domingo, 7 de fevereiro de 2016

GOVERNO DE MARRACUENE FALHA COM AGEM



 
GOVERNO DE MARRACUENE FALHA COM AGEM
Maputo, 07 Fev -O novo elenco governante do distrito de Marracune, província de Maputo, chefiado pelo administrador Avelino Muchine, prometeu, Dezembro último, aos Agentes Económicos (AGEM) que ate Março do presente ano a ponte que liga a vila sede a localidade de Macaneta estaria pronta e disponível para a movimentação de pessoas e bens, mas, pelo actual andamento da obra a AGEM considera praticamente impossível cumprir com a jura e aguarda esclarecimentos.

De acordo com o presidente da AGEM, João Das Neves, o nível de demanda dos serviços turísticos tem crescido a cada ano e nos últimos tempos, muito por causa da perspectiva da ponte e a estrada circular varias pessoas tem-se feito a Marracuene, com destaque para a localidade de Macaneta, justamente a região que mais se beneficiara com a conclusão da ponte.

"O sector do turismo em Moçambique, principalmente o turismo receptivo diminuiu bastante, mas, no caso de Macaneta temos tido sempre uma considerável procura, por causa da perspectiva da ponta e da estrada circular, é uma situação única em que o turismo tem vindo a crescer tremendamente nesses últimos tempos, a estrada circular conseguiu aproximar muito Macaneta a capital, há muitos projectos de desenvolvimento, infraestruturas publicas e particulares", explicou.

Neves lamentou, "Não é possível que a ponte esteja pronta até Março. Estamos habituados a este tipo planificação e informação pouco precisa, os agentes económicos tem sido habituados a trabalhar sem qualquer previsão e sem qualquer perspectiva real do que esta a acontecer, infelizmente, sentimos por não poder contar com a disponibilização de informações fidedignas que nos ajudem a planificar e desenvolver a nossa actividade".

De acordo com o presidente, esta tem sido a prática dos dirigentes de Marracuene, pois antes mesmo do actual administrador já houve promessas diversas relacionadas com a construção desta ponte que é, actualmente, um grande anseio dos investidores.  

"Já houve vários prazos, eu próprio em 2013, quando assumi a direcção da AGEM, recebi em primeira mão a informação da empresa Maputo sul dando conta de que no final daquele ano (2013) a ponte já estaria pronta, mas o período passou e nada apareceu. Havia também perpectivas de que em dezembro do ano passado a ponte estaria enraizada e mais uma vez o prazo falhou", disse Neves.

Neves critica as tantas promessas infundadas que os dirigentes fazem apelando aos membros da AGEM e empresários no geral a se orientarem através das suas próprias previsões e planificarem as suas agendas sem ter muito em conta este tipo de promessas.

"Dizer que conclui em Março não é nada realista pois sabemos o que esta a acontecer no terreno. Infelizmente é assim que nós vivemos, sabemos que mais cedo ou mais tarde vai ser concluída temos que fazer as nossas próprias previsões e darmos um período de tolerância muito alto para que se isso não acontecer sabermos como é que nós vamos gerir os nossos empreendimentos, mas, naturalmente que todos os agentes económicos fazem e devem fazer planos"

 Neves lamentou o facto de o governo habituar os empresários a trabalharem sem receber informações fidedignas acrescentando que a AGEM se acautela "deixando sempre um campo de manobra para que as nossas operações não fiquem prejudicadas por essas informações, contudo, achamos que este empreendimento seja ainda concluído este ano".

  No passado dia 21 de Dezembro o administrador reuniu com a AGEM para conhecer os principais problemas que enfrenta na sua actividade, tendo durante a ocasião prometido que a ponte sem falha ficaria pronta em Marco próximo.
Referiu também total abertura para interagir com os agentes económicos de Marracuene, pois, segundo ele, estes são o motor de desenvolvimento do distrito.    

Jeremias Chemane (JC)

KAYAKES REGISTAM CRESCENTE NÍVEL DE PROCURA EM MAPUTO



KAYAKES REGISTAM CRESCENTE NÍVEL DE PROCURA EM MAPUTO
Maputo, 07 de Fev – O desporto aquático de Kayakes, lançado oficialmente em Dezembro do ano passado, através de um pacote integrado de lazer e entretenimento, na zona turística de Marracuene, província de Maputo tem registado uma maior demanda desde a sua introdução chegando a atingir mais de 60 recepções mensais.

