivar as medias e micro-empresas a investirem qualitativamente na sua produção, através do know how conferido pelos profissionais japoneses distribuídos pelas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica e Nampula para o efeito.      

De acordo com o coordenador de desenvolvimento técnico e produtividade do IPEME, Ramatane Ernesto, a ideia é tornar possível que as micro-empresas tenham capacidade material e ideológica para produzirem com qualidade produtos locais, que tornem o seu trabalho ainda mais demandado tanto ao nível nacional como estrangeiro.

"O nosso objectivo é tornar possível que as ideias de produção local sejam ainda mais eminentes, encorajar os produtores com o nosso apoio, a fortalecerem a sua base produtiva e aumentarem a sua produção", explicou o coordenador.

Para a selecção das empresas houve candidaturas e foram elaboradas pesquisas de campo envolvendo mais de 250 empresas, das quais 180 foram eleitas como sendo as mais promissoras e por isso merecedoras do apoio da CADUP.

"Das 180 empresas, um total de 30 continuam ainda a ser monitoradas directamente, sendo que o remanescente adquiriu, durante a formação, bases suficientes para caminhar por si só. Foram criados entre as empresas elos de ligação que permitem um intercâmbio permanente e troca de produtos entre as mesmas". Acrescentou.

Neste presente ano a iniciativa devera continuar a usar os mesmos critérios de selecção, apostando na pesquisa e incentivando a candidatura das empresas para o curso de capacitação da CADUP.

Ernesto aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio da imprensa comunitária na difusão do trabalho da CADUP, lembrando que graças a ela, o número de empresas conseguidas dobrou, o que tornou mais eficaz e mais inclusiva a iniciativa.      

O grupo alvo do CADUP são os empresários, empreendedores, associações, estudantes e comunidade em geral, que tenham uma ideia ou uma empresa que precise de um apoio para o seu desenvolvimento.

Para as empresas interessadas em candidatar-se a formação do CADUP, devem preencher um formulário facultado na direcção do CADUP local, informando sobre a matéria-prima que usam na sua empresa, as actividades que desenvolve e indicar os seus métodos de disponibilização dos mesmos no mercado.

O CADUP é um mecanismo de assistência empresarial para a melhoria e maior eficiência da exploração dos recursos locais. Um dos seus objectivos principais é garantir o crescimento industrial dos distritos, como forma de gerar mais emprego e empreendedorismo no país.

Jeremias Chemane (JC)