sexta-feira, 19 de junho de 2015

BMM RENOVA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DOS SILOS NO CENTRO E NORTE

BMM RENOVA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DOS SILOS NO CENTRO E NORTE
Maputo, 19 Jun  – A Bolsa de Mercados de Moçambique (BMM) assinou hoje, em Maputo, uma série de contractos com vários operadores da cadeia de comercialização agrícola nacional, para renovar a capacidade de reserva dos silos nas províncias de Sofala, Zambézia e Cabo Delgado, no centro e norte do país.

O prazo mínimo para o armazenamento nos silos controlados pela BMM é de oito meses, com possibilidade de renovação contractual. 

Na cerimónia, que contou com a presença do ministro da indústria e comércio, Max Tonela, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da BMM, António Grispos, disse que este acto constitui um dos grandes passos para a garantia da disponibilidade de cereais para satisfazer os operadores agrícolas.     

‘’Demos um dos importantes passos para a utilização dos silos, com a assinatura destes contractos, nós procuramos que os intervenientes na cadeia de comercialização agrícola, este ano, possam utilizar os silos à disposição da bolsa. Com estes contractos teremos uma capacidade de utilização dos mesmos, por operadores da bolsa. Esta parceria vem desde o ano passado, estando apenas a tratar-se da renovação do contrato’’, disse Grispos.

Realçou ainda que no presente ano a BMM prevê reservar um terço do armazenamento cereal para a garantia da segurança alimentar, uma medida inovadora que não se verificou nos anos anteriores.                   
Chamado a intervir, Max Tonela reiterou que esta renovação da capacidade de armazenamento dos silos, e a construção de outros novos, poderá estimular maior produtividade no seio dos operadores de comercialização agrícola em Moçambique, o que vai, de algum modo, catapultar o crescimento económico dos produtores.

‘’Estes silos, o Estado vem construindo para aumentar a capacidade de armazenamento de cereais. Com este acto teremos melhores condições de, na campanha agrícola em decurso, poder assegurar o aumento do volume de cereais e outros grãos produzidos e melhorar o rendimento dos camponeses’’, afirmou.

Disse ainda que este acto se enquadra no Plano Quinquenal do Governo (PQG, 2015-2019) para incrementar a capacidade de armazenamento com espaço para mais 40 mil toneladas, como forma de conservar os cereais e outros grãos alimentares.

Como termo, Tonela sublinhou que o outro objectivo, não menos importante, do governo é: ‘’ estimular o estabelecimento de mais indústrias de agro processamento nas zonas rurais e urbanas’’.

Jeremias Chemane (JC)


EUA ABREM SERVIÇOS COMERCIAIS EM MOÇAMBIQUE



 EUA ABREM SERVIÇOS COMERCIAIS EM MOÇAMBIQUE 

Maputo, 19 Jun  – O Estado norte-americano, enviou à capital moçambicana de Maputo uma delegação governamental  para a oficializar a abertura de uma agência de prestação de serviços comerciais no país, como forma de facilitar o investimento nos diferentes sectores de actividade.

O interesse norte-americano é de incentivar os seus investidores a aplicarem maior capital para três áreas definidas, nomeadamente, infra-estruturas, energia e agricultura, como forma de garantir ganhos também para Moçambique.

Falando hoje, durante a inauguração oficial dos escritórios comerciais americanos, o secretário adjunto para os mercados globais dos Estados Unidos da América (EUA), Arun Kumar, afirma que os investidores do seu país estão interessados em responder aos crescentes anseios mercadológicos nacionais. 

‘’Nós pretendemos, através destas instalações e em parceria com a nossa equipa de profissionais, responder aos ansiosos de cooperação comercial com Moçambique e aumentar o nosso volume de investimentos para satisfazer o mercado’’, disse Kumar.

Os EUA adoptaram políticas de expansão mercadológica com maior tangência  para a região africana, como forma de fazer negócios e aumentar parcerias bilaterais.

Em Moçambique, de acordo com Kumar, os norte-americanos desembolsaram, só no ano passado, cerca de 400 milhões de dólares para investir nos diferentes sectores de produção.

‘’Só no ano passado os Estados unidos investiram perto de 400 milhões de dólares para o investimento em diversas áreas, isso é também uma forma de cimentar cada vez mais a boa relação bilateral de negócios entre os dois países’’, disse. 