A modalidade, que foi introduzida pela estância turística Marracuene Lodge, assemelha-se a canoagem, na qual os seus participantes exploram uma determinada área aquática através de remos.

Segundo o director geral da Mozambique Adviser, empresa responsável pela importação dos Kayakes, João Das Neves, o principal objectivo é fortalecer o turismo em Moçambique, garantindo maior qualidade e diversidade dos serviços oferecidos pelas estâncias turísticas.

"Pretendemos oferecer actividades para o entretenimento e lazer, sentimos que havia necessidade de entreter as pessoas que nos visitam com desportos como este, achamos que era oportuno introduzir os Kayakes no mercado moçambicano".

Contudo, Neves afirma que algumas pessoas têm receado o passeio de Kayakes, muito por causa do desconhecimento da natação e receio da água no geral.

"Nesta fase do ano, que é o mês de Fevereiro não temos tido muito trabalho, tendo em conta que é para nós o mês em que registamos uma baixa no nível de demanda, mais mesmo assim estamos a funcionar normalmente, o número de interessados tem vindo a crescer. Algumas pessoas querem praticar, mas, tem receio ao desporto, medo da água porque não sabem nadar ou algo parecido", explicou o director, acrescentando que o pânico é desnecessário pois todas as medidas de segurança estão observadas.
       
 Para a aquisição dos Kayakes foram desembolsados, numa primeira fase, cerca de 25 mil dólares, um investimento que pode aumentar com o nível crescente de procura.

Das neves afirma que investimento ora feito é relativamente razoável e a capacidade de aluguer ou de compra dos Kayakes não é especulativo, o que garante qua as pessoas interessadas tenham o devido acesso.

Os clientes poderão igualmente comprar as canoas ou alugar, sendo que o preço de aluguer varia de 500 a 2300 meticais, enquanto que a compra os preços alternam de 22.450 a 45.950 meticias.

O crescimento do turismo em Marracuene tem vindo a obrigar os empresário do sector a diversificarem as suas ofertas, o que torna o mercado cada vez mais competitivo naquele ponto do país, e é a partir dai que iniciativas como estas se tornam cada vez mais eminentes e graças a estas inovações Marracuene é actualmente o distrito com maior crescente de toda a região sul.

Jeremias Chemane (JC)  

sábado, 6 de fevereiro de 2016

MAIS DE QUATRO MIL MOÇAMBICANOS REFUGIADOS NO MALAWI INSTADOS A REGRESSAR


 



MAIS DE QUATRO MIL MOÇAMBICANOS REFUGIADOS NO MALAWI INSTADOS A REGRESSAR
Maputo, 06 de Fev– O governo moçambicano, através da sua embaixada no Malawi, instou os cidadãos deslocados de guerra, maioritariamente pertencentes a província central de Tete, a regressarem ao país, garantido que todas as condições estão devidamente reunidas param o efeito. 

A garantia foi dada pelo alto-comissário de Moçambique no Malawi, Jorge Gune, em entrevista a Radio Moçambique (RM), tendo acrescentado que todos os indícios de instabilidade naquele ponto do país, com destaque para o distrito de Moatize, foram positivamente ultrapassados e a província no geral reúne segurança suficiente para o seu regresso.

De acordo com Gune, o governo quer garantir a reintegração socioeconómica dos deslocados, sendo que estes irão, numa primeira fase, ser acompanhados para um centro de acomodação que deverá ser implantado no posto administrativo de zóbwè, província de Tete.

"As áreas estão seguras, como exemplo pode se observar a livre circulação de pessoas e bens no Corredor de Tete", esclareceu Gune.

Uma delegação moçambicana está a trabalhar com a sua contra-parte malawiana desde quarta-feira para se informar sobre os últimos desenvolvimentos em torno da movimentação dos moçambicanos para o Malawi e continuar a propor o seu regresso ao país.

