terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

NADA É IMPOSSÍVEL PARA GARANTIR PAZ



NADA É IMPOSSÍVEL PARA GARANTIR PAZ 

Maputo, 09 de Fev – O presidente da república, Filipe Nyusi, disse hoje, em Maputo, que nada é impossível quando o assunto é garantir a paz e estabilidade em Moçambique, por isso, continua aberto e disponível para dialogar com a liderança da Renamo com vista a paz efectiva em Moçambique. 

Nyusi, que falava aos membros do conselho de ministros, que o vinham felicitar por ocasião do seu aniversário natalício, acrescentou ainda que qualquer diálogo que se venha a ter com o líder da Renamo haverá necessidade de se observar todos os preceitos legais, como forma de tornar as decisões implementáveis.

‘’Há condições para resolver o problema da paz, espero que a liderança da Renamo entenda que para resolver o problema da paz não há impossível, sobretudo quando se discute dentro das regras, observando a lei. Devemos, todos, partidos políticos e todos os moçambicanos na sua generalidade assumirem um compromisso com a paz’’, disse o PR.

Nyusi acrescentou ainda que, actualmente, aguarda a resposta do ministro britânico do Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DFID, sigla em inglês), Nick Hurd, que prometeu esta segunda-feira manter um encontro com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, com vista a insta-lo a encontrar-se com o presidente da república para debater e efectivar definitivamente a questão da paz em Moçambique.     
      
‘’Encontrei-me com o ministro britânico que prometeu-me, ontem, que falaria com o líder da Renamo, espero que tenha conseguido. Continua a reiterar que há condições para que nos encontremos. Este país deve viver fora de perturbações a paz significa a defesa da paz’’, disse Nyusi.    
Ainda de acordo com o Nyusi, esta é uma oportunidade para avaliar e reflectir sobre o que foi feito e o que deverá ser feito em prol da sociedade moçambicana, dai que torna-se cada vez mais pertinente a contribuição de todos, com destaque para todo o elenco que compõe o governo, para o desenvolvimento uniforme do país.

‘’Acho que estou rodeado dos melhores profissionais, os melhores filhos, pessoas que se comprometeram com a causa da nação, me sinto seguro nos passos que dou, uns largos e outros nem por isso, pois o tereno assim delimita’’, filosofou o PR.

Nyusi aproveitou para reiterar ao povo que tudo fará para que a vida de cada moçambicano tenha um gráfico crescente. ‘’se hoje temos 5 povoações com agua, não podemos terminar 2016 com esse número, o mesmo procede com a energia, saúde, educação e todos os sectores que garante o desenvolvimento social dos moçambicanos. A minha maior prenda seria essa, o vosso compromisso de executar a missão que vos foi incumbida pelo povo’’.

Pese embora o presidente manifeste esta ânsia de desenvolvimento generalizado, há um sector que merece especial atenção, por ser a base de todos os outros, que é o sector alimentício, e este é o grande desafio ‘’procurar condicionar comida suficiente para todos, para todas as populações’’.

Por seu turno, o primeiro-ministro, Carlos Agostinho Do Rosário, disse, falando em nome de todo o elenco ministerial e governamental, que tudo fará para ombrear o dinamismo do Estadista, não obstante as diferentes vicissitudes que se impõem na longa caminhada.

‘’Com profundidade reconhecemos o patriotismo, companheirismo e dinamismo do nosso dirigente, um dirigente que nos estima com a sua presença e trabalho árduo na promoção da paz e estabilidade, nos comprometemos com a causa nacional e dispomo-nos a tudo fazer para materializar todos os objectivos que tem em vista o desenvolvimento dos moçambicanos e a manutenção da paz’’. Disse o PM.

Filipe Jacinto Nyusi, nascido há nove de Fevereiro de 1959 em Mueda, província nortenha de Cabo Delgado, assumiu o poder em Fevereiro do ano passado, tendo, na altura, firmado o seu compromisso com o povo moçambicano como principal representante. Completa hoje 57 anos munido de um dinamismo empolgante, segundo contam os seus colegas de trabalho e membros do conselho de ministros. 