Na última quinta-feira, esta delegação do governo americano inaugurou um escritório que possibilitou o emprego de pelo menos três moçambicanos que, aos olhos dos empresários norte-americanos, são capacitados para entrar no ‘’doing business’’. 

Esta é a primeira missão comercial do governo norte-americano à Moçambique, por isso Kumar defende que o seu país está a dar um importante passo para cimentar a parcerias com Moçambique.

Jeremias Chemane (JC)

sábado, 13 de junho de 2015

BANCO MUNDIAL FINANCIA ACCAO SOCIAL EM MOÇAMBIQUE



BANCO MUNDIAL FINANCIA ACCAO SOCIAL EM MOÇAMBIQUE

Maputo, – O Banco Mundial, através do grupo Global de Parceria para a Responsabilização Social (GPSA), garantiu sexta-feira, em Maputo, a sua disponibilidade plena para apoiar as organizações da sociedade civil ligadas à acçao social e apoio aos desfavorecidos, facultando uma verba não reembolsável para financiar seus projectos de solidariedade.

Para receber o financiamento, a organização deve reunir, até dois de Agosto do corrente ano, alguns requisitos que respondem a devida identificação e registro oficial do grupo para que, posteriormente,  o banco avalie a viabilidade do projecto. 

Segundo a representante do GPSA, Seema Thomas, a apreciação positiva do governo é fundamental para que o banco aprove um determinado projecto de accao social, por isso, numa primeira fase, são as entidades governamentais do país que fazem a devida seleção. 

‘’O Feedbacck do governo abre as portas para que o banco desembolse o financiamento a um determinado projecto, por isso, é melhor que as organizações sociais conheçam muito bem os requisitos e arranjem argumentos suficientes para convencer o governo e o GPSA’’.

A mesma sublinhou que não há um valor mínimo, nem máximo, para apoiar um determinado projecto, cada proposta deve ser submetida avançando quanto precisa como financiamento.

Thomas aproveitou para alertar aos concorrentes a não dependerem apenas do dinheiro do banco, estas devem ter uma forma de auto sustentabilidade.

‘’O Banco Mundial vai querer saber se esta organização tem ou não capacidade para se manter depois que cessar o apoio monetário’’, disse.

Não é a primeira vez que o Banco Mundial financia projectos de accao social em Moçambique. Nas províncias de Niassa e Zambézia, na primeira fase de financiamento, o GPSA desembolsou mais de 700 milhões de dólares norte-americanos em accao social.

A titulo de exemplo, foi chamada a intervir Esvenia Viola, representante da Concern Universal,  uma organização que está a receber o apoio monetário do GPSA. Ela afirma que o seu grupo está a melhorar, na medida do possível, a saúde da mulher e da criança no país.

‘’A Concern Universal está a implementar um projecto no sector de saúde.Todos nós sentimos que há fraca qualidade de prestação de serviços de saúde, para nós é importante garantir a qualidade de vida das pessoas em tratamento, principalmente da mulher e da criança que são o nosso grupo alvo’’, disse.

Viola aproveitou para apelar o governo para melhorar as politicas de acesso ao tratamento hospitalar da da mulher e criança em Moçambique.   

Jeremias Chemane (JC)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

BID GARANTE CONSTRUÇÃO DE ESTRADA PARA LIGAR MOÇAMBIQUE – TANZÂNIA



BID GARANTE CONSTRUÇÃO DE ESTRADA PARA LIGAR MOÇAMBIQUE – TANZÂNIA   


Maputo, 11 Jun – O Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) respondeu positivamente ao pedido do governo moçambicano para financiar a construção de uma estrada de 176 quilómetros que deverá ligar o norte de moçambique à Tanzânia, como forma de facilitar a transição de pessoas e bens através da via.

A estrada deverá partir no troço entre Moeda e Negomano, na província de Cabo Delgado, para a vizinha Tanzânia, provavelmente na região mais próxima da fronteira daquele país com Moçambique.    

O pedido de financiamento foi endereçado ao presidente do BID, Ahmad Ali, pelo ministro moçambicano da economia e finanças, Adriano Maleiane, durante a cerimónia de encerramento da 40ª reunião anual dos países membros do BID, que foi realizada em Maputo. 

