domingo, 6 de dezembro de 2015

MARRACUENE LODGE LANÇA KAYAKES NO MERCADO MOÇAMBICANO



-MARRACUENE LODGE LANÇA KAYAKES NO MERCADO MOÇAMBICANO  

Marracuene, 06 de Dez (AIM) –  Marracuene Lodge, na província de Maputo, lançou oficialmente, hoje, no seu pacote integrado de lazer e entretenimento, para os seus clientes e interessados no geral, um serviço de passeio aquática através de kayakes, um desporto pela primeira vez introduzido por uma estância turística nacional.      

O desporto de Kayakes assemelha-se a canoagem, no qual os seus participantes exploram uma determinada área aquática remando.

O investimento feito pela empresa, na aquisição dos Kayakes, é de cerca de 25 mil dólares norte-americanos e dependendo do nível de aderência da modalidade poderá se investir mais dinheiro para a aquisição de um outro pacote.

De acordo com o director geral da Mozambique Adviser, empresa responsável pela importação das canoas, João Das Neves, o principal objectivo é fortalecer o turismo em Moçambique, garantindo maior qualidade e diversidade dos serviços oferecidos pelas estâncias turísticas.

"Pretendemos oferecer actividades para o entretenimento e lazer, sentimos que havia necessidade de entreter as pessoas que nos visitam com desportos como este, achamos que era oportuno introduzir os Kayakes no mercado moçambicano".

Das neves afirma ainda que o investimento feito é relativamente razoável e a capacidade de aluguer ou de compra dos Kayakes não é especulativo e garante qua as pessoas tenham acesso caso queiram.

O investimento feito é razoável e dependendo da demanda das canoas poderemos aumentar o numero e se houver necessidade podemos também expandir os serviços".

Dada a pouca rentabilidade do desporto, Neves acredita que poucos empresários poderiam investir isoladamente nos Kayakes, dai que afirma que o desporto deveria estar incluído num pacote oferecido aos clientes como forma de entretê-lo durante uma visita turística.

Os clientes poderão igualmente comprar as canoas ou alugar, sendo que o preço de aluguer varia de 500 a 2300 meticais, enquanto que a compra os preços alternam de 22.450 a 45.950 meticias.

Jeremias Chemane (JC)   

POBREZA MONETÁRIA NÃO PODE DIMINUIR COM CONTÍNUA SUBIDA DO CABAZ



POBREZA MONETÁRIA NÃO PODE DIMINUIR COM CONTÍNUA SUBIDA DO CABAZ 

A contínua depreciação do metical, aliada ao baixo nível de exportação e com o elevado índice de importação dos produtos básicos alimentares, num País onde 80 por cento da população sobrevive com base na agricultura para o auto-sustento sem muitas perspetivas de comercialização do excedente, são vistos, pelas Nações Unidas, como os principais factores que condicionam a difícil reversão do gráfico indicador da pobreza monetária em Moçambique.    

O economista representante das Nações Unidas (ONU-Wider) ao nível da Africa, Finn Tarp, defendeu, esta sexta feira, em Maputo, no Grande Fórum de Debate, Mozefo, que em Moçambique  a pobreza monetária é um dilema crónico, pois o cabaz alimentar da população ainda não vai ao encontro daquilo que são as  possibilidades de compra.         

"A pobreza monetária não pode diminuir enquanto o custo do cabaz sobe, sobem os preços mas não sobem os salários, então, a mesma pessoa que comprava três quilos de arroz ontem, hoje compra dois porque o preço subiu mas o seu poder de compra continua o mesmo".  

Para Tarp, existem sectores que merecem uma especial atenção quando o assunto é investimento, com destaque para a agricultura, por ser um campo que mais do que dinheiro garante o desenvolvimento humano.

Os níveis de pobreza no País são pouco conhecidos e os indicadores não têm sido alterados desde 2008, ou seja, desde essa época, até esta parte, não se elaborou nenhum estudo exaustivo que indique realmente qual é o nível de pobreza em Moçambique. "Todos que dizem que a pobreza aumentou ou diminuiu baseiam-se em meras observações pessoais".   

"É necessário aumentar a quantidade e a qualidade do investimento que se tem vindo a fazer no campo agrícola pois a agricultura garante, mais do que outros aspectos, o desenvolvimento humano e é uma forma muito viável de inclusão porque com a garantia de uma alimentação condigna para todos pode reduzir significativamente o nível de desnutrição ainda observados no País". Disse Tarp.