Jeremias Chemane (JC)

domingo, 7 de fevereiro de 2016

GOVERNO DE MARRACUENE FALHA COM AGEM



 
GOVERNO DE MARRACUENE FALHA COM AGEM
Maputo, 07 Fev -O novo elenco governante do distrito de Marracune, província de Maputo, chefiado pelo administrador Avelino Muchine, prometeu, Dezembro último, aos Agentes Económicos (AGEM) que ate Março do presente ano a ponte que liga a vila sede a localidade de Macaneta estaria pronta e disponível para a movimentação de pessoas e bens, mas, pelo actual andamento da obra a AGEM considera praticamente impossível cumprir com a jura e aguarda esclarecimentos.

De acordo com o presidente da AGEM, João Das Neves, o nível de demanda dos serviços turísticos tem crescido a cada ano e nos últimos tempos, muito por causa da perspectiva da ponte e a estrada circular varias pessoas tem-se feito a Marracuene, com destaque para a localidade de Macaneta, justamente a região que mais se beneficiara com a conclusão da ponte.

"O sector do turismo em Moçambique, principalmente o turismo receptivo diminuiu bastante, mas, no caso de Macaneta temos tido sempre uma considerável procura, por causa da perspectiva da ponta e da estrada circular, é uma situação única em que o turismo tem vindo a crescer tremendamente nesses últimos tempos, a estrada circular conseguiu aproximar muito Macaneta a capital, há muitos projectos de desenvolvimento, infraestruturas publicas e particulares", explicou.

Neves lamentou, "Não é possível que a ponte esteja pronta até Março. Estamos habituados a este tipo planificação e informação pouco precisa, os agentes económicos tem sido habituados a trabalhar sem qualquer previsão e sem qualquer perspectiva real do que esta a acontecer, infelizmente, sentimos por não poder contar com a disponibilização de informações fidedignas que nos ajudem a planificar e desenvolver a nossa actividade".

De acordo com o presidente, esta tem sido a prática dos dirigentes de Marracuene, pois antes mesmo do actual administrador já houve promessas diversas relacionadas com a construção desta ponte que é, actualmente, um grande anseio dos investidores.  

"Já houve vários prazos, eu próprio em 2013, quando assumi a direcção da AGEM, recebi em primeira mão a informação da empresa Maputo sul dando conta de que no final daquele ano (2013) a ponte já estaria pronta, mas o período passou e nada apareceu. Havia também perpectivas de que em dezembro do ano passado a ponte estaria enraizada e mais uma vez o prazo falhou", disse Neves.

Neves critica as tantas promessas infundadas que os dirigentes fazem apelando aos membros da AGEM e empresários no geral a se orientarem através das suas próprias previsões e planificarem as suas agendas sem ter muito em conta este tipo de promessas.

"Dizer que conclui em Março não é nada realista pois sabemos o que esta a acontecer no terreno. Infelizmente é assim que nós vivemos, sabemos que mais cedo ou mais tarde vai ser concluída temos que fazer as nossas próprias previsões e darmos um período de tolerância muito alto para que se isso não acontecer sabermos como é que nós vamos gerir os nossos empreendimentos, mas, naturalmente que todos os agentes económicos fazem e devem fazer planos"

 Neves lamentou o facto de o governo habituar os empresários a trabalharem sem receber informações fidedignas acrescentando que a AGEM se acautela "deixando sempre um campo de manobra para que as nossas operações não fiquem prejudicadas por essas informações, contudo, achamos que este empreendimento seja ainda concluído este ano".

  No passado dia 21 de Dezembro o administrador reuniu com a AGEM para conhecer os principais problemas que enfrenta na sua actividade, tendo durante a ocasião prometido que a ponte sem falha ficaria pronta em Marco próximo.
Referiu também total abertura para interagir com os agentes económicos de Marracuene, pois, segundo ele, estes são o motor de desenvolvimento do distrito.    

Jeremias Chemane (JC)

KAYAKES REGISTAM CRESCENTE NÍVEL DE PROCURA EM MAPUTO



KAYAKES REGISTAM CRESCENTE NÍVEL DE PROCURA EM MAPUTO
Maputo, 07 de Fev – O desporto aquático de Kayakes, lançado oficialmente em Dezembro do ano passado, através de um pacote integrado de lazer e entretenimento, na zona turística de Marracuene, província de Maputo tem registado uma maior demanda desde a sua introdução chegando a atingir mais de 60 recepções mensais.

