quarta-feira, 26 de novembro de 2014

HCB PRETENDE PRIORIZAR O ABASTECIMENTO DE ENERGIA NO PAÍS



Noticia


Maputo, 26 Nov (J.Int) – A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), poderá recentemente abastecer no país a maior parte da energia elétrica produzida na baragem, com a materialização das novas propostas de redução da quantidade de exportação deste recurso.

A HCB pretende para além de incrementar o fornecimento de energia no país, alimentar os mega projectos já instalados nas diversas provincias moçambicanas.

O Presidente do Conselho de Administração da HCB, Paulo Muchanga,  disse recentemente em entrevista a ‘’Agência Lusa’’ que a empresa está actualmente reavaliando os contratos de longa duração efectuados com a África do sul e o Zimbabwé para reduzir o nível de abastecimento externo da energia elétrica, para satisfazer a demanda nacional.

"Uma empresa como esta, tem influência na região e também contratos de longa duração com os seus clientes externos. Não podemos virar as costas à região porque somos parte dela, mas as prioridades ficam cada vez mais viradas para o país", salientou Muchanga.

Reiterou ainda que com a avaliação e reformulação dos contratos, o abastecimento em Moçambique poderá refletir positivamente na economia interna.

Refira-se que desde a reversão da hidroeletrica de Cahora Bassa em 2007, pelo actual presidente da República, Armando Guebuza, a empresa tem densevolvido estratégias para melhorar o abastecimento de energia elétrica no país.

(J.Int)
Jeremias Chemane (JC)/

terça-feira, 25 de novembro de 2014

ACIDENTE DE VIAÇÃO FERE GRAVEMENTE DOIS INDIVíDUOS EM MAPUTO



Noticia

foto:Google
Maputo, 25 Nov (J.Int) – Um acidente de viação ocorrido na manhã de hoje em Missão Roque, um dos bairros da capital moçambicana de Maputo, deixou dois individuos com ferimentos graves depois que uma viatura galgou o passeio ao tentar contornar a curva para a seguir a direcção norte da avenida de Moçambique. 

O acidente foi protagonizado por um automóvel de Marca Nissan, modelo cabine – dupla, sem matrícula identificada, que ficou ligeiramente danificada por conta do embate com as duas vítimas.

O motorista da viatura, de aparentemente 40 anos de idade, tratou imediatamente de recolher os feridos, para uma unidade hospitalar para a devida assistência médica.

Testemunhas contam que o motorista nao vinha a uma velocidade exagerada, mais o facto teria se originado porque o mesmo estaria usando o seu celular enquanto conduzia.

‘’esse senhor não estava a correr,  ele atrapalhou-se porque usava estava a usar o celular. todos os dias a polícia de trânsito diz que isso não pode acontecer’’, disse Manuel Afonso, um dos presentes no local.

Até a saída do motorista com as referidas vítimas,  as autoridades policiais nao se tinham se feito ao local, tendo aparecido posteriormente.    

Refira-se que no presente semestre do ano, tem se registado em Maputo diversos casos de acidentes de viacão, sendo que a maioria resulta mortes e ferimentos graves.  

(J.Int)
Jeremias Chemane (JC)/





domingo, 23 de novembro de 2014

RELIGIOSOS MARCHAM CONTRA VIOLÊNCIA E DOAM SANGUE EM MAPUTO


 Noticia

Maputo, 24 Nov (J.Int) – Crentes da igreja adventista do sétimo dia marcharam ontem,  por várias artérias da capital moçambicana, Maputo, protestando contra a violência doméstica, um evento que também serviu para a doação de cerca de 25 litros de sangue.

A Marcha, que juntou cerca de 100 manifestantes, teve o seu início na zona de Museu, culminando na praça da independência, centro da cidade.

A directora nacional dos assuntos da Mulher e membro da Igreja Adventista, Águeda Matsinhe, disse que a marcha é mais uma forma de alicerçar as diversas campanhas levadas a cabo pela sociedade civil para travar a violência que assola principalmente as mulheres.

Esta é uma forma de darmos o nosso contributo para estancar a violência na sociedade moçambicana. Queremos, com isso, despertar aos cidadãos de que a melhor maneira de resolver quaisquer que sejam os conflitos familiares é o diálogo’’, sublinhou Matsinhe.

Para além da manifestação de repúdio a violência, os manifestantes doaram sangue para ajudar a minimizar a falta do líquido vital nas unidades sanitárias.

Um total de 50 crentes doou cerca de 25 litros de sangue que serão doados ao Hospital Central de Maputo (HCM).

Sentimo-nos alegres por contribuir com o nosso sangue. Um dia nós mesmos precisaremos deste mesmo sangue que hoje doamos. Esperamos que mais pessoas adiram a iniciativa. Salientou Maria do Céu, porta-voz da congregação.

(J.Int)
Jeremias Chemane (JC)/mz

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

MOÇAMBIQUE CONSIDERADO SEGUNDO PIOR PAÍS PARA PESSOAS DE TERCEIRA IDADE


Noticia
 
Maputo, 19 Nov (J.Int) – Segundo o relatório apresentado hoje em Maputo pela Helpage International sobre o Índice Global das Pessoas Idosas, Moçambique é depois do Afeganistão, o pior país para indivíduos da terceira idade. 

