quarta-feira, 20 de maio de 2015

UNIDO APELA RENOVAÇÃO DAS POLÍTICAS INDUSTRIAIS EM MOÇAMBIQUE



UNIDO APELA RENOVAÇÃO DAS POLÍTICAS INDUSTRIAIS EM MOÇAMBIQUE 

A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO – sigla em Inglês) apela à renovação das políticas governamentais para o sector da indústria, como forma de atrair o investimento em Moçambique.   
 
De acordo com o agente de desenvolvimento industrial da UNIDO, Manuel Albaladejo, que falava hoje em Maputo, durante um seminário sobre desenvolvimento de políticas industriais, a renovação de políticas industriais vai garantir que o país tenha maior competitividade internacionalmente.

‘’Há necessidade de uma minuciosa revisão e actualização da política industrial. O desenvolvimento do país depende igualmente da adopção de políticas favoráveis para o sector industrial, o crescimento depende da industrialização’’, disse Albaladejo.

Para Albaladejo, as novas políticas não devem ser tomadas precipitadamente, é necessário aferir o actual estágio de produção no país, identificar as áreas com maior potencialidade e criar um fundo para o fomento industrial. 

‘’Temos ainda que, dar mais ênfase na produção e apostar nos sectores com maior impacto no crescimento económico. O sector manufactureiro domina a indústria mundial e Moçambique tem a capacidade de produzir para competir com qualidade, mas tem que criar boas políticas e permitir o investimento privado″, acrescentou. 

Como termo, Albaladejo citou como principais motivos para o fracasso industrial ″a fraca coordenação empresarial, incapacidade de aprender com os erros cometidos e acima de tudo, a dificuldade do sector em acompanhar a dinâmica do desenvolvimento tecnológico″. 

Por seu turno, a representante da Direcção Nacional de Indústria (DNI), Osvalda Wilson, disse que o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) está a trabalhar no processo de revisão política das estratégias industriais, para adequar o país à dinâmica do desenvolvimento.    

″O MIC está a rever as políticas de industrialização do país, estamos actualmente a tentar adequar o desenvolvimento do país ao crescimento da indústria’’, afirmou.

Disse ainda que cerca de 12 por cento do Produto Interno Bruto moçambicano depende do sector industrial, sendo a segunda maior fonte de rendimento, atrás da agricultura, por isso deve continuar a tendência de crescimento, com a elaboração de políticas para o efeito. 

A Mozal é a maior produtora industrial moçambicana e é a principal indústria que torna possível que o sector industrial seja o segundo maior em Moçambique.

Refira-se que este ciclo de seminários promovidos pelo MIC enquadram-se no plano estratégico do governo para a promoção da industrialização orientada para a modernização da economia e capacitação técnica da DNI.

Jeremias Chemane (JC)

segunda-feira, 18 de maio de 2015

PM CONGRATULA DESEMPENHO DO BM PARA MELHORIA DO SISTEMA FINANCEIRO

PM CONGRATULA DESEMPENHO DO BM PARA MELHORIA DO SISTEMA FINANCEIRO


Maputo, 18 Mai– O Primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, congratulou, domingo último em Maputo, o Banco de Moçambique (BM) pelo seu engajamento para a melhoria do sistema económico-financeiro do país.

Do Rosário, que falava durante a gala de comemoração dos 40 anos do BM, afirmou que o empenho desta instituição para a manutenção e estabilidade micro e macroeconómica do país é consideravelmente notável.

‟Ao longo dos anos o banco central tem envidado esforços notáveis para controlar a inflação, manter a estabilidade económica e solidez do sistema financeiro, melhorando o sistema nacional de pagamentos e intensificando o funcionamento dos mercados interbancários com a expansão dos serviços financeiros para as zonas mais desprovidas dos mesmos”, Sublinhou Do Rosário.

O PM afirmou ainda que graças a contribuição do Banco de Moçambique para a edificação da economia nacional, nos últimos cinco anos o país tem conhecido um crescimento económico bastante assinalável, que supera a média mundial.

‟O crescimento da nossa economia, nos últimos cinco anos tem-se posicionado numa taxa média anual superior a sete por cento, superando a média mundial e do continente africano, o que demonstra a resiliência da economia moçambicana face a crise económica internacional. Este desempenho económico, conjugado com a estabilidade politica, económica e social, coloca Moçambique na rota do investimento mundial”, acrescentou.     
          
Como termo, Do Rosário endereçou uma saudação aos funcionários do BM, em particular ao governador do Banco Central, Ernesto Gove, pela forma com dirige a instituição. 

Gove, poe seu turno, afirmou que a sua instituição está sempre engajada na promoção do crescimento do país, não só ao nível financeiro, mas também cultural e social, tanto é que o BM organizou, nos últimos seis meses, uma série de eventos para comemorar o seu quadragésimo aniversário.

‟O balanço que fazemos destes seis meses de intensa comemoração através de diversificados eventos é positivo e encorajador. Neste processo, consolidámos a cultura institucional do Banco de Moçambique e o nosso conhecimento da história do nosso País e dos desafios da economia internacional, para além de termos contribuído para o reforço do sentimento de pertença e do amor de cada trabalhador para com a nossa instituição”, salientou Gove.

A gala de que se refere, contou com a presença de diversos representantes de bancos centrais e diferentes países com economias emergentes, alguns dos quais fazem parte da Aliança para a Inclusão Financeira (AFI), uma organização internacional que discute assuntos ligados a economia inclusiva.  
Jeremias Chemane (JC)   

domingo, 17 de maio de 2015

LUISA DIOGO DEFENDE INCLUSÃO DA MULHER NO SISTEMA FINANCEIRO



LUISA DIOGO DEFENDE INCLUSÃO DA MULHER NO SISTEMA FINANCEIRO

 
 Luisa Diogo, Falando durante o simposio    
Foto: SV.
Maputo, 17 Mai  – primeira-ministra das finanças e actual Presidente do Conselho de Administração do Barclays Bank Moçambique, Luisa Diogo, defendeu hoje em Maputo, a competência da mulher para condução financeira do país, afirmando que está tem uma grande capacidade de gestão económica.