A modalidade, que foi introduzida pela estância turística Marracuene Lodge, assemelha-se a canoagem, na qual os seus participantes exploram uma determinada área aquática através de remos.

Segundo o director geral da Mozambique Adviser, empresa responsável pela importação dos Kayakes, João Das Neves, o principal objectivo é fortalecer o turismo em Moçambique, garantindo maior qualidade e diversidade dos serviços oferecidos pelas estâncias turísticas.

"Pretendemos oferecer actividades para o entretenimento e lazer, sentimos que havia necessidade de entreter as pessoas que nos visitam com desportos como este, achamos que era oportuno introduzir os Kayakes no mercado moçambicano".

Contudo, Neves afirma que algumas pessoas têm receado o passeio de Kayakes, muito por causa do desconhecimento da natação e receio da água no geral.

"Nesta fase do ano, que é o mês de Fevereiro não temos tido muito trabalho, tendo em conta que é para nós o mês em que registamos uma baixa no nível de demanda, mais mesmo assim estamos a funcionar normalmente, o número de interessados tem vindo a crescer. Algumas pessoas querem praticar, mas, tem receio ao desporto, medo da água porque não sabem nadar ou algo parecido", explicou o director, acrescentando que o pânico é desnecessário pois todas as medidas de segurança estão observadas.
       
 Para a aquisição dos Kayakes foram desembolsados, numa primeira fase, cerca de 25 mil dólares, um investimento que pode aumentar com o nível crescente de procura.

Das neves afirma que investimento ora feito é relativamente razoável e a capacidade de aluguer ou de compra dos Kayakes não é especulativo, o que garante qua as pessoas interessadas tenham o devido acesso.

Os clientes poderão igualmente comprar as canoas ou alugar, sendo que o preço de aluguer varia de 500 a 2300 meticais, enquanto que a compra os preços alternam de 22.450 a 45.950 meticias.

O crescimento do turismo em Marracuene tem vindo a obrigar os empresário do sector a diversificarem as suas ofertas, o que torna o mercado cada vez mais competitivo naquele ponto do país, e é a partir dai que iniciativas como estas se tornam cada vez mais eminentes e graças a estas inovações Marracuene é actualmente o distrito com maior crescente de toda a região sul.

Jeremias Chemane (JC)  

sábado, 6 de fevereiro de 2016

MAIS DE QUATRO MIL MOÇAMBICANOS REFUGIADOS NO MALAWI INSTADOS A REGRESSAR


 



MAIS DE QUATRO MIL MOÇAMBICANOS REFUGIADOS NO MALAWI INSTADOS A REGRESSAR
Maputo, 06 de Fev– O governo moçambicano, através da sua embaixada no Malawi, instou os cidadãos deslocados de guerra, maioritariamente pertencentes a província central de Tete, a regressarem ao país, garantido que todas as condições estão devidamente reunidas param o efeito. 

A garantia foi dada pelo alto-comissário de Moçambique no Malawi, Jorge Gune, em entrevista a Radio Moçambique (RM), tendo acrescentado que todos os indícios de instabilidade naquele ponto do país, com destaque para o distrito de Moatize, foram positivamente ultrapassados e a província no geral reúne segurança suficiente para o seu regresso.

De acordo com Gune, o governo quer garantir a reintegração socioeconómica dos deslocados, sendo que estes irão, numa primeira fase, ser acompanhados para um centro de acomodação que deverá ser implantado no posto administrativo de zóbwè, província de Tete.

"As áreas estão seguras, como exemplo pode se observar a livre circulação de pessoas e bens no Corredor de Tete", esclareceu Gune.

Uma delegação moçambicana está a trabalhar com a sua contra-parte malawiana desde quarta-feira para se informar sobre os últimos desenvolvimentos em torno da movimentação dos moçambicanos para o Malawi e continuar a propor o seu regresso ao país.

Refira-se que asta população começou a efectuar as deslocações no primeiro semestre do ano passado, altura em que os confrontos entre as Forcas de Defesa e Segurança (FDS) e o braço armado do antigo movimento rebelde moçambicano, a Renamo, travavam confrontos nestas regiões, enchendo as pessoas de pânico, tendo estas se visto obrigadas a abandonar as áreas.

Jeremias Chemane/