Maleine começou por agradecer a eleição de Moçambique como país anfitrião deste 40º seminário anual do BID, tendo posteriormente afirmado que aquela instituição asiática tem apoiado consideravelmente o desenvolvimento infra-estrutural e social do país, e de acordo com os vários acordos assinados hoje, o apoio será renovado. 

"Agradecemos o apoio do BID, mesmo ao nível da organização do evento, sozinhos não teríamos capacidade. O encontro entre os vários países ajudou a troca de experiências e nos ajudou a perceber como funciona o BID, o BID financia tudo aquilo que faz o desenvolvimento humano", disse Maleiane.

O mesmo lembrou que até então, não foi acordado o montante que será concedido a Moçambique para a construção da estrada, pois, ainda se deve efectuar um exaustivo trabalho de campo para a determinação do financiamento a requerer.   

Ahmad ali afirmou, por seu turno, que para o BID constitui prioridade financiar os projectos do governo moçambicano e de todos os países membros, pelo que, com este plano não será diferente.

"Para nós, a construção desta estrada constitui prioridade, porque, vai ligar o norte de Moçambique e a Tanzânia, o que poderá contribuir para a massificação das trocas comerciais entre os dois países", disse o presidente do BID. 

Tendo em conta a requisição orçamental das empresas nacionais e internacionais do ramo da construção civil, a edificação da estrada, que deverá ligar Moçambique e Tanzânia poderá, em média, custar cerca de 160 milhões de meticais.          

Jeremias Chemane (JC)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

MOÇAMBIQUE É O SEGUNDO PAÍS COM MAIOR IGUALDADE DE GÉNERO NA SADC



MOÇAMBIQUE É O SEGUNDO PAÍS COM MAIOR IGUALDADE DE GÉNERO NA SADC 

Maputo, 10 Jun  – Moçambique é o segundo país da Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) com maior número de mulheres no parlamento, com aproximadamente cem deputadas, perdendo apenas para a Africa do Sul, segundo as estatísticas do Protocolo Regional Sobre o Género em Acção.

Este número representa cerca de 38,2 por cento de mulheres no parlamento moçambicano. A África do Sul prevê estabelecer até o fim do presente ano uma paridade plena de género no maior órgão legislativo daquele país na ordem de 50 por cento de deputados para ambos os sexos. 

A informação foi tornada pública hoje, pela presidente dos assuntos sociais de género e tecnologias da Assembleia da República (AR), Conceita Surtino, durante a III cimeira nacional sobre o género, que decorre em Maputo. 

Surtino, que participava em representação ao governo moçambicano, afirmou que desde o período pós-independência até esta parte, os órgãos legislativos do país tem impulsionado consideravelmente a igualdade de género no país, através da criação de leis que colocam o homem e a mulher em pé de igualdade.

‘’Desde o pós-independência a presença da mulher foi tomada como sendo de extrema importância no sector legislativo nacional, em particular para a AR que, como sabemos, é o maior órgão legislativo do país’’, disse.    

Disse ainda que a AR assegura a maior participação das mulheres no parlamento através do sistema de quotas, ou seja, por via de lugares reservados exclusivamente para as mulheres, o que tem assegurado notavelmente a participação política das mesmas.

Na ocasião, foi chamada a intervir a primeira vice-presidente do Fórum Mulher em Moçambique, Teresinha da Silva, que disse na ocasião que a forma de pensar das mulheres difere da dos homens e por esse motivo os órgãos de decisão deveriam estabelecer uma paridade entre os dois géneros para garantir a dualidade de ideias.

‘’As mulheres pensam diferente dos homens, por isso trazem ideias diferentes, daí a necessidade de igualar o poder de decisão em 50 por cento para ambos os sexos’’, afirmou Teresinha.      
   
A mesma lamentou ainda o facto de as mulheres serem pouco mencionadas nos manifestos dos partidos políticos nacionais tendo afirmado que ‘’mesmo quando os manifestos afectam directamente e maioritariamente as mulheres, como é o caso da saúde, são pouco ou nunca citadas’’.   

Em África, a Namíbia é o único país em que as mulheres assumem a maioria dos lugares nos órgãos legislativos e executivos, com cerca de 60 por cento.

Jeremias Chemane (JC)