Refira-se que asta população começou a efectuar as deslocações no primeiro semestre do ano passado, altura em que os confrontos entre as Forcas de Defesa e Segurança (FDS) e o braço armado do antigo movimento rebelde moçambicano, a Renamo, travavam confrontos nestas regiões, enchendo as pessoas de pânico, tendo estas se visto obrigadas a abandonar as áreas.

Jeremias Chemane/   

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

U.E PROMETE ATÉ JUNHO DESEMBOLSAR METADE DO SEU APOIO AO O.G.E



 
U.E PROMETE ATÉ JUNHO DESEMBOLSAR METADE DO SEU APOIO AO O.G.E
Maputo, 05 de Fev  – A União Europeia (U.E), através da sua delegação em Moçambique, anunciou quinta-feira, em Maputo, que metade dos 200 milhões de dólares que pretende desembolsar para financiar o Orçamento Geral do Estado (O.G.E) serão entregues ainda no final do presente semestre. 

De acordo com o alto representante da U.E em Moçambique, Seen Kuhn Von Burgsdorff, a celeridade do desembolso tem como principal objetivo garantir a sustentabilidade do O.G.E pelos próximos quatro anos, bem como ver implementado o Plano Quinquenal do Governo (PQG 2015-2019).

"A primeira metade deste valor de 200 milhões de dólares em apoio ao orçamento de Estado será entregue em meados de Junho próximo, e dentre vários objectivos deverá ajudar na sustentabilidade do país, tendo em conta que atravessa um momento em que as calamidades naturais não ajudam no seu desenvolvimento linear", explicou Burgsdorff.

O representante falou também de questões ligadas a gestão do O.G.E, citando que o país tem conhecido melhorias nesse aspecto, mas, muito deve ainda ser feito, como forma de incentivar a U.E a continuar a apoiar na totalidade o país, pois, com a falta de transparência e com a gestão danosa, o patrocínio pode, num futuro próximo, ficar comprometido. 

"Como forma de ajudar no controlo e monitoramento dos recursos públicos, a U.E aconselha o país a criar mecanismos que permitam que o cidadão tenha acesso as informações ligadas ao orçamento, isso promove não só a transparência, como também a democracia e o fortalecimento do sistema de governação no seu todo, a vigilância do cidadão é preponderante para a prestação de contas", acrescentou Burgsdorff.

Ainda de acordo com o alto representante, existem indicadores que a U.E indispensavelmente pretende ver alcançados ou melhorados, sendo que são alguns dos factores determinantes para a delimitação das metodologias de reembolso.

"Existem indicadores que se não forem alcançados baixamos também o nível de financiamento, por exemplo, se determinamos que queremos que um numero tal de crianças estejam nas escola, deve se criar mecanismo para tornar possível. Alguns desembolsos são devolvidos em função dos objectivos atingidos", esclareceu.

"Nós temos também uma razão particular para dar atempadamente este instrumento, primeiro porque vimos um progresso no ultimo financiamento desembolsado, vimos que o apoio responde e deve continuar a responder de forma flexível as prioridades que o governo estabelece. Segundo, vimos que este apoio melhorou as instituições públicas e as suas politicas, tendo melhorado áreas como educação e saúde, o que para nós é muito importante, e terceiro, por ter ajudado na introdução de valores fundamentais como a consolidação do Estado de direito, democracia e direitos humanos", arrolou Burgsdorff.

Como termo, Burgsdorff apelou ao governo, em particular ao sector da economia e finanças, a ser mais atento aos indicadores macroeconómicos, com vista a garantir uma maior estabilidade económica e controlar a divida pública e a inflação para não sufocar o próprio país.    

Nos últimos anos a U.E financiava té 16,5 por cento do total de impostos do Estado, tendo atingido cerca de 400 milhões de euros em seis anos. É actualmente o maior doador do país, desembolsando não só donativos em forma de liquidez, como também em produtos diversos.

Jeremias Chemane (JC)                 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

CMCM CONSIDERA UM SUCESSO TESTE DE FAIXA ÚNICA PARA TRANSPORTE PÚBLICO


 

CMCM CONSIDERA UM SUCESSO TESTE DE FAIXA ÚNICA PARA TRANSPORTE PÚBLICO 


O Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) manifestou esta tarde a sua plena satisfação com a primeira fase de testes rodoviários levados a cabo na matina desta terça-feira que estabelecem, das cinco às oito horas da manhã, uma faixa exclusiva para os transportes públicos de passageiros.