O economista lembra ainda que ao se apostar na agricultura é necessário diversificar a produção tendo como contexto a região onde se vai produzir.

É certo que em Moçambique se está a investir, mas o investimento, de acordo com Tarp, ainda não está a conseguir agregar valor a economia do País, pois, não tem estado a gerar consideráveis postos de trabalho.

"Há muitos investimentos, mas criam poucos empregos, não ajudam na criação de mais postos de trabalho e isso não ajuda na inclusão. Muitas vezes isso acontece porque as empresas chegam no País com a sua massa laboral quase que completamente composta", explicou.

Contudo, Tarp sublinha que os passos dados pelo governo para reverter o cenário são significativos e devem ser incentivados, pois, o país está na lista das dez economias mais crescentes ao nível mundial, com cerca de sete por cento de crescimento anual, de acordo com os dados do Banco mundial.

"Não é altura de concluir que nada foi feito, é altura de incentivar a criação de novas propostas e parabenizar o governo pelo caminho andado, pois, vemos um País cada vez mais forte e com altas perspetivas de desenvolvimento.         

O Grande Fórum Mozefo é uma plataforma de debate criada pelo grupo de media 'Soico', que juntou, durante três dias, de dois a quatro do corrente mês, mais de 1.000 participantes, entre eles antigos e actuais dirigentes de diferentes instituições estatais e privadas, fazedores da arte e académicos nacionais e estrangeiros.

Jeremias Chemane (JC)

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

SITUAÇÃO CAMBIAL OBRIGA LIMITE DE TRANSAÇÕES NO EXTERIOR



SITUAÇÃO CAMBIAL OBRIGA LIMITE DE TRANSAÇÕES NO EXTERIOR    

Maputo, 01 de Dez (AIM) – O Banco de Moçambique (BM) anunciou esta segunda-feira, em Maputo, que pretende estabelecer limites de utilização dos cartões de débito e de crédito no exterior, como forma de conter a pressão cambial exercida sobre o mercado cambial com a desvalorização da moeda nacional, o metical.    

De acordo com o Governador do Banco Central, Ernesto Gove, estas medidas de contenção cambial são sobremaneira aplicadas nas moedas mais transacionadas no país, com grande influência na balança de pagamentos, com destaque para o dólar americano e o rand sul-africano.

 "Do lado cambial serão estabelecidos limites de utilização de cartões de débito e de crédito no exterior, devendo os bancos comerciais serem instruídos para trabalhar com vista a ajustar as suas plataformas informáticas em função da nova modalidade", afirma Gove.

A medida que incide para os moçambicanos que fazem compras ou pagam serviços no estrangeiro, através dos seus cartões, sem qualquer restrição ou limite de gastos obrigando desta forma que o país esteja constantemente a drenar divisas para o exterior.

De acordo com o jornal "Noticias" este cenário acontece numa altura em que a balança de pagamentos de Moçambique estava a recuperar da situação deficitária crónica que se vinha registando nos últimos anos em função de uma conjuntura interna e internacionais favoráveis.

“É um momento excepcional em que precisamos de tomar algumas medidas para ajustarmos as nossas expectativas e o funcionamento dos mercados”, reitera o governador. 

Com os mesmos objectivos, o Banco Central compromete-se ainda a reforçar a supervisão bancária, assegurando que a lei cambial em vigor em Moçambique seja estritamente observada.

Mesmo perante este quadro desfavorável, Ernesto Gove disse não haver razões para o desespero, na medida em que os fundamentos macro-económicos não estão abalados, ou seja os principais motores da economia moçambicana continuam estáveis. 

Gove afasta a possibilidade de fixação de taxas de câmbio administrativas, que haviam sido propostas pelo sector privado como medida para minimizar o impacto das flutuações das taxas de câmbio na importação de bens e serviços, argumentando que tal medida não seria benéfica para a economia, pois “Podemos incorrer à uma situação em que acabamos tendo dinheiro mas sem produtos, e isso já aconteceu no passado. Uma medida do género provoca a híper-inflação". 