Luisa Diogo, que falava durante um simpósio organizado pelo Banco de Moçambique para abordar temas ligados a inclusão financeira, disse que o envolvimento da mulher na gestão dos sistemas financeiro irá permitir maior riqueza e catalisação dos recursos.

‟O envolvimento da mulher no sistema financeiro permitirá uma maior riqueza e catalisação do dos recursos que estão disponíveis. Deve se conferir também as mulheres a gestão dos processos e estratégias de bancarização, pois, estas dispõem de grandes capacidades para o efeito”.    
      
Como forma de sustentar a sua tese, Diogo ironiza: ‟quando um casal estabelece, por exemplo, uma conta conjunta, a probabilidade da mulher por iniciativa própria usar o valor sem consultar o seu parceiro é diminuta, mas o mesmo não acontece com os homens”. 

 A mulher, actualmente, ganha cada vez mais espaço nos diferentes fóruns de debate. Este facto não despercebeu Diogo, que afirma que mesmo na economia da família as mulheres desempenham um papel crucial para a manutenção da estabilidade do lar.

‟Com poucos recursos, pouca verba que a mulher dispõe, consegue gerir as despesas da casa e satisfazer basicamente todas as necessidades do lar, isso mostra claramente a capacidade de gestão que estas tem, então, é mais do que merecida a sua participação nos processos decisórios de inclusão financeira.”   
    
Jeremias Chemane (JC)

MALEIANE APELA A MEDIDAS DE SEGURANÇA NO PROCESSO DE INCLUSÃO FINANCEIRA



MALEIANE APELA A MEDIDAS DE SEGURANÇA NO PROCESSO DE INCLUSÃO FINANCEIRA


Adriano Maleiane em discurso
Maputo, 17 Mai – O ministro da economia e finanças, Adriano Maleiane, defende a criação de leis para a protecção e educação do cidadão no processo efectivo da inclusão financeira em Moçambique como forma de aliar o desenvolvimento económico aos direitos e deveres do consumidor. 

Maleiane, que falava hoje em Maputo, durante um simpósio organizado pelo Banco de Moçambique (BM), versando sobre a inclusão financeira e crescimento económico do país, asseverou que o governo tem vindo a tomar medidas e estratégias  para acelerar o acesso seguro aos produtos financeiros à população, com maior destaque para a comunidade rural que se tem mostrado mais fragilizada.

‘’A análise da temática sobre inclusão financeira remete-nos também para a reflexão da protecção do consumidor financeiro e educação financeira. O governo e o próprio Banco Central têm vindo a tomar medidas adicionais e estratégicas para acelerar ainda mais o processo de expansão dos operadores financeiros pelo país e deste modo, promover o rápido e maior acesso aos serviços e produtos para a população, que maioritariamente reside nas zonas rurais’’. Explicou Maleiane.

Disse ainda que a realização de encontros com os diferentes representantes de países regionais e com os  que fazem parte da rede global da Aliança para a Inclusão Financeira (AFI), que Moçambique faz também parte, visa colher as mais diversas contribuições e experiências para a elaboração de melhores estratégias  de inclusão financeira no país.

O governador do BM, Ernesto Gove, disse durante o encontro que a sua instituição está a alargar a base de acesso dos serviços financeiros no  país, tendo em conta que o processo é prioritário para a dinamização da capacidade produtiva e elevação da economia, numa perspectiva sustentável e inclusiva.

‘’O presente simpósio está no contexto  estratégico do alargamento da base de acesso dos serviços financeiros, sobretudo da  nossa população adulta desprovida destes serviços. A inclusão financeira constitui um desiderato fundamental e prioritário que dinamiza a intermediação financeira e por conseguinte a capacidade produtiva da economia, numa perspectiva sustentável e inclusiva’’.

Alfred Hanning proferindo o seu discurso, da esquerda a direita: Ernesto Gove e Adriano Maleiane
 Na sua intervenção, o director executivo da AFI, Alfred Hanning, agradeceu a iniciativa do Banco de Moçambique e afirmou que é a primeira vez que um país membro da AFI realiza um simpósio sobre a inclusão financeira com participantes de diferentes quadrantes para um debate mais abrangente. 

‘’Agradecemos a iniciativa do Banco de Moçambique, achamos que está é uma grande oportunidade que temos, como direcção da AFI, para partilharmos  as nossas ideias com os demais países sobre matérias ligadas a inclusão financeira’’. Disse.

Hanning defendeu o apoio às pequenas e médias empresas (PME’s) para a criação de mais emprego e consequente crescimento económico, como forma de melhorar a qualidade de vida da população.
‘’O financiamento às PME’s tem um grande impacto no crescimento da taxa de emprego e melhoria de vida  das populações.’’

Disse ainda que as pessoas mais pobres são as que mais conseguem gerir melhor as suas economias, Investindo na alimentação e educação apesar dos poucos recursos financeiros que dispõem, pelo que, essa consciência de poupança deveria também se reflectir em todas as classes sociais.   
            

Composicao do Plenario
Refira-se que a realização deste encontro, que contou com a presença de vários governadores e administradores de diferentes bancos africanos, enquadra-se no ritmo das festividades dos 40 anos do Banco de Moçambique iniciadas a cerca de um mês.  


Jeremias Chemane (JC)