Os idosos moçambicanos, que constituem 5 por cento do total da população, entraram na lista dos mais vulneráveis do mundo, num estudo realizado em cerca de 96 países, onde concluiu-se também que a Noruega na Europa, é o melhor país para o bem-estar de pessoas dessa faixa etária. 

O Director Geral da Helpage em Moçambique, Lítos Raimundo, disse na ocasião que foram usados quatro critérios para o estudo, o benefício de renda, o direito a saúde, o emprego e a favorabilidade de convivência.

‘’Concluímos que Moçambique tem disponível apenas 17.3 por cento dos idosos com benefício de renda mensal, 18.9 com benefício condigno a saúde, 70.4 ainda em execução das actividades laborais, o que pode prejudicar o repouso e o tão merecido descanso do idoso e 72por cento dos idosos é que têm boa convivência social’’, afirmou Raimundo.    

O índice apresentou como ambição para a integração do idoso na sociedade, a necessidade de promoção de políticas de saúde, rendimento e segurança, que favoreçam o cidadão da terceira idade em Moçambique com vista a ampliar a actual esperança de vida que é de 76 anos de idade.      
   
A nível da Africa o melhor país para pessoas da terceira idade é a Maurícias que conta com subsídios, integração e boas políticas de ‘’bem-estar’’ dos idosos que corresponde a 100 por cento de acordo com os critérios de avaliação internacionalmente aceites. 
  
Refira-se que actualmente 868 milhões de pessoas no mundo, que correspondem a 12 por cento da população é da terceira idade e se prevê que até 2050 o número aumente para mais de dois biliões de idosos gradativamente.     

A Helpage é uma organização não-governamental (ONG) internacional criada em 1983 para a promoção e valorização dos direitos da pessoa idosa e opera em Moçambique desde 1988 desenvolvendo diversas parcerias com o governo e comunidades.     

(J.Int)
JC/

terça-feira, 18 de novembro de 2014

POLÍCIA DIZ TER PISTAS PARA ESCLARECIMENTO DO RAPTO DE BASHIR

Noticia

 Maputo, 18 Nov (J.Int) – A policia da República de Moçambique (PRM) anunciou hoje em Maputo a existência de pistas para o esclarecimento do rapto do empresário moçambicano Mohamed Bashir, desaparecido no passado dia 12 do corrente mês na cidade de Maputo. 


A informação foi tornada pública  pelo porta – voz da Policia da República de Moçambique (PRM) a nível do Comando Geral de Maputo, Pedro Cossa,  a quando do anúncio no rescaldo semanal de 08 a 14 de Novembro do presente ano, onde afirmou que as autoridades tem vindo a trabalhar para retornar o empresário ao convivio familiar.

‘’há pistas para avançar com as investigações, e por isso esperamos que a policia no seu empenho para o esclarecimento do caso poderá retorna-lo ao convívio familiar’’.

De acordo com a policia, foram no total 126 casos registados na semana, o que significa uma ligeira baixa comparativamente ao igual período do ano passado, onde 130 casos foram assinalados.
Dos diversos casos, consta a detenção de nove menores com idades que variam dos 14 aos 15 anos de idade que se dedicavam a prática de diferentes crimes na via pública amedrontando as suas vítimas com armas brancas distintas.

‘’as crianças detidas  foram mantidas na 12ª esquadra por razões de idade, dedicavam-se a crimes diversos com recurso a navalhas, paus e outros instrumentos para amedrontar as vítimas na via pública’’.    

A policia referiu também, que foi detido um indíviduo na província de Cabo Delgado, que tirou a vida da sua própria mãe por razões não esclarecidas.

Cossa disse ainda, que dois individuos de nacionalidade moçambicana foram detidos no país por roubo de uma viatura Nissan ‘’Hard Body’’ em território sul africano, sublinhou a operação só foi possível com a cooperação da policia de ambos os países.

Refira-se que em todos os casos de criminalidade registados no país, somam 1912 individuos detidos só nesse período de 08 a 14 de novembro em Moçambique.  

(J.Int)
Jeremias Chemane (JC)/





terça-feira, 11 de novembro de 2014

As Brasileirinhas (pornografia nos finais dos anos 90)

Cronica 

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXyXIpr-QfVbs66hxw0N2RqOVKDRu7QxHTZQgBOEDGsF05-oihy8nkceo40lyhrEiKTmD58h8lXCYh6XXFiLlm_15soc1t_MHJtCU-_4GbPuUOgOeTetFakSrDVLZb0ssffVwmRZ1z6a8/s1600/Estevao.jpg