"O que necessitamos é resolver o problema actual global e sectorialmente, através de uma conjugação de esforços entre o Governo, o Banco Central e o sector privado, de forma a sermos mais competitivos na região e no mundo, aproveitando a nossa localização geográfica estratégica”, afirmou Gove. 

Estas medidas são tomadas numa altura em que o dólar americano oscila entre os 55 e 57 meticais, e o rand sul-africano custa cerca de 4 meticais com previsão de subida. Muitos economistas nacionais defendem que no primeiro trimestre do próximo ano a tendência será de agravamento da depreciação do metical, o que poderá fazer com que estas moedas apreciem ainda mais.

Jeremias Chemane (JC)

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

SAÚDE É PRINCIPAL PREMISSA PARA PAZ



SAÚDE É PRINCIPAL PREMISSA PARA PAZ

 http://www.aim.org.mz/default.php?function=imageSend&id=16493
 Por: Jeremias Chemane, em Manhiça

Manhiça, 25 de Nov (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, declarou esta quarta-feira, no distrito da Manhiça, província de Maputo, que o seu governo tem como uma das principais diretrizes de atuação o sector da saúde, por entender que a paz só é concebível através do bem-estar da população, para o desenvolvimento do capital humano.    

De acordo com Nyusi, que falava durante uma visita presidencial efectuada ao Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM), a saúde é de extrema importância para a garantia da paz efectiva, dai que mais do que outros assuntos, este é o tema que devia caracterizar a esfera de debate no seio dos moçambicanos.

"A saúde é a nossa prioridade, temos estado a investir muito tempo a falar sobre a paz, mas a maior paz é a vida, ninguém pode falar da paz enquanto a vida não existir, então, se a paz é a vida, a saúde é muito importante, por isso não podemos nos distrair", sublinhou o PR.

Nyusi acrescenta ainda que a melhor forma de perpetuar a paz é ajudando o próximo, uma premissa que o CISM, tem estado a segui taxativamente através das suas pesquisas que muito ajudam o sistema nacional de saúde reduzindo os acentuados níveis de mortalidade no país.

"Há necessidade de multiplicar os centros de investigação científica no país, não só no sector da saúde, mas em todos os campos de desenvolvimento, como forma de garantir maior solvência dos principais males que enfermam os moçambicanos, nomeadamente, a fome, a seca e as doenças", acrescentou Nyusi.
   
Como termo, o PR agradeceu a Cooperação Espanhola pelo apoio dado para o estabelecimento dessa unidade científica, afirmando que os resultados que nela são obtidos vão de encontro com a realidade e as necessidades do país.

Por seu turno, o director geral do CISM acredita que o apoio e o incentivo dado pelo presidente da republica servem de motivação para os trabalhadores, pelo que, continuarão firmes no desenvolvimento dos seus estudos, não só para apoiar os moçambicanos, mas também para contribuir na melhoria da saúde das pessoas no geral.

"Este tipo de visita é sempre um estímulo para o trabalhador, não só para o corpo directivo, mas para todo o trabalhador de saúde, este incentivo é muito importante para nós e serve para percebermos que afinal não estamos sozinhos, estamos com o apoio do país e por isso continuaremos a dar o nosso melhor nas pesquisas e vamos apoiar, com os resultados, o nosso sistema nacional de saúde como forma de ajuda-los a tomar as melhores decisões", disse o director.

Actualmente, o centro está focado nos estudos relacionados a eficácia dos medicamentos antirretrovirais, pois, segundo Macete, perto de 24 por cento dos doentes que aderem ao tratamento antirretroviral não registam melhorias e acabam por sucumbir pelo vírus.           

Mas, neste período do ano o principal objecto de estudo é a Malaria e muito recentemente um passo histórico na luta contra esta doença foi dado pelo CISM em cooperação com o Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), descobrindo a vacina contra a malária, denominada Mosquirix TM, conhecida também pelo seu nome científico RTS,S/AS01, autorizada pela Organização Mundial de saúde.

O CISM foi criado em 1996 com o objectivo de impulsionar e conduzir as investigações biomédicas em áreas prioritárias de saúde em Moçambique e desde a sua fundação, o Centro desenvolveu-se seguindo a orientação de um Programa de Cooperação Bilateral entre os Governos de Moçambique e de Espanha com o apoio do Hospital Clínic da Universitat de Barcelona, Espanha.

(AIM)