Num encontro com a imprensa, o vereador municipal para a área de transportes e trânsito, João Matlombe, asseverou que o sucesso da operação resulta  da cooperação da Policia de Transito (PT), de todo o elenco do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER) e do envolvimento positivo dos condutores.

"O balanço que fazemos da implementação da faixa de rodagem é plenamente positivo, o que significa que estamos satisfeitos com os resultados do teste e principalmente com a gestão do tráfego nas estradas EN1 e EN4, como sendo as principais vias de acesso ao centro da cidade", disse Matlombe.

Contudo, alguns aspetos deverão ser melhorados, pois, de acordo com o vereado, estão a criar algum constrangimento na gestão do tráfego.

"Sentimos que existem aspectos que devemos melhorar. Do ponto de vista da comunicação também precisamos reforçar e concluir toda a sinalização, quer horizontal quer vertical, por forma a permitir que mais automobilistas possam ter informação e possam tomar decisões em relação as vias a seguir", acrescentou.

Tendo em conta que, com esta faixa prioritária, os veículos particulares ficam mais sufocados, Matlombe afirma que o CMCM, em conjunto com a PT, está a envergar esforços para que nos próximos dias o trânsito seja mais fluente, embora acredite que com o culminar das sinalizações o trânsito registará consideráveis melhorias. 

"Com estas medidas vamos criar algum conflito, algum desconforto para as pessoas que querem andar das viaturas particulares, mas acreditamos que com a consolidação da medida esta situação pode ser minimizada. Tivemos que optar entre a viatura particular e o transporte público e o nosso enfoque é o transporte público, contudo, vamos melhorar cada vez mais para minimizar o impacto negativo que possa causar aos particulares", explicou o vereador.

No total foram incrementados 50 autocarros públicos nas rotas Zimpeto-Museu/Baixa, um número que devera manter nos próximos dias, embora ate o final do semestre a previsão e de introduzir 120 novos autocarros na urbe.

‘’Estamos empenhados em tornar possível que ainda neste semestre sejam introduzidos um total de  120 autocarros nestas faixas. O nosso principal objectivo é erradicar por completo a circulação, ou seja, a necessidade de circulação das viaturas de caixa aberta (os `My Love`), esperamos que com estas medidas isso seja possível", explicou Matlombe.

Com uma faixa exclusiva, os autocarros diminuem, desta feita, o tempo levado para o transporte de passageiros, pois, não tem de enfrentar o largo congestionamento gerado pelas viaturas particulares, dai que, de acordo com Matlombe, até os que tem automóveis estão convidados a usar do transporte público para chegar rapidamente aos seus locais de trabalho.         
 Durante o teste, acrescentou o vereador, houve um pequeno incidente na estrada nacional número (EN1), concretamente na retunda de Missão Roque, na faixa disponível para os automóveis particulares. 

"Um acidente de pequeno porte ocorreu, mas, não esteve de nenhuma forma ligado ao ajuste feito, foi um acidente de caracter normal", explicou, tendo acrescentado que o mesmo serviu para despertar a atenção das autoridades no que diz respeito as retundas e espaços circulares abrangidos pela faixa única.

Como termo, Matlombe sensibiliza a sociedade no geral para que entenda que estas medidas tem o único e exclusivo objectivo de facilitar a vida dos milhares de munícipes que se fazem ao centro da cidade diariamente, em direcção aos seus postos de trabalho.

"É importante que a sociedade veja que estas medidas irão directamente beneficiar a maioria dos passageiros que precisam do transporte público diariamente, por isso, apelamos ao entendimento", conclui Matlombe.

Refira-se que para a factualização deste projecto, o CMCM investiu um total de oito milhões de dólares norte-americanos na compra dos primeiros 50 autocarros de transporte público de passageiros e poderá, num futuro próximo, dobrar o investimento na aquisição de mais autocarros conforme a demanda.    

Jeremias Chemane (JC)