Por: Estêvão Azarias Chavisso
Embora tenha crescido dentro de uma família conservadora e professante dos valores cristãos, sempre tive uma forte inclinação para o “profano”. Eu tinha pouco mais de dez anos quando meu primo apresentou-me sua “inocente” colecção das Brasileirinhas - os melhores vídeos pornográficos produzidos no Brasil. Meu primo, 5 anos mais velho que eu, foi uma das primeiras pessoas que, Nietzschianamente, estimulou os fervorosos apetites sexuais escondidos por de traz dos óculos daquele menino inocente de natureza selvagem. Na época, finais dos anos 90, não tínhamos a sorte de ver as brasileirinhas em HD (Alta Definição), viemos numa qualidade lamentável, mas a vontade era maior. Aliás, se na altura era difícil ter um vídeo cassete em casa, era mais complexo ainda ter uma cassete das brasileirinhas escondido de baixo da estante.
Meu primo, milagrosamente, possuía tal “preciosidade”, pelo que, pelo menos ao nível do seu bairro, tinha a fama, o respeito e, sobretudo, a legitimidade necessária para falar das mulheres entre os seus amigos. Ele vivia no Bairro de Chamanculo, um dos mais perigosos da Cidade de Maputo e com alto índice de natalidade. Durante os finais de semana, principalmente nos finais do mês, os meus tios (pais do meu primo) saíam para festas familiares, deixando livre o território para “reuniões clandestinas”, sessões de apresentação de filmes pornográficos com mais de 7 homens na sala.
Em parte, para mim, aquela realidade era traumatizante, na medida em que cada um tinha sua forma, particular e inusitada, de responder a determinados estímulos. A sessão tinha pouco mais de 30 minutos, entretanto, muitos mostravam-se já “satisfeitos” nos primeiros 2 minutos - não entendia porquê.
Depois do ritual sagrado, o meu primo, o líder da “congregação”, fazia um breve resumo do que foi a sessão, relembrando algumas passagens marcantes do filme – desde as posições das actrizes até aos gemidos dos atores. Eu, o mais novo do grupo e suspeitando tal atitude, pouco dizia. Aliás, nem tinha muito a dizer, entretanto, observava cada momento calma e atenciosamente. Era uma situação estranha, mas muito interessante. Engraçado, apesar de ser o líder, meu primo, tal como todo o grupo, não tinha uma namorada. Ora, embora tivéssemos um respeito pelo seu status, sabíamos que ele não colocava em prática nenhuma daquelas brilhantes técnicas.
Apesar disso, eu gostava de estar com ele, e, principalmente, de ouvi-lo explanar os segredos do sagrado corpo feminino. As visitas ao bairro do meu primo começaram a tornar-se frequentes, principalmente nos finais do mês. Minha mãe, desconfiada deste repentino sentimento de irmandade, chegou a questionar-me sobre as constantes visitas ao bairro de Chamanculo. Eu, olhando para os seus olhos e abanando a cabeça com ar de adulto, limitei-me a responde-la nos seguintes termos; “ Experiência, experiência, troca de experiência”.
Hoje, depois de tanto tempo, minha paixão pelas artes pornográficas continua a mesma de 10 anos atrás, embora os filmes contemporâneos agridam a minha sensibilidade - tomando em consideração a forma desumana com que as actrizes são tratadas. Apesar da qualidade ter evoluído, as maquinas terem sido aperfeiçoadas e os cenários terem sido readaptados com estilo moderno, falta sensibilidade por parte do atores, que destroem um momento sublime do contacto entre os corpos que clamam por prazer. Este problema legitima, em larga escola, a indignação do movimento feminista que floresce, principalmente, a partir das primeira década deste século, liderado por escritoras como Andrea Rita Dworkin, assumidamente em oposição à pornografia.
Eu, em respeito à minha infância e a minha actual condição, sou a favor da 7ª arte, seja ela pornográfica ou não - como bem disse-me numa entrevista o cineasta Sol de Carvalho. Aliás, a realidade manda-me questionar, o que seria de nós, actualmente, sem um bom filme pornográfico?
Actualmente, a indústria de pornografia cresceu demasiadamente, pelo que, nalguns centros principais de produção de filmes pornográficos, foram estabelecidas até regras para gerir tão “delicada” actividade. Graças as artes pornográficas, clássica troca de fluidos orgânicos, actrizes como Tori Black, Audrey Bitoni, Belladona, entram nas “telinhas” dos nossos computadores e telemoveis , assiduamente, para nos fazerem companhia durante alguns minutos nas longas madrugadas solitárias. Hoje, a indústria está mais organizada, tanto que atores como Evan Stone, Evan Seinfeld e Lexington Steele já possuem fortunas estimadas em 3 a 4 milhões em património líquido.
Infelizmente, o meu primo (meu mestre) já casou-se. O grupo desfez-se e, por tal, não mais temos nossas sessões fervorosas de sábado a tarde. Aliás, não mais nos vemos com frequência e muito pouco conversamos. Hoje, nas primeiras horas da manhã, cruzei-me com ele na rua, está gordo e já trabalha. A primeira coisa que fiz foi questionar-lhe onde e com quem estava o nosso “sagrado” cassete das brasileirinhas, ele respondeu: Está lá, no mesmo lugar de sempre. À espera de uma nova geração para dar continuidade a tradição.
fim